O MDB catarinense mesmo tendo o maior número de prefeitos, a maior bancada da Assembleia Legislativa, deputados federais e figuras que mesmo sem mandato atualmente, também fizeram história na política estadual, ainda sente falta de seu maior líder, Luiz Henrique da Silveira.

O deputado federal Celso Maldaner à frente da presidência estadual, deu um ritmo mais municipalista, com reuniões e discussões de projetos visando o pleito deste ano. Ao mesmo tempo em que tem sido elogiado, também tem sofrido críticas, tanto, que uma suposta inércia frente a saída de lideranças municipais do partido, foi um dos temas do jantar na casa da deputada estadual, Ada de Luca nesta semana.

A crítica foi rebatida por Maldaner, que afirmou não ser de seu conhecimento que lideranças importantes estejam saindo do MDB. Mesmo assim, ele relatou que é preciso respeitar as peculiaridades locais, para se referir a alguns casos os quais definiu como esporádicos, a exemplo do prefeito de Urubici, Antônio Zili, o qual segundo lideranças emedebistas, teria recebido uma proposta nada republicana do governador Carlos Moisés da Silva, para que se filie ao PSL. “Seriam alguns milhões em obras em Urubici em troca da filiação”, relatou um emedebista.

Mas voltando a Maldaner, ele também relatou o caso de três vereadores de Balneário Camboriú, que a pedido do pré-candidato do partido a prefeito, Edson Piriquito, foram liberados para procurar outro partido. Fora isso, o comandante emedebista disse não conhecer outros casos.

A mesma bancada que critica Maldaner, também tem sido alvo de lideranças mais experientes do partido devido posicionamento pró- Moisés na Assembleia Legislativa. O único que aceitou falar abertamente foi o ex-governador, Eduardo Pinho Moreira, que define como um grande equívoco o posicionamento de se colocar na base de um governador que falou tão mal do MDB durante a eleição.

Pinho Moreira defende que o partido seja ouvido e, acusa a bancada a quem definiu como o “carro chefe do MDB”, de ter se posicionado pró-governo pensando apenas em interesses pessoais, ao invés de preservar o coletivo e discutir com todo o partido se devem, ou não, compor a base do governo. “No período em que fiquei em Londres, estive no bunker do Churchill. Lá é possível notar que entre os protagonistas das decisões no período da segunda guerra mundial, muitos tinham cabelos brancos. Aqui é a mesma coisa. Não podemos esquecer e deixar de ouvir figuras históricas do partido, posso citar o próprio Celso, o Casildo (Maldaner), o Neuto de Conto, o Paulo Afonso entre outros”, afirmou.

De certo, é que voltando ao início, os emedebistas parecem que ainda não recuperaram o rumo desde a morte de Luiz Henrique. Disputas internas, desavenças na bancada e uma tentativa de renovação sem a participação das lideranças mais experientes, logo elas que ajudaram a levar o MDB catarinense a ser o grande partido que é, podem aos poucos fazer com que os emedebistas caiam em um ostracismo provocado pelo seu próprio eleitorado, que deseja a renovação, mas que também se sente órfão das referências históricas do partido.

Outra crítica do ex-governador, é quanto as conversas visando as alianças para a eleição. Uma aproximação a qual ele não considera aceitável, é com o Progressistas em Florianópolis.

Churchill War Rooms

É um museu localizado em Londres, que é totalmente dedicado a Winston Churchill, uma das maiores lideranças da história britânica, considerado por muitos, o maior dos primeiros-ministros. No local, é possível visitar o bunker, que tinha uma sala secreta subterrânea onde funcionava a central de guerra da Grã-Bretanha.

 

Moisés X Daniela

Cada vez mais fica explícita a má relação entre o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), e a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido). Não é de hoje que o SCemPauta aborda esse assunto considerado indigesto dentro da administração estadual, mas que já não é possível negar. Daniela se nega a falar sobre o assunto, mas já deixou claro uma vez ao SCemPauta, mesmo sem responder diretamente que sim, que partiu de Moisés o afastamento. Em mais um capítulo, uma fonte confirmou que sim, que Daniela não foi convidada para a primeira reunião do colegiado. Quase todo o secretariado esteve presente no encontro que nem foi realizado no Centro da Defesa Civil, onde costumeiramente ocorrem essas reuniões, pois, Moisés decidiu que seria na Casa D’Agronômica. A mesma fonte relatou que a vice-governadora estará na próxima reunião, mesmo assim, não dá mais para esconder que Daniela se tornou persona non grata para Moisés.

 

Outras demonstrações

A falta de convite à primeira reunião do colegiado na Casa D’Agronômica, não foi o primeiro gesto do governador Carlos Moisés da Silva (PSL), para deixar claro que deseja ter a vice, Daniela Reinehr (sem partido), o mais distante possível. Moisés não suporta qualquer possibilidade de sombra, ou seja, antes de Daniela pensar em adquirir experiência suficiente para também assumir um papel de protagonismo, ele a poda, evitando qualquer possibilidade de que a sua vice ganhe destaque. Claro, Daniela ainda tem muito a aprender, mas tem mostrado vontade e deseja trabalhar, só lhe falta espaço.

 

Que ficasse no Oeste

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) chegou a sugerir que Daniela Reinehr (sem partido) ficasse apenas no Oeste, o que foi rechaçado, além disso, os gastos da residência oficial da vice passaram para a Casa Civil, movimentação que deixou a todos curiosos e para completar, a passagem de cargo. Ao conceder uma coletiva no início do ano, anunciou as trocas em alguns setores, principalmente na segurança pública. Ao invés de aproveitar para fazer a passagem do cargo, preferiu fazer de forma fechada no gabinete e, o pior, deixando a caneta totalmente sem tinta e, sem nenhuma conversa, deixando claro que estava apenas cumprindo uma formalidade. Portanto, a má relação entre Moisés e Daniela é mais um exemplo de que Santa Catarina tem um governador que não sabe se comunicar e, que afasta qualquer possibilidade de divisão do protagonismo.

 

Hildebrandt não aceita prazo

Ontem conversei com o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, sobre o seu futuro partido. Desde que saiu do PSB, já foram feitos inúmeros convites a ele. Admitiu que tem uma boa conversa com o Partido Liberal do senador Jorginho Mello, mas nega que lhe tenha sido imposto um prazo até o próximo dia 5 de fevereiro. Essa situação, segundo ele, tem sido falada em Blumenau pelo deputado Ivan Naatz, porém, mesmo admitindo que a sua decisão será no próximo mês, destaca que pode ser antes ou depois do dia 5. Se posicionando como um liberal, mas sem esquecer da área social, Hildebrandt destacou que o partido para o qual vai, deve seguir uma linha mais conservadora, destacando que além do PL, o DEM, PSDB, PSD e Progressistas também estão no páreo.

 

Vice tucano

O prefeito de Concórdia no Oeste do estado, Rogério Pacheco, é o vice-presidente do PSDB estadual, por indicação dos membros da executiva tucana de Santa Catarina. A deputada federal e presidente do PSDB, Geovania de Sá, justifica a escolha devido ao trabalho desenvolvido por Pacheco em prol do partido. “Além disso, o prefeito conduz a administração de Concórdia com responsabilidade e muitos resultados positivos aos munícipes. A sua gestão é destaque e serve como referência para muitas cidades”, acrescenta Geovania. Pacheco que é advogado, já foi vereador e está em seu primeiro mandato devendo disputar a reeleição, porém, o partido já o olha como um possível futuro candidato a deputado estadual.

 

Encontro

O presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia (PSD), esteve reunido em seu gabinete com os prefeitos de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM); de Tubarão, Joares Ponticelli (Progressistas); e de Criciúma, Clésio Salvaro (PSDB). O fato é que o PSD deve manter o vice de Salvaro e, existe a possibilidade de estar junto com Gean e também com Ponticelli. Garcia se limitou a dizer que apenas foram discutidos assuntos políticos gerais.

 

Podemos em Joinville

O ano começou em grande estilo no Podemos de Joinville. Aconteceu nesta semana a primeira reunião ampliada da executiva no Restaurante do Nego, tradicional ponto no coração da zona sul da cidade. A reunião contou com mais de 70 lideranças, entre elas, vários pré-candidatos e candidatas ás eleições proporcionais. “O Podemos joinvilense, sente-se orgulhoso quando vê tamanha participação. Isto mostra a seriedade do nosso projeto e o comprometimento das pessoas que estão acreditando nele”, comemorou Cleonir Branco” presidente do partido.

 

Ivandro pré-candidato

O destaque da reunião do Podemos, ficou para o empresário, Ivandro de Souza, que é pré-candidato a prefeito de Joinville. Com a ficha de filiação tendo sido abonada pelos senadores Álvaro Dias e Romário, e pela presidente nacional do partido, a deputada federal, Renata Abreu, Souza enfatizou a importância da participação de todos no que chamou de projeto de resgate do desenvolvimento de Joinville. “Somos a cidade das flores, mas estamos sem canteiros. Somos a capital da dança, mas nas escolas não se ensina dança para as nossas crianças. Somos a Manchester catarinense, mas a burocracia travou mais de R$ 2 bilhões em investimentos e novos empregos. Cidades da região crescem, enquanto a prefeitura espanta quem quer empreender em Joinville. Temos que destravar a cidade e iniciar um novo ciclo de desenvolvimento”, ressaltou Ivandro, que terá o apoio do Democratas, tanto, que o presidente do partido no município, Adalto Moreira, esteve presente ao evento.

 

Amin com Merisio

O senador Esperidião Amin (Progressistas) e a deputada federal, Ângela Amin (Progressistas), estiveram reunidos com o ex-deputado estadual, Gelson Merisio (PSDB). O casal Amin tem procurado lideranças para conversar, sobre a possibilidade de apoio a um projeto que teria Ângela na cabeça de uma grande aliança. Se viabilizar, ela será candidata a prefeita de Florianópolis. Acontece que no PSDB onde está Merisio, o deputado estadual, Marcos Vieira, tem se colocado como pré-candidato, o que mostra que no pleito da capital é bem possível que se tenha Gean Loureiro (DEM), Ângela Amin (Progressistas), Marcos Vieira (PSDB), Pedro Silvestre, o Pedrão, Elson Pereira (PSOL), coronel Araújo Gomes, entre outros nomes que ainda não se decidiram na disputa.