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Mesmo com a provável vitória do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), em Santa Catarina, o fato é que o ex-presidente Lula (PT) mostrou que não está tão fragilizado assim aqui no estado, considerado o mais conservador do país. O evento grandioso que ocorreu ontem em Florianópolis serviu para duas observações importantes.

A visita do maior líder petista se torna um grande desafio ao candidato do PT ao Governo do Estado, Décio Lima, que terá que aproveitar o momento para apresentar uma melhora significativa nas pesquisas, pois, caso contrário, entrará nas duas últimas semanas de campanha com grande dificuldade, Por outro lado, serve como um alerta para a direita catarinense de que, tem muito voto silencioso para Lula entre o eleitor catarinense, uma vez que o número de pessoas que compareceram ao ato foi significativo. Isso não fará com que Lula vença em Santa Catarina, mas a redução da diferença em território bolsonarista provocará um efeito direto na votação geral.

Em seu discurso, Décio disse que o maior número de obras estruturantes no estado, foram feitas por Lula e Dilma Rousseff. A ex-presidente também participou do ato. “Ao todo, foram R$ 121, 4 bilhões investidos em obras de infraestrutura e geração de 988 mil empregos. Entre elas, a duplicação da BR 101 e obras no Porto de Itajaí”, afirmou. O senador, Dário Berger (PSB), que também discursou, parece ter conquistado de vez o apoio dos petistas, assim como o candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin (PSB).  

Por sua vez, o ex-presidente Lula acenou para o voto útil, o que segundo as lideranças do PT, lhe dará a vitória no primeiro turno. Ele também mandou um recado ao afirmar que terá que dar um jeito no Centrão, prometendo mexer no chamado orçamento secreto, além de anunciar que cumprirá o piso da enfermagem e que vai melhorar o dos professores, caso seja o eleito.  

Adversários 1

O debate com os candidatos ao Governo do Estado na Rádio Peperi de São Miguel do Oeste, pode ter sido um divisor de águas entre os debates mais mornos, com alguns momentos de mais calor e, uma etapa onde teremos cada vez mais enfrentamentos. Dois confrontos se evidenciaram, que foi entre o governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), e Ralf Zimmer Júnior (Pros), que mesmo não estando entre os principais candidatos, conseguiu mexer com Moisés. O governador chegou a recorrer a um processo de Maria da Penha enfrentado por Zimmer que, por sua vez, prometeu abrir o processo publicamente negando ter sido condenado e, desafiou o governador a fazer o mesmo em relação aos diários de bordo do avião-ambulância Arcanjo 06.

Tom pesado

O tom das falas pesou nos direitos de resposta obtidos pelo governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), e por Ralf Zimmer Júnior (Pros). Primeiro Moisés disse que Zimmer é um homem condenado. “É uma pena até para a justiça brasileira, nós temos um candidato a governador falando de políticas públicas, participando de debates e podendo estar inscrito a uma vaga a governador”, disse Moisés. Em resposta, Ralf foi contundente ao dizer que o governador foi condenado no processo dos R$ 33 milhões dos respiradores pelos cinco desembargadores, tendo sido salvo pelos deputados. Além disso, cobrou transparência na questão do avião ambulância: “Eu desafio se tu é homem para apresentar o diário de bordo. Seu covarde, tu não é homem para apresentar quem voou contigo. Tá escondendo quem? A amante, é lobista”, questionou o candidato do Pros.

Adversários 2

Como eu já havia escrito, não há mais clima entre os senadores, Esperidião Amin (Progressistas) e Jorginho Mello (PL). Os ataques se tornaram uma constante e a tendência é que o debate entre eles também esquente mais nos próximos dias. Uma coisa é certa: a ponte foi implodida.

Alvos

O ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (UB), começou a virar alvo da campanha do governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos). Estão sendo direcionados ataques durante o programa de TV, além de estarem sendo emplacadas pautas críticas em veículos de abrangência nacional. Por causa do crescimento de Loureiro e do senador, Jorginho Mello (PL), a campanha de Moisés os elegeu como alvo para tentar não ficar de fora do segundo turno, o que é uma ameaça real ao atual governador.

No Oeste

O governador licenciado e candidato à reeleição, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), esteve em agenda pelo Oeste do Estado. Em Xaxim, o prefeito Edilson Folle, o Chico Folle, participou de um evento de apoio à reeleição e registrou que foram feitas obras no município. “Quero agradecer a todos que estão caminhando comigo. Isso é muito simbólico. Este é o momento em que precisamos de vocês nessa caminhada, mostrando que o Oeste de Santa Catarina já tem governador. Precisamos conversar com todo mundo e mostrar o que nosso governo fez”, disse.

Apoio

A prefeita de Itapema, Nilza Simas (PSD), entrou de cabeça na campanha do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (UB), ao Governo do Estado. Segundo Nilza, entre as propostas que a conquistou, está a promessa feita por Gean, caso eleito, de transformar o Hospital Santo Antônio em um pronto-atendimento infantil. Nilza é uma das principais lideranças do PSD no litoral.

Paralisação na Celesc

Na sexta-feira (16) passada os empregados da Celesc em todo o Estado, realizaram uma paralisação buscando avanços nas negociações coletivas. O motivo é a falta de negociação da direção da estatal para o Acordo Coletivo de Trabalho e a Participação nos Lucros dos empregados. Os servidores culpam o presidente da Celesc, Cleicio Poleto Martins, de se negar ao diálogo e de politizar a questão. “Os sindicatos que representam os trabalhadores da empresa cobram a presença do presidente em mesa, enquanto ele viaja pelo estado geralmente acompanhando a comitiva do candidato Carlos Moisés. As entidades sindicais já sinalizaram que a ausência do presidente e a falta de avanços no acordo, levarão os trabalhadores a um movimento de greve”, alertou um dos representantes da categoria.

Negociação

Os servidores querem que a terceira parcela da Participação dos Resultados e Lucro, seja reajustada de acordo com a inflação, não pelo lucro orçado. Um dirigente sindical me explicou que para este ano, o presidente da Celesc, Cleicio Martins, aumentou o excedente do lucro previsto de forma irreal, o que impedirá que os servidores sejam contemplados já que a empresa não atingirá o resultado majorado. Os sindicalistas entendem que Martins agiu de forma política.

Apoio da vice

A candidata a deputada federal, Tânia Harada (Novo), conseguiu juntar no seu entorno várias lideranças de seu partido, a exemplo dos vereadores de Joinville, Netto Peters, e Alisson Júlio, ambos do Novo. Alisson foi na eleição municipal passada, o vereador que mais recebeu voto em todo o estado. Ontem, uma das lideranças que acompanharam Tânia no corpo a corpo com o eleitor, foi a vice-prefeita, Rejane Gambin (Novo), que está como prefeita interina até o dia de hoje.

Catarinense no TRT

O advogado catarinense, Cesar Luiz Pasold Júnior, foi nomeado pelo presidente, Jair Bolsonaro (PL), como o novo desembargador do Tribunal Regional do Trabalho. Pasold Júnior havia ficado em segundo na lista tríplice, porém, foi o escolhido pelo presidente.

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