Desde que o Presidente Bolsonaro saiu do PSL, em 2019, criou-se uma expectativa em cima da nova sigla do Presidente. Inicialmente especularam os motivos da sua saída do partido por onde foi eleito, alguns citam o fundo eleitoral, outros, um desentendimento entre o então Presidente Bivar e a família de Bolsonaro, alguns deputados dissidentes reclamam que não eram atendidos pelo Governo. Em contrapartida o Governo os acusa de traidores, visto que foram eleitos quase que exclusivamente com a bandeira de defensores de Bolsonaro.

Enquanto isso, o Presidente tentou a criação do seu próprio partido, Aliança Pelo Brasil, que não conseguiu assinaturas suficientes para se concretizar e então ficou de lado.

Nas eleições em 2020 muitos falavam do Patriota como nova sigla da direita, inclusive tendo eleito alguns vereadores pela pauta, mas também não vingou. Dentre os motivos, alguns dizem que o Presidente não era unanimidade entre os filiados, outros dizem que Bolsonaro pediu além do que os dirigentes da sigla estariam disposta a oferecer.

Com a nomeação de Ricardo Barros (PP/PR) como líder do Governo na Câmara dos Deputados, ainda em 2019, o Presidente começa uma reaproximação junto ao Progressistas, partido em que esteve filiado por mais de 20 anos. Depois, na eleição do então Presidente da câmara, Arthur Lira (PP/AL) e com a recente ida de Ciro Nogueira (PP/PI) para a Casa Civil, Bolsonaro consolida o partido como sua base e cria muitas expectativas sobre um possível retorno.

A filiação já estava 99% certa para os progressistas, até sair uma declaração de que três partidos estavam sendo cogitados, eram eles o PP, Republicanos e PL.

Os últimos capítulos desta novela estamos vendo agora, recentemente, com o anuncio da confirmação do Presidente no PL.

Agora sim, até a data havia sido marcada para a filiação: dia 22 de novembro.

Quase fim da história. Se não fosse uma recente troca de farpas entre Bolsonaro e o Presidente do PL, Waldemar da Costa Neto, sobre o apoio do Partido Liberal aos parceiros de Dória em São Paulo.

Este último fato levou o PL a desmarcar a data prevista para a filiação e reabrir possibilidades ao Presidente, que ainda tem até abril de 2022 para escolher sua nova sigla. Este tempo é bom para o Presidente que continua em fase de “namoro” junto aos partidos da base, mas é ruim para os deputados que disputarão a reeleição e estão esperando a decisão para migrarem junto. Como essa é uma coluna de opinião e eu fui liberada aqui para expressar a minha, acho que PL e PP continuam sendo os dois caminhos mais próximos de Bolsonaro e que ele só tem a ganhar adiando a sua escolha.