Em meio a perda de quatro dos seis deputados estaduais que tem o seu partido na Assembleia Legislativa, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), se apega ao MDB, porém, a relação não está tão dominada como se entende na Casa D’Agronômica.

Primeiro que a direção estadual emedebista entende que não é para entrar no governo e, vale destacar que até o momento o governador também não sinalizou para essa possibilidade de forma oficial, mas tem quem entenda que é uma questão de tempo, no caso, havendo a necessidade para manter a governabilidade, ele fará o convite.

O mais interessante é que mesmo com o clima cordial das reuniões e jantares na Agronômica, alguns parlamentares emedebistas dizem em conversas mais restritas, que somente são atendidos pelo fato de que Moisés precisa do MDB na Assembleia, caso contrário, também seriam ignorados. Além disso, essas mesmas lideranças deixam claro que o pagamento das emendas impositivas deve ser feito querendo o governador, ou não, o que desobriga o partido a votar a favor de tudo o que Moisés quiser.

De certo modo, há razão quanto a obrigatoriedade do pagamento, porém, os próprios emedebistas não decidiram se votam a favor da proposta que garante de fato a liberação dos valores, por tornar crime de responsabilidade o não pagamento das emendas. Vale lembrar que no governo Raimundo Colombo (PSD), emendas não foram pagas, situação que causou grande constrangimento aos deputados e nenhuma responsabilização do Executivo.

Outra liderança do MDB chegou a relatar que o contato com o governador também é restrito, já que ele dá a atender que não é muito afeito a reuniões com os deputados, deixando as conversas para os secretários. “Ele nos atende pelo fato de sermos da base, mas teve reunião do colegiado em que ele fez uma lista para os secretários, com os nomes dos deputados que podem ser atendidos, e os que não podem. Quem não está do lado dele, não tem facilidade não”, relatou, destacando uma postura nada republicana do governo.

Ao mesmo tempo em que orbita em torno do Executivo, a leitura feita entre lideranças do MDB é de que Moisés se elegeu com chapa pura e, se o partido entrar no governo, corre o risco de sair prejudicado caso os resultados não sejam bons. Além disso, há quem tem o entendimento de que a condução do Estado é temerosa, ou seja, que é um governo com forte risco de ter sérios problemas. “Isso nos deixaria numa situação difícil se pensarmos em 2022. Todo mundo iria nos apontar como os responsáveis por um eventual fracasso”, relatou uma liderança emedebista.

 

Carta branca

Mais uma fonte confirmou a informação divulgada pelo SCemPauta em primeira mão, de que o senador Jorginho Mello (PSL) acertou um alinhamento com a ala do PSL pró-Bolsonaro, que se afastou do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Nesta semana haverá novidade, porém, o fato é que Maurício Eskudlark (PL) segue na Comissão de Constituição e Justiça, mas conforme já explicado pela coluna, para que isso se concretize o PSL perderá a vaga do Coronel Mocellin, o que deixará Moisés em desvantagem na única comissão em que ele tinha a maioria. A semana política começa amanhã, devido ao feriado de hoje, porém, as movimentações prometem esquentar a temperatura na Casa D’Agronômica a partir da Assembleia Legislativa.

 

Jorginho apazigua

O senador Jorginho Mello após todas as movimentações deseja apaziguar os ânimos dentro do Partido Liberal. Hoje será realizada uma reunião para discutir o alinhamento da bancada na Assembleia Legislativa, entre outros assuntos na sede do PL. O fato é que o deputado estadual, Maurício Eskudlark, ficou irritado com o acordo firmado por Jorginho com os deputados pesselistas, mas receberá a garantia de que ficará na Comissão de Constituição e Justiça a partir da retirada do deputado Coronel Mocellin (PSL).

 

Eskudlark na liderança

Também há um grande descontentamento da direção estadual do Partido Liberal, com o fato do deputado Maurício Eskudlark seguir como líder do governo na Assembleia Legislativa. Uma alta liderança do partido deixou claro mais uma vez, que o posicionamento de Eskudlark junto ao governo é uma questão puramente pessoal do parlamentar, já que não houve a autorização do PL e, nem há o desejo de compor o governo, ou a base do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Mesmo assim, apesar da crítica interna, não há um abalo na relação, mas Eskudlark já estaria até mesmo avaliando a possibilidade de deixar a liderança.

 

Vice do Republicanos

O Republicanos de Santa Catarina tem novo vice-presidente. O publicitário Hélio Costa Júnior, de 27 anos, tomou posse no cargo no sábado (26) em evento em Florianópolis. Júnior, filho do deputado federal Hélio Costa, será o responsável pelas articulações da sigla no Estado. A posse da liderança não deixa de trazer uma outra situação, que é a permanência de Hélio no Republicanos, já que informações de bastidores davam como quase certa a sua saída na janela do próximo ano. O presidente do Diretório Estadual do Republicanos, o deputado Sérgio Motta, ratificou a capacidade de aglutinação do partido dando carta branca ao novo vice.

 

Conversando com o MDB

Corre uma informação nos bastidores que o deputado federal Rodrigo Coelho, e o estadual Bruno Souza, estariam conversando com o MDB. Coelho está em processo de saída do PSB, enquanto que Souza ganhou o processo na justiça contra o mesmo partido, se livrando de perder o mandato por infidelidade partidária. Coelho negou a informação, enquanto que não consegui falar com Souza, mas, quanto a ele, soube que participou de um almoço com emedebistas, mas teria negado qualquer negociação. Dizem que Souza seria o nome desejado pelo MDB para ser o candidato em Florianópolis.

 

Moisés convida Tânia

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) não esconde que convidou a delegada regional, Tânia Harada, para se filiar ao PSL e ser a sua candidata a prefeita de Joinville. Tânia é um nome respeitado e já recebeu o convite de outros partidos.

 

PL é o futuro?

Há quem afirme que o Partido Liberal possa abrigar as lideranças insatisfeitas no PSL. Vale lembrar que o PL ao lado do Podemos, é o partido mais fiel ao presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL).

 

Júlia é pré

A jovem advogada Júlia Zanatta deve se filiar ao Partido Liberal nas próximas semanas. Inclusive, está confirmada a ida do deputado federal, Eduardo Bolsonaro (PSL), a Criciúma. Ele vai palestrar sobre o conservadorismo, porém, deve já anunciar o seu apoio a uma candidatura de Júlia a prefeita de Criciúma.

 

Rodrigues é o nome

O ex-deputado federal, João Rodrigues, é o plano A, B e C do PSD de Chapecó, para disputar a Prefeitura. O partido não abre mão de Rodrigues que já foi prefeito em duas oportunidades.