Os policiais e bombeiros militares devem dar início a uma operação padrão, a partir do dia 30, quando se reunirão em Florianópolis para discutir o impasse com o Governo do Estado. Militares da ativa e da reserva, além de familiares devem ir em bom número à capital e, não está descartada até mesmo uma grande mobilização das famílias dos chamados praças.

O presidente da Aprasc, subtenente, João Carlos Pawlick, me disse hoje que a entidade perdeu a paciência e que a categoria não aguenta mais esperar. Relatou ainda que desde o início, todos estão sendo pacientes com o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), que tem usado como argumento, que ainda precisa conhecer o Estado, além de que a reposição deve ser incluída na Lei de Diretrizes Orçamentárias, situação que não ocorreu quando foi aprovada a LOA. “Ele já teve tempo para conhecer o Estado. É importante dizer que estamos falando em reposição, não em aumento. Não queremos aumento, só a reposição que não é dada há seis anos”, afirmou.

Para o líder da Aprasc, o governador tem usado o argumento da Lei de Responsabilidade Fiscal de uma forma covarde. “O policial é o que vai às áreas de risco, enfrenta as facções criminosas que estão tomando conta de áreas do estado. Tudo vem na esteira da segurança”, disse.

Outra reclamação apresentada por Pawlick, é quanto a falta de estrutura. Fardas, coletes, equipamentos e viaturas, tudo falta para os policiais. Para o enfrentamento de criminosos, Pawlick chega a destacar o empenho dos PMs, mas, alerta que estão desmotivados e que se nada for feito a curto prazo, que o Estado poderá sofrer com a ação de bandidos, pois atualmente as condições são mínimas de trabalho.

Em uma reunião com a cúpula da Segurança Pública realizada ontem, o recado foi dado ao Governo. “O governo tem até o dia 30 para praticar algum gesto. Depois, tudo pode acontecer”, completou Pawlick, que aproveitou para reclamar do aumento dado por Moisés aos Procuradores Gerais, enquanto se nega a conversar com os praças. “Aos procuradores ele deu o aumento sem conversar com a Assembleia. Os deputados estão ao nosso lado, pergunte a eles. O problema é que o governador não se comunica bem com a Assembleia”, criticou.

Muito embora se reconheça a necessidade de uma gestão responsável do Estado, o discurso do Governo sobre o aumento da arrecadação, nos leva a crer que tem margem para a negociação e que pode estar havendo má vontade de Moisés, logo com um setor tão delicado para quem paga os seus impostos. Ou o governador cumpre com o seu papel de líder e assume as discussões a respeito dessa pauta, ou terá a sua primeira grande turbulência do ano.

Será que é justo que a sociedade pague com uma possível operação padrão, pelo simples fato de que Moisés não gosta de dialogar quando é cobrado? É claro que essa situação não começou no governo dele, mas hoje ele é o governador, portanto, deve no mínimo dialogar e construir em conjunto com a Aprasc, uma alternativa para atender ao pleito sem pesar no caixa do Estado.

Vale destacar que no caso de uma operação, que a culpa não será dos policiais e nem dos bombeiros, eles estão lutando pelo que é de direito, afinal, são eles que se expõem diariamente na defesa das pessoas de bem. Imaginem, ao mesmo tempo em que pensam nas contas atrasadas, na dificuldade de moradia, nas necessidades da família, estão combatendo o crime e salvando vidas. Frente a essa realidade, qual é o estado emocional dessas pessoas?

 

Moisés com a “bancada”

Deputados estaduais considerados da base do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) na Assembleia Legislativa, devem jantar com ele na Casa D’Agronômica na primeira semana de fevereiro, mais propriamente, entre os dias 3 e 4, quando o parlamento retomará os trabalhos. Moisés pretende falar sobre a reforma da previdência, assunto que promete ser um dos mais espinhosos deste ano e, que já tem gerado preocupação aos deputados que terão que enfrentar as pressões dos servidores. Além disso, Moisés também deve abordar o pedido de impeachment contra ele. Uma pauta que promete tornar o jantar um tanto indigesto, será a cobrança que os deputados farão a respeito da liberação de emendas.

 

O jantar dos emedebistas

Ontem à noite a deputada Ada de Lucca (MDB) recebeu em sua residência, os deputados estaduais de seu partido, Volnei Weber, Fernando Krelling, Mauro De Nadal, Luiz Fernando Vampiro e Jerry Comper. Não foram, Valdir Cobalchini e Moacir Sopelsa, que estão desalinhados com a bancada, e Romildo Titon. Além do peixe que é uma das especialidades de Ada, que segundo os seus colegas, é uma ótima cozinheira, também esteve no cardápio uma avaliação do trabalho de Celso Maldaner a frente do partido no estado, que é visto de forma positiva. Os deputados presentes também demonstraram preocupação com o atraso no pagamento das emendas, principalmente por estarmos em um ano de eleição, o que reduz o prazo para os repasses. Emendas do ano passado que também não foram pagas, gera descontentamento.

 

Sem impeachment

O pedido de impedimento do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), não entrou no cardápio emedebista. Quanto ao posicionamento do partido na Assembleia Legislativa, o entendimento é de que somente será definido após a conversa com Moisés, em reunião da bancada que acontecerá no parlamento, mas a tendência é que siga como no ano passado.

 

Caroline articula

Mesmo de saída do PSL, a deputada federal Caroline de Toni se reuniu com lideranças empresariais de Chapecó na tarde de ontem. Durante a conversa se articulou uma nova reunião, incluindo o prefeito Luciano Buligon (DEM) que está para se filiar ao PSL. Lideranças ligadas ao PSC e ao Novo também estiveram no encontro. Como definição, que estarão juntos no pleito para apresentar um projeto. Três nomes saíram como prováveis pré-candidatos do grupo: Os empresários Cidnei Barozzi e Nelson Akimoto, além do pastor Getúlio Gromovski.

 

Com apoio da vice

O policial federal e suplente de deputado, Edgar Lopes, foi recebido pela vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido). Ele é pré-candidato a prefeito de Florianópolis e busca um partido para disputar, já que no PSL não terá espaço por desavenças com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Lopes foi o candidato a deputado federal mais bem votado de seu partido, sendo que na capital recebeu cerca de 8 mil votos. “Daniela mostra que ao contrário de Moisés, dá muita credibilidade as pessoas que realmente combatem a corrupção e possuem um discurso e perfil alinhado ao presidente Jair Bolsonaro”, afirmou.

 

Vidal na Casa Civil

O coronel Vanderlei Vidal, atualmente na Superintendência da Saúde, cargo no Governo do Estado, estaria de mudança para a Secretaria de Estado da Casa Civil. De acordo com uma fonte, a partir do mês de março, Vidal será o responsável pelo setor no período em que o secretário Douglas Borba, se dedicará a trabalhar no projeto eleitoral apoiado pelo governador Carlos Moisés da Silva (PSL).

 

Nomes do PSB

O padre Círio Vandresen, é o pré-candidato do PSB para disputar a Prefeitura de São José. Atualmente empresário e fora das atividades religiosas, Vandresen foi filiado ao PT e chegou a assumir por 60 dias na Assembleia Legislativa no lugar de Dirceu Dresch, em um rodízio feito pelo partido em setembro de 2009. O lançamento oficial acontecerá no próximo dia 31 na Assembleia Legislativa a partir das 18h. No mesmo dia o empresário Topázio Silveira Neto será anunciado como o pré-candidato do PSB a prefeito de Florianópolis, e Arnaldo Zimmermann de Blumenau. Em Palhoça, o nome deve ser o do comunicador, Sérgio Guimarães.

 

Intervenção em Joinville

O PSB de Joinville está sofrendo uma intervenção. O presidente estadual, Adir Gentil, estará hoje na cidade para confirmar a situação. O vereador Wilson Gonçalves, o Paraíba, já demonstrou o interesse de comandar o partido em Joinville.

 

Alba cobrará

O deputado estadual Ricardo Alba, pré-candidato a prefeito de Blumenau pelo PSL, deve cobrar do governador Carlos Moisés da Silva, o atendimento às demandas da cidade. A SC-108 é um problema crônico e nem foi colocada no orçamento do Estado. Já a promessa de repasse de recursos para o Centro de Convenções ainda não foi efetivado. Pessoas próximas a Alba temem que aconteça o mesmo que ocorreu com o deputado coronel Onir Mocellin, que teve a sua candidatura a prefeito de Itajaí inviabilizada pelo fato do governador ter ignorado a cidade.