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A equipe do governador Carlos Moisés da Silva (PSL) está trabalhando nos bastidores para tentar salvar o seu mandato e, por tabela, o da vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), no provável processo de impeachment.

Enquanto de um lado a estratégia é tentar desqualificar os pedidos politizando a questão, o que se torna um argumento frágil, já que o processo é embasado na decisão do Tribunal de Contas do Estado que definiu o aumento dado aos procuradores de forma administrativa pelo governo, como ilegal, fortalecendo os pedidos de Ivan Naatz (PL), e do defensor público Ralf Zimmer Júnior. A questão é simples: O TCE definiu a questão como uma ilegalidade, baseado na lei, nada de política, portanto, caberia ao parlamento ir contra uma decisão técnica?

De outro lado caberá ao novo secretário de Estado da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, buscar uma aproximação com os deputados estaduais. A situação já foi mapeada e o principal alvo é o MDB, considerado como estratégico para salvar Moisés e Daniela do impedimento.

Uma fonte ligada à Casa D’Agronômica relatou em condição de anonimato, que há uma ideia de que a liderança do governo na Alesc deve ser entregue a um nome do MDB e, não está fechada a hipótese da abertura de espaço no primeiro escalão para acolher o partido, afinal, será um vale tudo para escapar da cassação.

Acontece que Amândio pode ter chegado tarde demais. Na segunda-feira em reunião da executiva do MDB no estado, foi reafirmada a decisão de afastamento do governo Moisés. A fala de ontem de Amândio à NSC, citando os emedebistas, foi levada a um grupo de WhatsApp do partido. Os integrantes rechaçaram qualquer possibilidade de alinhamento com um governo em que acreditam estar no fim. “O MDB seguirá distante do Moisés. O partido não está e nem estará com ele”, afirmou um parlamentar, enquanto outra liderança foi categórica ao rechaçar a aproximação pensada pelo secretário da Casa Civil. “O Amândio quer criar uma aproximação, mas o MDB não tem interesse”, disse.

O fato é que três fatores devem sustentar a decisão dos emedebistas. Primeiro que temem a pecha de que o MDB é fisiologista e que troca apoio por cargos. Outra situação é que já havia um grande descontentamento com Moisés, situação inclusive, relatada aqui pela coluna, O governador prometeu prioridade na liberação das emendas a quem o apoiasse, entre outros gestos que ficaram somente na promessa.

Antes mesmo das denúncias dos respiradores, a bancada do MDB cancelou duas reuniões online agendadas a pedido do governo. Perguntado o motivo, um parlamentar disse que o clima já não era bom, tendo piorado quando Moisés e integrantes do PSL tentaram tirar lideranças do partido.

Esse deve ser o cenário encontrado por Amândio e Moisés na Assembleia, com a exceção de alguns poucos que ainda podem dar algum apoio, a exemplo da ala evangélica que têm os deputados Sérgio Motta (Republicanos) e Jair Miotto (PSC). Além deles, José Milton Scheffer (Progressistas), Vicente Caropreso (PSDB), Rodrigo Minotto (PDT), Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT) que é líder do governo e Ricardo Alba (PSL), são os nomes que o governo ainda pode contar. A questão é que o sentimento das ruas ganha força a cada dia favorável ao impedimento de um governador, no qual não acreditam mais. Além disso, quantos vão querer colocar as digitais em um governo que pode ser cassado, ou em um governo que mesmo se sobreviver, terá uma dificuldade extrema de fazer uma boa gestão?!

Outra tática

Quanto ao pedido de impeachment apresentado pelos deputados Ana Caroline Campagnolo (PSL), e Maurício Eskudlark (PL), o jogo pode ser diferente. Vozes dentro da Agronômica defendem o caminho da desconstrução dos parlamentares. Segundo uma fonte, a vida de Eskudlark estaria sendo estudada em busca de algum furo, enquanto em relação a Campagnolo, a ideia seria apelar ao posicionamento da deputada para chamá-la de radical.

Transporte coletivo 

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) disse ontem durante o que chamaram de coletiva, que a partir de hoje será estudado o posicionamento a respeito da liberação do transporte coletivo. A partir das 10h, integrantes do governo se reúnem para definir as regras que nortearão a volta do serviço. Um ponto que chamou a atenção, é que a regra será estabelecida de acordo com a realidade de cada região.

Ada não concorda

Na votação de ontem na Assembleia Legislativa, quando foi aprovada a proposta que torna o transporte público como serviço essencial, apenas as deputadas Ada de Lucca (MDB) e Luciane Carminatti (PT), votaram contra. A emedebista se disse preocupada com a flexibilização que está sendo adotada pelo Governo do Estado. “Os índices de isolamento social em Santa Catarina caíram para 39%. Só para se ter uma ideia, as autoridades mundiais de Saúde consideram que o ideal é de 50%. Quem está orientando o governador a tomar essas decisões?”, questionou Ada.

CPI

O deputado estadual Ivan Naatz (PL), relator da CPI dos Respiradores, confirmou que hoje, a partir das10h, terá início a fase de depoimentos e que devem ocorrer até 28 de maio. Naatz pretende encerrar os trabalhos bem antes do prazo regimental de 120 dias e, apresentar o relatório preliminar na última semana de junho, após colher sugestões de todos os deputados, e, em seguida, após vistas coletivas apenas a membros da CPI, apresentar o relatório final.

Depoimentos

Na sessão de hoje da CPI dos Respiradores, serão ouvidos Karin Sabrina Duarte, diretora de gestão de licitação de contratos da Secretaria de Estado da Administração; Leandro Adriano de Barros, ex-secretário de Saúde de Biguaçu, advogado e pessoa de confiança do ex-secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba; Mariana Rabelo Petry, advogada em Biguaçu; Mateus Hoffmann, ex-secretário-adjunto da Casa Civil; e o coronel PM João Batista Cordeiro Júnior, chefe da Defesa Civil do Estado.

Compartilhamento

Ontem o relator da CPI na Assembleia Legislativa, Ivan Naatz (PL), acompanhado do relator adjunto, deputado Fabiano da Luz (PT), tiveram reunião com o procurador-Geral de Justiça do Estado e Chefe do Ministério Público, Fernando Comin, e com o presidente do Tribunal de Contas, Adircélio de Moraes. Eles falaram do compartilhamento de informações a serem usadas durante o andamento das investigações na CPI.

Respiradores

Os 50 respiradores que chegaram da China e que estão passando pelo desembaraço aduaneiro em São Paulo, não terão como endereço direto o depósito do Governo do Estado, serão todos levados ao Departamento de Investigação Criminal da Polícia Civil (DEIC), por determinação do judiciário. Alguns serão testados para saber se atenderão a finalidade que é a UTI. Informações dão conta de que os aparelhos podem não ser os ideais.

Revelações

Ontem mais uma liderança ligada ao Governo do Estado, me ligou para relatar a seguinte situação: Falando em defesa do ex-secretário de Comunicação, Ricardo Dias, após as críticas que fiz, a liderança disse que o problema não estava nele, mas na forma fechada que o governo de Carlos Moisés da Silva (PSL) é administrado. Segundo a fonte, tudo centralizava no então secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, tanto, que tem secretários desanimados por não terem a autonomia para trabalhar.

Tentando minimizar

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) mais uma vez tentou minimizar as graves denúncias que atingem integrantes de seu governo. Segundo ele, o problema que está acontecendo em Santa Catarina é o mesmo que ocorre em outros Estados, da não entrega do que foi comprado, de sobrepreço, o qual, segundo ele, está sendo observado. Acontece que, antes fosse apenas isso governador. Não que deixaria de ser grave, mas aqui no Estado virou caso de polícia, de acusação de corrupção, de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro, dentro do seu governo e, o pior, contra o seu amigo e figura máxima entre o secretariado, o então chefe da Casa Civil, Douglas Borba.

Pequena crise

“Essa pequena crise que está acontecendo agora para nós, nós temos certeza de que vamos colocar luz nesse processo, tudo será esclarecido e que o erário público está sendo protegido”, afirmou o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). É espantosa a fala do governador que define tudo o que está aparecendo como “pequena crise”, que de tão diminuta, quase levou o Estado a perder mais de R$ 100 milhões. Somente os R$ 33 milhões pagos antecipadamente a uma empresa de fundo de quintal do Rio de Janeiro, mostra a fraqueza e a irresponsabilidade dessa gestão. Em falar em gestionar, não há plano algum preparado para o enfrentamento ao Coronavírus em parceria com os municípios.

Sem licitação relâmpago

Para dar mais transparência às licitações estaduais, a Assembleia Legislativa aprovou ontem, o projeto de lei que fixa o prazo de 48 horas para apresentação de propostas de empresas que participarem desse tipo de trâmite. Segundo o autor da lei, deputado Milton Hobus (PSD), o objetivo é evitar irregularidades como as que ocorreram com o hospital de campanha de Itajaí.

Segurança Pública

O deputado federal Hélio Costa (Republicanos) classificou como “justa e necessária” a aprovação do Projeto de Lei que prevê a destinação de crédito suplementar de quase R$ 776 milhões, para o Ministério da Justiça e Segurança Pública. A proposta decorre de uma decisão do Supremo Tribunal Federal que determinou o repasse de recursos das loterias oficiais aos estados e ao Distrito Federal. “O PLN 7 segue uma decisão do STF e o cumprimento dela se deu com a votação a favor pela grande maioria dos deputados. Nada mais justo e necessário”, afirmou o parlamentar.

Assessoria de comunicação

Pelo visto o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) trocou seis por meia dúzia. A entrada de Gonzalo Pereira no comando da Comunicação do Estado, em nada mudará a qualidade do trabalho e, o exemplo é a coletiva de ontem quando impediram o SCemPauta de questionar o governador. O interessante é que pelo estado há profissionais de grande gabarito que poderiam fazer um trabalho melhor, como, por exemplo, Maurício Locks, que assessora o senador Jorginho Mello (PL), Bruno Oliveira que atua na assessoria do prefeito Gean Loureiro (DEM), Douglas Nazário de Criciúma, Marco Aurélio Braga de Joinville, Fernando Mattos de Chapecó, além dos demais assessores dos deputados estaduais, federais e senadores, prefeitos, vereadores, demais poderes, muitos profissionais gabaritados com quem converso diariamente, enquanto que no Governo o comando é essa lástima. Me desculpem os colegas que não citei o nome por falta de espaço, mas fica o meu reconhecimento e a promessa que num momento oportuno, citarei cada um que tenho contato.

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