Mais uma vez o Governo do Estado voltou a atacar a liberdade de imprensa ao censurar o SCemPauta. Não é a primeira vez que isso acontece, como uma tentativa de fugir do que deve ser respondido.

Ao não responder às perguntas que enviei, o Governo do Estado também aos leitores o direito de ter esclarecida as suas dúvidas. O que teme o governo que o faz censurar as perguntas que são feitas?

O aviso de pauta foi enviado pela assessoria às 17h10, sendo que as seguintes perguntas foram enviadas às 18h10: “Marcelo Lula – ScemPauta: Governador. O senhor assinou algum documento relacionado ao processo de compra dos respiradores junto a empresa Veigamed, ou tinha o conhecimento das tratativas? E o senhor falou em desespero na compra dos respiradores. Não acha que isso gera insegurança na população, em notar que a autoridade máxima do Estado agiu no desespero, ao invés de ter tomado decisões de forma serena, como o seu cargo exige?”

O link para uma primeira fala do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), me foi enviado às 18h12, já que o primeiro link não deu certo. Moisés e seus secretários falaram e, anunciaram que logo após seriam respondidas as perguntas da imprensa. Encerrada a fala às 18h30, perguntei sobre o espaço para os questionamentos.

Às 18h31, a assessoria respondeu que seria disponibilizado um novo link para o início da coletiva. Às 18h46 foi enviado o link seguido de um pedido de desculpa, por ter havido um novo problema, porém, o novo link começou sem som, tanto, que às 18h54 quando retornou o áudio, questionei se a minha pergunta já havia sido feita. A resposta às 18h56, foi a seguinte: “ainda não, foi perguntado apenas sobre o transporte coletivo”.

Às 19h12 alertei que a minha pergunta ainda não havia sido feita e, às 19h18 questionei se a haviam tirado. Para a surpresa, logo após, houve o anúncio de que devido ao tempo, que seriam apenas aquelas perguntas que foram feitas, ignorando as enviadas pelo SCemPauta.

O tempo é apenas uma desculpa, pois enviei as perguntas às 18h10, sendo que às 18h17 escrevi: “Se puder fazer as duas eu agradeço”. Em resposta a assessoria escreveu às 18h18: “está bem!”. Ora, se não teria tempo para as perguntas, por qual motivo não foi dito quando enviei? Qual é o medo de responder aos questionamentos? O novo secretário de Comunicação, Gonzalo Pereira, foi quem vetou as perguntas, ou, se não foi, qual medida tomará para que tal absurdo não volte a acontecer? Será essa a forma de trabalho de Gonzalo Pereira, censurar quem faz perguntas incômodas?

Com a palavra o Governo do Estado e, o julgamento deixo para o meu público que é prejudicado todas as vezes que somos censurados.