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Vários pontos da Grande Florianópolis foram alvo dos bandidos

A população da Grande Florianópolis e Tijucas sentiu o temor de que uma nova onda de atentados voltasse a assombrar o estado, como em 2014, devido aos graves acontecimentos do último sábado. Conflitos entre facções criminosas e a tentativa de desviar a atenção das autoridades com ações orquestradas na região colocaram em xeque a segurança, especialmente no Morro do Papaquara, epicentro dos conflitos.

O que se pode tirar do ocorrido é que foi um teste de fogo para o setor de segurança do estado. As forças policiais deram uma demonstração de eficiência e, através de uma ação coordenada, conseguiram impedir que a situação ganhasse corpo, o que mais uma vez geraria caos para a sociedade catarinense. Porém, há uma questão: o Setor de Inteligência sabia e alertou que haveria a tentativa de invasão e não foi ouvido, ou não conseguiu detectar a ação preparada por uma facção?

O secretário de Estado da Segurança, coronel Flávio Graff, afirmou que a inteligência da Polícia Militar estava ciente da ação, o que permitiu uma resposta preventiva e eficaz. As forças policiais já estavam posicionadas no Papaquara quando membros de uma facção rival, armados e preparados para uma chacina, segundo me disse Graff, chegaram à comunidade. Contudo, isso não elimina a necessidade de questionar o desmantelamento da Diretoria de Informação e Inteligência (DINI), ocorrido no governo de Carlos Moisés da Silva. Mesmo com a garantia de que a DINI continua operando, coordenando com outros setores da segurança o Grupo de Avaliação e Monitoramento de Facções Criminosas, é evidente que esse importante órgão precisa ser fortalecido e tratado como prioridade de Estado. A demora do atual governo em restabelecer a plena capacidade da DINI é preocupante.

Santa Catarina, com sua qualidade de vida, oportunidades de negócios e poder aquisitivo elevado, atrai a atenção de organizações criminosas. Por isso, um trabalho de inteligência bem estruturado é essencial para a segurança do estado. Houve avanços, como o serviço de cibersegurança da Polícia Civil, mas ainda é necessário melhorar o controle de entrada e circulação no estado e, principalmente, reforçar os mecanismos de inteligência.

No mais, o saldo dos conflitos de sábado é de 18 presos e um faccionado morto. Além disso, dois outros criminosos foram levados para o hospital. O estado de saúde não é conhecido. Os setores de segurança também falam de um arsenal que teria sido apreendido, mas não foram divulgados detalhes.

O cidadão catarinense dormiu sabendo que temos forças de segurança eficazes, mas também com a certeza de que o estado não está livre de possíveis ações de grupos criminosos e que o nosso sistema não é infalível, pois há regiões com pouco efetivo, e isso pode ser um fator crucial em caso de ações descentralizadas. Além disso, é preciso atender às necessidades dos servidores da segurança, a começar pela melhora do salário da categoria.

Efetivo do show

O secretário de Estado da Segurança Pública, coronel Flávio Graff, fez questão de informar que o efetivo direcionado ao show do ex-Beatle Paul McCartney, na Ressacada, não atrapalhou o trabalho de segurança na Grande Florianópolis. Segundo Graff, foram utilizados no evento policiais em formação, da academia, o que fez com que o trabalho normal não fosse afetado.

MDB

A bancada estadual do MDB discutirá amanhã, no tradicional almoço das terças, o convite do governador Jorginho Mello (PL) e a repercussão dentro do partido. Apesar do sentimento de que Antídio Lunelli (MDB) deverá aceitar o convite, também há quem avalie os posicionamentos contrários da base. Deverá ser feito contato com os deputados federais para agendar uma reunião ampliada.

Secretário em BC

Coronel da reserva deve assumir a Secretaria de Segurança de BC – Imagem: Polícia Militar

Informações de bastidores dão conta de que o coronel da reserva da Polícia Militar, Evaldo Hoffmann, poderá ser o secretário de Segurança de Balneário Camboriú. O militar foi para a reserva após 33 anos de serviço. Ele atuou no 12º Batalhão de Polícia Militar, em BC, no comando da Polícia Militar Rodoviária e, por fim, como subchefe do Estado-Maior-Geral da PMSC, no Comando-Geral em Florianópolis. Entre as condecorações, recebeu a medalha “Corpo de Tropa”, na categoria prata, a medalha “Lealdade e Constância” e a comenda Barriga Verde da Polícia Militar, que se destina a pessoas que tenham contribuído destacadamente para o engrandecimento da Polícia Militar.

Residência da vice

As despesas relacionadas ao gabinete da vice-governadora, Marilisa Boehm (PL), registraram um aumento expressivo em 2024, seu segundo ano no cargo ao lado do governador Jorginho Mello (PL). Dados oficiais do sistema de gestão orçamentária do estado revelam um incremento de 43,4% em comparação com o ano anterior. Em 2023, o orçamento inicial previsto para as despesas da residência oficial era de R$ 418,3 mil. No entanto, ao final de dezembro, esse valor saltou para R$ 1,5 milhão, o que causou polêmica à época por representar um acréscimo de 258% em relação à previsão inicial. Já este ano, o orçamento foi elevado novamente, agora para aproximadamente R$ 2,15 milhões.

Aumento no gabinete

O aumento nas despesas não se limitou apenas à residência oficial ocupada pela vice-governadora Marilisa Boehm (PL). Na rubrica “gestão e manutenção dos serviços administrativos gerais” do gabinete, houve um incremento de 39,3% no orçamento para 2024: era R$ 1,51 milhão em 2023 e passou para R$ 2,1 milhões. Esses aumentos significativos nas despesas levantam questões sobre a gestão orçamentária e a alocação de recursos públicos no estado de Santa Catarina.

Contraponto

Em nota, a assessoria da vice-governadora Marilisa Boehm (PL) informou que, no ano de 2023, diversos ajustes tiveram que ser realizados para regularizar o funcionamento do gabinete da vice-governadora, pois contratos estavam sendo custeados pela Casa Civil e, para cumprimento integral da legislação e transparência, deviam ser assumidos pelo gabinete, o que ocorreu no decorrer de 2023 e até o presente exercício. A assessoria destacou ainda que sequer uma contratação de serviços terceirizados planejada em 2022 pela gestão à época foi prevista no orçamento de 2023. “O orçamento inicial previsto para a residência em 2023 estava incorreto, por erro de projeção da gestão anterior, conforme relatado. Ele foi elevado em março de 2023, estimando as obrigações contratuais, porém, com a economia na redução do contrato de serviços terceirizados da residência, em alinhamento com o PAFISC, foram executados somente R$ 1,1 milhão do orçamento previsto. Para 2024, a previsão é fechar o ano em R$ 1,2 milhão”, diz a nota.

Segue

“O motivo do aumento no orçamento de 2024 na residência oficial ocorreu por conta de uma possível reforma a ser realizada na residência, o que já foi descartado no primeiro semestre deste ano e não irá ocorrer. Reforçando aqui a diferença entre planejamento orçamentário e a efetiva execução financeira, pois, apesar de o orçamento abranger a possível reforma, a tomada de decisão foi pela não execução de tal despesa. As despesas com administração e manutenção da residência seguem regulares, sem aumento de despesas desde o exercício de 2023” – Assessoria do Gabinete da vice-governadora.

Mobilização

O Governo do Estado vai colocar grades em frente ao Centro Administrativo, a partir de amanhã cedo. A ideia é afastar ao máximo os policiais penais e os agentes socioeducativos do prédio. A categoria marcou uma assembleia para amanhã a partir das 14h. São esperados ônibus de todas as regiões do estado. A informação sobre as grades desagradou a categoria, que viu no ato um gesto de desrespeito do governo.

Candidaturas satélites

Além de enfrentar a força do PL, representado pelo “22”, o prefeito de São José, Orvino de Ávila (PSD), teve que lidar com as chamadas “candidaturas satélites”, cooptadas pelo Governo do Estado. Um dos exemplos mais notáveis foi o candidato Moacir da Silva (Podemos), que realizou 153 publicações mencionando Orvino, sendo que 32 delas continham críticas diretas ao prefeito. Curiosamente, Moacir não dirigiu ataques a outros candidatos, focando suas menções apenas em Orvino. No final, Moacir terminou em terceiro lugar na disputa. O desempenho do Podemos na eleição para vereador em São José foi igualmente fraco, com seus candidatos somando apenas 1.070 votos. Outro partido que foi utilizado para atacar Orvino, a Democracia Cristã, conseguiu ainda menos, totalizando apenas 588 votos. Esses números mostram a ineficácia das candidaturas satélites.