Foto: Mauro Schlieck/CVJ

A convite da Comissão de Saúde da Câmara de Vereadores de Joinville, a secretária municipal de Saúde, Tânia Eberhardt, foi ouvida por dez vereadores nesta quarta-feira (10), no plenarinho, sobre os problemas enfrentados pelos joinvilenses nas últimas semanas, principalmente devido à epidemia de dengue.

A cidade vive uma epidemia de dengue. Só este ano, cerca de 10 mil casos foram registrados e 15 pessoas morreram.

A secretária afirmou que as unidades de pronto-atendimento, as UPAs e os PAs, não estão preparadas para pandemias. Conforme Tânia, um novo PA está em construção na Zona Sul, com quatro andares, este sim com um andar preparado para pandemias.

Segundo ela, as 54 unidades básicas de saúde, de atenção primária, foram abertas para atender pacientes com dengue e 21 passaram a atender até mais tarde. Todos os profissionais de saúde foram capacitados para atendê-los.

Nas unidades sentinelas, os pacientes são encaminhados para exames e recebem hidratação (soro na veia). Depois, os usuários são monitorados via telemedicina. Desde janeiro, foram feitos cerca de 9 mil atendimentos dessa forma.

“Isso tudo era para reduzir a demanda dos pronto-atendimentos, para aliviar a pressão dos PAs 24 horas”, explicou Tânia. Sem isso, ela estima que cerca de 13 mil pessoas estariam nas UPAs, que não têm capacidade de atendimento.

Foto: Mauro Schlieck/CVJ

A secretária reconheceu que há filas de até seis horas para atendimento, mas que Joinville está “oferecendo acesso a todo o paciente [com dengue dos tipos] A e B”. Disse ainda que abril terá números mais altos de atendimentos, que já somaram 10 mil nos primeiros oito dias deste mês.

Os pacientes com tipos C e D acabam internados, em geral. Em Joinville, 45% das internações têm como causa a dengue.

Foram contratados mais 45 agentes de combate a endemia, pagos pelo Ministério da Saúde. Cerca de R$ 1 milhão foi enviado pela União para ser usado no combate à dengue. O dinheiro é usado para compra de insumos, por exemplo. A secretária comentou que os sais estão em falta, mas o soro, não.

Tânia também disse haver dificuldade nas compras no sistema público de saúde e que é difícil vencer essa “burocracia cotidiana”.