A jogada dos precatórios – Coluna da Jayana da Silva
Primeiro, vale esclarecer que, precatórios são valor devidos pelo Governo em decorrência de decisões judiciais. Estas dividas pode ser a pessoas físicas, jurídicas ou entes federados.
O Supremo Tribunal Federal decidiu sobre o pagamento de 90 bilhões de reais em precatórios para o ano de 2022. Comprometendo parte significativa do orçamento aprovado pela câmara.
Em comparação aos anos anteriores, fica visível o aumento de decisões contra a União, como é possível ver abaixo:
2016 – R$ 30,3 BI
2017 – R$ 31,8 BI
2018 – R$ 36,6 BI
2019 – R$ 41,3 BI
2020 – R$ 51,9 BI
2021 – R$ 54,7 BI
2022 – R$ 89,1 BI
O que o Supremo Tribunal Federal está fazendo, não é uma ação contra o Presidente Bolsonaro, mas um castigo aos brasileiros, para que em pleno ano eleitoral o Governo fique com todo seu orçamento amarrado aos pagamentos de precatórios e sem espaço fiscal para promover a nova política de transferência de renda, chamada Auxílio Brasil, que deve ser lançado em breve pelo Ministério da Cidadania. A depender do resultado da proposta de emenda constitucional votação pela câmara e pelo senado.
Para não estourar o teto e honrar suas dívidas, o Ministério da Economia propôs a PEC 23/2021. Que, entre outras coisas, determina que precatórios de até 60 salários mínimos, hoje R$ 66 mil, serão quitados à vista. Mas, outros precatórios poderão ser parcelados se a soma total vier a superar 2,6% da Receita Corrente Líquida (RCL) da União. Nesse caso, o parcelamento começará pelos de maior valor.
Por se tratar de PEC, o Governo precisa de maioria absoluta, ou seja, 308 votos ou mais. Todos os Deputados da base foram convocados a estarem em Brasília.
Veja mais postagens desse autor