Caso de agressões do DJ Ivis à ex-mulher reforça que em briga de casal se mete a colher sim
Os casos de agressões e mortes de mulheres vítimas de seus companheiros, infelizmente, fazem parte dos noticiários diários. E quando se trata de famosos os casos ainda têm maior repercussão, mas não necessariamente o encaminhamento e a punição aos agressores são como desejaríamos, até mesmo para que sirvam de exemplo e contribuam com a redução desta violência.
A violência contra a mulher sempre foi um problema grave no Brasil e, segundo dados divulgados pelo Observatório do Terceiro Setor, está ainda mais grave, tendo duplicado neste período de pandemia. Os dados revelam claramente a realidade que vimos. O levantamento mostra que 35% das mulheres atendidas moram com o suspeito. Em 51% dos casos, o agressor é o atual companheiro e em 48%, um ex-namorado ou ex-marido.
Santa Catarina é o único estado do Sul do País que aparece no ranking dos estados mais feminicidas durante a pandemia. Em 2020 foram 59 casos de mulheres assassinadas.
Em 2021 nosso estado passou a contar com novas estruturas que, em breve, darão início efetivo ao atendimento às mulheres e aos levantamentos de dados importantes para o combate à violência que são a Procuradoria da Mulher e o Observatório da Mulher, criados e instalados na Assembleia Legislativa.
Graças a Lei Maria da Penha e as iniciativas de entidades públicas e privadas as denúncias também aumentaram. No entanto, muitas mulheres têm sido vítimas desta violência e as agressões que sofrem acabam ficando entre as paredes de seus lares, cercadas de medos e de esperanças de que um dia o agressor mude, sendo observadas por pessoas que deveriam orientar e denunciar.
No caso do DJ Ivis, o incrível é que após a divulgação das agressões pelas redes sociais o número de seguidores dele aumentaram. Mas há quem diga que este será o fim de sua promissora carreira. Será? Espero que sim.
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