Quanto mais um presidente da República visitar Santa Catarina, melhor tende a ser para o estado, isso, caso o resultado seja em ações e serviços, afinal, é a oportunidade que as lideranças estaduais têm para apresentar as nossas principais pautas, ainda mais tendo a maior autoridade do país conhecendo os problemas in loco. Vale lembrar que além desta semana, quando Jair Bolsonaro (sem partido) visitará Chapecó, no dia 14 de agosto ele irá a Florianópolis e depois tem uma viagem prevista para Joinville, em data ainda a ser marcada.

É por isso que é fundamental uma grande mobilização do setor político e empresarial para fazer chegar a Bolsonaro, nas agendas que fará em meio a passeios de moto, as pautas relacionadas a Saúde, a Infraestrutura, ao setor social e ao agronegócio, sobretudo na questão hídrica.

Na semana passada vi uma manifestação do colega Prisco Paraíso e me junto a ele, afinal, a vinda do presidente não pode ser um mero passeio, ou pior, não pode ser um ato político, a chamada campanha extemporânea o que é proibido por lei. Cabe ao presidente trazer para Santa Catarina propostas concretas a um dos Estados que mais contribuem, mas que está entre os que menos recebem de retorno frente ao que arrecada para a União. A média, para ter uma ideia, é de R$ 18,00 de retorno a cada R$ 100 que enviamos para Brasília, o que é muito pouco.

É claro que a culpa dessa malfadada situação não é do atual governo, pois é uma relação antiga desde que ficou estabelecido o pacto federativo. Mas cabe sim, a Bolsonaro, mudar essa realidade, pois quando assumiu fez o discurso do “mais Brasil e menos Brasília”, levantando a bandeira de um novo pacto, o que é preciso que seja honrado, até por uma questão de justiça com Estados e Municípios.

Mas voltando às visitas, mais importante do que a chamada motociata em tempos de pandemia, estão os anúncios de ações concretas para o estado catarinense. Um dos prováveis integrantes da comitiva presidencial que mais deve explicações ao nosso Estado, é o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, que praticamente depenou os repasses que deveriam nos ter sido feitos. Por isso mesmo, ele chegou a comemorar quando a Assembleia Legislativa autorizou ao governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), a aplicação de recursos do Estado nas rodovias federais BR 280, BR-470 e BR-163, ou seja, um problema a menos para o ministro que injetou milhões na infraestrutura do Rio Grande do Sul, estado do também ministro Onyx Lorenzoni.

Quanto a BR-282, também não há uma perspectiva. Mas vamos torcer para que Tarcísio que estará ao lado de Bolsonaro na visita da próxima sexta-feira (25), sinalize positivamente à parceria oferecida por Moisés. Conforme já divulguei, a ideia é conceder a 282 para a iniciativa privada, que faria as melhorias e ampliação até uma quinta pista. Como o pedágio tende a ficar mais caro, o governador propôs ao ministro que o Estado e a União subsidiem o preço para não ficar pesado ao usuário. Uma proposta irrecusável e que já poderia ser acelerada.

Portanto, receber um presidente é importante, mas não pela figura do cargo, sendo que não é o momento para tietagem. A visita de Bolsonaro será importante, se forem anunciadas ações concretas que afetem a vida dos catarinenses.

Cenário tucano

Duas lideranças tucanas se manifestaram em off, sobre a provocação feita pelo ex-ministro do Turismo e atual secretário do setor em São Paulo, Vinicius Lummertz, de que o PSDB catarinense precisa começar a se mobilizar de forma mais clara, sobre uma candidatura do governador paulista, João Dória (PSDB), à Presidência da República. De um parlamentar ouvi que o partido não tem outra escolha a não ser apoiar a Dória, como forma de se contrapor a polarização entre o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT). Já outra liderança também entende como importante o nome do tucano, porém, defende que antes o partido se coloque no cenário estadual com uma candidatura viável ao Governo do Estado. “Para apoiar o Dória, é preciso ter um palanque forte em Santa Catarina”, afirmou.

Construção

A liderança foi além ao analisar o atual momento no ninho tucano estadual. Segundo a fonte, hoje o PSDB tem no ex-deputado estadual, Gelson Merisio, o nome que conquistou o direito de ser o pré-candidato do partido a governador, mas pondera que é preciso estabelecer um tempo. A ideia de prazo é explicada pela fonte em forma de revelação, ao dizer que Merisio não emplacou nas bases, ou seja, o partido ainda não está com ele. “Ele tem o apoio e o espaço dado pela executiva, mas as bases não estão fechadas com ele. Foi dado espaço para ele trabalhar e tentar construir, mas vai chegar o momento que será cobrado a apresentar viabilidade, ou o partido terá que pensar em outros nomes”, relatou.

Sem reciprocidade

Nas internas do MDB há um descontentamento em relação ao senador Jorginho Mello (PL), pré-candidato ao Governo do Estado. O entendimento é que Jorginho teria que apoiar o candidato emedebista, como gesto de reciprocidade ao apoio dado a ele na eleição ao Senado. “Quem elegeu o Jorginho foi o MDB. O certo seria apoiar o nosso candidato, seja quem for”, relatou a fonte. O senador Dário Berger que é pré-candidato a governador também já deixou clara a sua insatisfação. Em uma conversa que tivemos há alguns dias, ele lembrou que coordenou a campanha de Jorginho Mello ao Senado. “E agora vira adversário”, lamentou.

Reciprocidade

O apoio público do prefeito de São José, Orvino de Ávila (PSD), a uma candidatura do senador Dário Berger (MDB) ao Governo do Estado, chamou atenção do cenário político, já que Orvino é de outro partido. O fato é que o prefeito faz um gesto de reciprocidade a ajuda de Dário na eleição municipal, para a construção da aliança PSD e MDB que elegeu Orvino. O fato é que a então prefeita, Adeliana da Pont (PSD), queria outros dois nomes para a sua sucessão. A primeira da lista era a atual secretária de Saúde, Sinara Simioni, e a segunda, a hoje presidente da Câmara de Vereadores, Mery Hang, mas a costura de Orvino foi mais eficiente ao ponto de conquistar a vaga do partido, mesmo contra a vontade de Adeliana.

A costura

O então vereador Orvino de Ávila (PSD) se movimentou quando soube que havia sido preterido por Adeliana Dal Pont (PSD), para a sucessão da então prefeita de São José. Articulou com o seu colega de Câmara de Vereadores, Michel Schlemper (MDB), e contando com o apoio do senador, Dário Berger, garantiu a aliança com os emedebistas construindo uma candidatura irreversível. Coube a Adeliana aceitar e ter em Orvino o seu sucessor. No acordo, o direito a tentativa de reeleição ao atual prefeito, seguido de apoio ao MDB que tem na primeira fila, Schlemper, o atual vice.

Fabrício em Joinville

Em agenda ontem em Joinville, o prefeito de Balneário Camboriú Fabrício de Oliveira (Podemos), teve encontro com o prefeito de Joinville, Adriano Silva (Novo), em culto na Igreja do Evangelho Quadrangular. Ele também conversou com o vereador Brandel Junior (Podemos) e com o deputado federal Rodrigo Coelho (Podemos). Há quem diga que pode ter ocorrido um convite a Adriano, para que se filie ao Podemos. Já a versão oficial é que na conversa com Brandel, teria sido sobre a organização do partido, com Coelho o assunto foi o cenário nacional e com o prefeito Adriano, os desafios enfrentados pelas administrações municipais na pandemia.

Patriota

A informação que vem de Brasília é de que o Patriota, futuro partido do presidente da República, Jair Bolsonaro, vai ficar com alguém indicado por Luciano Hang ou Jorge Seif, atual Secretário Nacional da Pesca. Bolsonaro disse a seus aliados, que nos estados quer o partido comandado por alguém que não tenha projeto pessoal.

Quinto constitucional

A disputa ao quinto constitucional pegou fogo nos últimos dias, um dos candidatos teve seu WhatsApp bloqueado, muito provavelmente por disparo massivo de mensagens com uso de robôs, modelo que foi denunciado nas eleições presidenciais de 2018. Além do disparo, possivelmente por mailing de advogados fornecido de forma irregular, houve registros de produção de notícias falsas. O advogado Diogo Pitsica se posicionou em suas redes se solidarizando com os seus colegas que foram alvo de ataques.

Negando a crise

O deputado estadual Jair Miotto (PSC) me ligou para negar mais uma vez que tenha qualquer atrito com o ex-deputado, Narcizo Parisotto, presidente estadual do PSC. Parisotto quer voltar ao cenário político e se candidatará na eleição do próximo ano. Os rumores é de que ele pode disputar a estadual ou a federal. Miotto diz que a vaga à Alesc será disputada por ele e, acusa pessoas próximas a Parisotto de tentar gerar atrito entre dele com o missionário a quem chama de “paizinho”. Vale lembrar que Jair Miotto foi o herdeiro político de Parisotto.

Jorginho filia

O Partido Liberal oficializou a filiação do empresário Beto Martins, em reunião de lideranças regionais da sigla no sábado (19), em Imbituba. Martins é o segundo suplente do senador Jorginho Mello, presidente estadual do PL e já foi prefeito de Imbituba por dois mandatos. “Este é um momento de muita alegria para mim. Serei um soldado do PL e estarei em sintonia para o nosso projeto maior no ano que vem. Estarei apoiando os candidatos e auxiliando na consolidação do PL no nosso estado” disse Martins.

282 mais segura

A Federação das Indústrias (FIESC) lança nesta quarta-feira (23), às 14h, o projeto BR-282 + Segura e Eficiente. A iniciativa apresenta um conjunto de sugestões para melhorar a qualidade e a segurança do trecho que vai de Lages a Florianópolis, que registra elevado número de acidentes. A transmissão do evento será feita pelo canal da FIESC no Youtube. A abertura será feita pelo presidente da entidade, Mário de Aguiar, que será seguido do superintendente da Polícia Rodoviária Federal, André do Nascimento; do superintendente do DNIT, Ronaldo Carioni; e do engenheiro, Ricardo Saporiti.

ACTs no Socioeducativo

O Supremo Tribunal Federal decidiu que são inconstitucionais dispositivos de leis complementares do estado do Espírito Santo, que autorizam a contratação temporária de pessoal pelo Poder Executivo, para empregos na área de agentes socioeducativos, sob o argumento de que a medida é necessária para atender a necessidades urgentes e excepcionais. Além disso, as leis afrontam a Constituição ao burlarem a realização de concursos públicos. O ministro Nunes Marques concedeu um prazo de dois anos para que os ACTs sejam desligados. Após o resultado, aumentou a expectativa dos mais de 300 aprovados no concurso de 2016 em Santa Catarina, que a ação no mesmo sentido aqui no estado prospere, permitindo o chamamento de todos.

Chamamento

Um fato provocou mais reclamações dos aprovados no concurso de 2016 para o socioeducativo. Foi renovado pela Secretaria de Estado da Administração Prisional, o contrato com os ACTs contratados em 2015 e que serão mantidos pelo menos até 2023. Acontece que contratos com temporários não podem ser superiores a 6 anos. Outro ponto que está sendo reivindicado pelos concursados, é a suspensão da validade dos concursos no período de pandemia, já que a proibição de nomeações de aprovados, além do número de vacâncias até o fim do ano, pode impedir que aprovados sejam chamados.  

Cidade empreendedora

O Sebrae divulgou um ranking dos dez municípios catarinenses participantes do Programa Cidade Empreendedora, que foram os mais ágeis no processo de abertura de empresas em Santa Catarina no mês de abril. Os dados são do Mapa de Empresas do Ministério da Economia, e consideram a consulta de viabilidade e o registro do CNPJ.

Confira o ranking e total de horas de cada cidade:

1º Pinhalzinho – 2,76 horas

2º Brusque – 13,57 horas

3º Monte Castelo – 19,30 horas

4º Maravilha – 26,50 horas

5º São Domingos – 27,23 horas

6º Florianópolis – 27,66 horas

7º Urupema – 40,17 horas

8º São Martinho – 40,95 horas

9º São Carlos – 43,49 horas

10º Criciúma – 44,77 horas

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