Movimentações de Schiochet geram crítica no entorno de Moisés; Indecisão no Progressistas preocupa Ponticelli; Valor do auxílio emergencial de SC em discussão entre outros destaques
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Em entrevista concedida ontem à Rádio Aliança da cidade de Concórdia no Meio-Oeste, o deputado federal e presidente estadual do PSL, Fábio Schiochet, falou sobre os projetos de seu partido para as eleições do próximo ano. Segundo ele, o foco principal é a eleição proporcional, ou seja, os pesselistas que estarão ao lado do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), querem eleger uma forte bancada no Congresso Nacional e também nos estados.
Questionado sobre a situação de Carlos Moisés da Silva (PSL), Schiochet lembrou que o governador ainda é filiado ao partido e, que espera pela decisão de Moisés sobre ficar ou se desfiliar, para depois tomar uma decisão em relação a majoritária. Ele ainda afirmou que Moisés é a primeira opção do PSL para o Governo do Estado.
Quando tomei conhecimento da entrevista, chequei a data para conferir se não havia sido concedida antes do último dia 18, quando divulguei com exclusividade, que Schiochet em reunião com a executiva estadual pesselista, afirmou categoricamente que o partido não estará com Moisés, ou seja, que o prazo dado até outubro não valeria mais, além de que houve uma conversa que culminou com uma aproximação com o senador, Jorginho Mello (PL), que é pré-candidato ao Governo do Estado.
No encontro que me foi relatado por um dos participantes, Schiochet chegou a dizer que conversaria com o ex-deputado estadual, Gelson Merisio (PSDB), para explicar que o PSL está praticamente fechado com Jorginho, até mesmo por uma questão ideológica, já que ambos apoiarão a tentativa de reeleição de Bolsonaro. Então, como que Moisés volta a ser o “plano A” de Schiochet?
O presidente estadual do PSL, admite que não fala com Moisés há mais de seis meses, situação a qual ele atribui ao governador, o qual, segundo Schiochet, se afastou logo após o primeiro processo de impeachment. Já no segundo processo, Schiochet se deixou seduzir por Merisio a quem chegou a ofertar apoio, dizendo em um dos encontros que estaria com todos, menos com Moisés, conforme relatos de uma fonte que participou de uma das conversas.
As movimentações de Schiochet começaram a ser observadas, até mesmo quando culminou com a aproximação com Jorginho Mello, que chegou a oferecer ao próprio líder do PSL a condição de seu vice na disputa estadual. “Não dá para entender as movimentações do Schiochet. Primeiro o Merisio, agora o Jorginho passa a ser o seu tutor e, ele ainda volta a falar no Moisés como candidato? ”, questionou uma fonte pesselista, que criticou a posição do deputado a quem acusa de ter inúmeras dívidas com lideranças do partido.
A mesma liderança vai além, a dizer que as movimentações de Fábio Schiochet revelam uma tentativa de prender Moisés ao partido, até o prazo máximo para as candidaturas no próximo ano, para depois inviabilizar o governador que não teria como mudar de partido em tempo hábil para a disputa. A fonte relata que a suposta intenção já teria sido percebida pelo próprio Moisés. “Hoje ele (Moisés) não sente a segurança de permanecer no PSL, nem com o comando partidário”, relatou, destacando que por mais confiança e boa relação que o governador tenha com o presidente nacional dos pesselistas, Luciano Bivar, os movimentos do vice-presidente Antônio Rueda e de Fábio Schiochet, desmentem as boas intenções.
Em suma, lideranças no entorno de Moisés já entenderam as intenções na fala de Schiochet, o qual, segundo eles, estaria tentando “sacanear” o governador. “Se o projeto dele é com o Moisés, tem que sentar com o governador para combinar, mas ele agora quer usar de um tempo sem ter conversado nos últimos seis meses”, disse uma das fontes que completou: “O Fábio (Schiochet) tem que parar de perder tempo, não tem bobo nesse jogo. Ele começou ontem na política, o Moisés começou ontem, mas quem está perto do Moisés não começou ontem”, afirmou.
Elogios e críticas
Ainda durante a entrevista concedida ontem à Rádio Aliança, o presidente estadual do PSL, Fábio Schiochet, elogiou o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), o qual, segundo ele, fez com que o Estado tivesse dinheiro em caixa, além de ter pago as contas da Saúde. Schiochet aproveitou para criticar o período em que Daniela Reinehr (sem partido) esteve à frente do governo. “O Estado atrasou em 40 dias na gestão Daniela. Foi pautada em trocas sem sentido”, afirmou.
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Indecisão no Progressistas
Uma fonte próxima ao prefeito de Tubarão, Joares Ponticelli (Progressistas), me disse que ele não está se sentindo seguro em relação ao apoio do partido, à sua possível candidatura à majoritária estadual. A liderança me disse que em conversa com Ponticelli, ele teria dito que não deixará a Prefeitura por uma aventura, como a que fez em 2014. “A questão é que o Amin (Esperidião) nunca diz em definitivo que não vai. Ele sempre deixa em aberto essa possibilidade, o que tem deixado o Ponticelli inseguro sobre o seu futuro. Ele quer tomar uma decisão segura e responsável”, disse a fonte. Ponticelli já foi procurado pelo senador, Jorginho Mello (PL), que convidou o progressista a ser o seu vice, ou disputar ao Senado.
Auxílio emergencial
O deputado estadual, Valdir Cobalchini (MDB), relator do projeto de auxílio emergencial na Assembleia Legislativa, pediu ao Governo do Estado que amplie os valores destinados e a abrangência em relação ao número de atendidos pelo benefício. O governo já se mostrou sensível ao pedido e começou a analisar a possibilidade. Uma reunião já foi agendada para esta semana quando a Secretaria de Estado da Fazenda, apresentará um parecer com os números. Havendo um acordo, o próprio Cobalchini poderá apresentar um substitutivo global à proposta com a mudança.
Valores
Eu tive acesso aos números. O valor do auxílio emergencial por sugestão do deputado estadual, Valdir Cobalchini (MDB), deverá ser ampliado de R$ 600 para R$ 900, atendendo pessoas em situação de vulnerabilidade e desempregados que atuavam nos setores mais afetados pela pandemia de Covid-19. Os recursos serão disponibilizados em três parcelas de R$ 300. Inicialmente, seriam contempladas famílias registradas no Cadastro Único (CadÚnico) e do Benefício de Prestação continuada (BPC), que não receberam nenhum auxílio do Governo Federal, além de pessoas desempregadas nos setores ligados à alimentação, alojamento, promoções, eventos e turismo. Agora, o auxílio será disponibilizado, também, para pessoas que trabalhavam no transporte coletivo e que perderam seus empregos. A estimativa é que o auxílio emergencial atinja 67 mil beneficiados.
Socialistas
O PSB e o PCdoB têm discutido a possibilidade de fusão, que poderá resultar no “Socialistas”. Alguns outros partidos como a Rede e o Partido Verde também podem participar do processo para se salvar, por causa da cláusula de desempenho. O presidente estadual do PSB, Cláudio Vignatti, me disse que as conversas estão concentradas na esfera federal, mas admitiu que alguns encontros informais já aconteceram no estado. Independente de fusão, ou não, Vignatti disse que conversou com a direção do Partido Comunista do Brasil para um alinhamento. O PDT também recebeu a mesma proposta. Quanto a fusão, Vignatti entende como um movimento importante para a política nacional.
Carne suína
Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina mantém crescimento nas exportações e amplia em 54% o faturamento com os embarques em abril. No último mês, o agronegócio catarinense exportou mais de 50 mil toneladas do produto, gerando receitas que passam de US$ 123,7 milhões, o segundo maior valor da série histórica iniciada em 1997. Os números foram divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). O desempenho consolida a retomada das exportações catarinenses de carne suína e a presença internacional em importantes mercados consumidores. Foram 50 mil toneladas embarcadas, o quinto melhor resultado já registrado pelo Estado, e 41,7% a mais do que no mesmo período do ano anterior.
Questões ambientais
O deputado federal Rogério Peninha Mendonça (MDB) e o empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, articulam audiência com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), para os próximos dias. Levarão a Bolsonaro uma sugestão para resolver o problema causado pelo STJ, que determinou a aplicação do Código Florestal nas áreas urbanas dos municípios. A decisão afetou quase a totalidade das cidades brasileiras. Em reunião na sede da Havan, em Brusque, Hang, Peninha e o assessor Rafael Pezenti fizeram contato por telefone com o subchefe de Assuntos Jurídicos, Pedro de Sousa, para articular a reunião. Os catarinenses colocarão nas mãos de Bolsonaro a minuta de uma Medida Provisória para sanar de forma imediata o problema.
Decisão nos municípios
Paralelo à negociação com o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), o deputado Rogério Peninha Mendonça (MDB) age nos bastidores em Brasília para acelerar a tramitação do PL 2510/19, de sua autoria, que transfere às Câmaras Municipais, via alteração nos planos diretores, o poder de determinar a distância em que construções podem ser erguidas às margens de rios, córregos e cursos d’água.
Desnecessário
Ontem uma estátua da liberdade pertencente as lojas Havan foi derrubada por um vento no Rio Grande do Sul. O deputado federal Pedro Uczai (PT) em seu perfil no Twitter, acabou fazendo uma provocação desnecessária, que em nada acrescenta, ainda mais para um parlamentar. Seja da direita ou da esquerda, alguns políticos estão perdendo o bom senso, acirrando mais o clima sem a mínima preocupação com o que, tal atitude, provocará na população. É de se lamentar. Uma coisa é a diferença política entre petistas e o empresário Luciano Hang, outra, é a empresa que gera emprego para muitas famílias. Vamos ter bom senso e civilidade!
Juventude do MDB
Em agenda pelo Sul do estado, o presidente da JMDB catarinense e prefeito de Antônio Carlos, Filipe Schimitz, e o coordenador Leonardo Felipe, cumpriram compromissos na região da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec). Na companhia dos líderes da juventude, Max Mello e Eduardo Sorato, o movimento busca o protagonismo da juventude em espaços eletivos. Em Balneário Rincão, a comitiva reuniu-se com o vereador Júnior Venturini. Já em Içara, o encontro foi com a vereadora Carla Souza. Prefeitos eleitos em 2020, Fernando de Fáveri, de Cocal do Sul e Saionara Bora, de Lauro Muller, também recepcionaram a comitiva. Em Orleans, a juventude buscou a experiência de quem já está na política há mais tempo. Em seu segundo ano de mandato como prefeito do município, Jorge Koch, também recebeu as lideranças.
Guardas municipais
Ontem, dia da Guarda Municipal de Florianópolis, o senador Jorginho Mello (PL) recebeu representantes do setor para tratar sobre o apoio as guardas municipais na PEC 32 do Governo Federal. Na reunião, a pedido da também guarda municipal e vereadora da Capital, Maryanne Mattos (PL), foi pedido o apoio do senador para que eles sejam incluídos entre os cargos típicos de Estado, juntamente às outras forças de segurança. O encontro contou também com a presença do vereador Marcus Andrade (PL), também Guarda, de São José, do presidente do Sindguardas SC, Alexandre Gebler, do presidente da Associação da GMF, GM Soares, e de representantes da Guarda Municipal e do gabinete do vereador da Capital, Maikon Costa (PL).
Absurdo
A Arteris Litoral Sul foi notificada a se explicar ao Procon, por não ter dado assistência a um porco que caiu de um caminhão na BR-101, no trecho em São José. A concessionária teria se negado a prestar assistência e o animal acabou atendido por uma protetora dos animais. O coordenador estadual do Procon, Tiago Silva, foi muito feliz ao destacar a negligência com a vida do animal, além da falta de preparo, pois o porco na pista colocou em risco a segurança dos usuários que pagam pedágio para trafegar pela rodovia.
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