Comissão de Transportes da Alesc discute projetos ferroviários para SC
A Comissão de Transportes, Desenvolvimento Urbano e Infraestrutura da Assembleia Legislativa realizou, na noite desta quarta-feira (22), uma audiência pública para tratar dos planos para o modal ferroviário em Santa Catarina.
O encontro foi proposto pelo presidente do colegiado, deputado Antídio Lunelli (MDB), que defende investimentos em ferrovias como estratégia para o desenvolvimento do estado.
“A situação da nossa infraestrutura está cada vez pior e os gargalos vão gerar cada vez mais prejuízos, se nada for feito”, disse o deputado. “Os investimentos em ferrovias vão proporcionar melhores condições para o desenvolvimento do estado e assegurar negócios para o futuro de Santa Catarina e do Sul do Brasil.”
Para os participantes da audiência, a elaboração do Plano Estadual de Logística e Transporte (Pelt), anunciada nesta semana pelo governo estadual, será essencial para apontar as necessidades de Santa Catarina nos diferentes modais, incluindo a ferrovia.
“O Estado, hoje, está sem bússola para definir suas prioridades na logística. É tudo um achismo”, afirmou o secretário de Estado de Portos, Aeroportos e Ferrovias, Beto Martins.
A respeito das ferrovias, o secretário reconheceu que o assunto é controverso, mas defendeu que Santa Catarina trabalhe em projetos para estudar a viabilidade de linhas férreas, para não perder competitividade perante os demais estados. “O Paraná já está trabalhando nisso há quase uma década e nós estamos atrasados”, advertiu.
Ele informou que o governo estadual contratou a elaboração dos projetos executivos de dois trechos: Chapecó-Correia Pinto e a ligação dos portos de Itajaí-Navegantes-São Francisco do Sul-Itapoá. Eles devem ser entregues em maio do ano que vem. Caso sejam viáveis, o objetivo do Estado é entregá-los para serem executados pela iniciativa privada.
A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) manifestou preocupação sobre custo e viabilidade do modal ferroviários no estado. A Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc), por outro lado, apresentou um documento defendendo a viabilidade, principalmente pela demanda de milho da agroindústria.
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