O Partido Liberal (PL) de Chapecó deu uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (3) para apresentar nomes que irão compor a nominata de pré-candidatos a vereadores.

Um dos destaques foi a filiação do vereador Fernando Cordeiro, que estava no PSC.

Em seu primeiro mandato, Cordeiro se destacou pela sua habilidade política, tendo presidido a Câmara de Vereadores em 2023. Soma ao PL sua defesa convicta dos valores familiares e conservadores.

A conselheira tutelar Carla Graboski também foi filiada. Ela foi a mais votada na última eleição do Conselho, com 962 votos, e agregará mais representatividade à nominata do partido.

Ainda, foram filiados o gerente regional da Celesc André Rafael Curtarelli, a ex-secretária e ex-candidata a prefeita Luciane Stobe, o ex-reitor da UFFS Marcelo Recktenvalde, o empresário Claudinei Pacheco, o advogado e empresário Gerson Zancaro e o diretor do jornal Diário do Iguaçu Leno da Silva.

Também foi celebrada a permanência do vereador André Kovaleski na sigla. Atual presidente da Câmara, recebeu convites de outros partidos, mas optou por permanecer no projeto do PL, reforçando fidelidade ao governador Jorginho Mello.

A projeção da sigla é eleger quatro vereadores. Segundo o presidente do PL Chapecó, Leandro Sorgatto, o partido discutirá as possibilidades para candidatura à majoritária.

Time Bolsonaro e Jorginho

A deputada federal Caroline De Toni destacou a importância do fortalecimento do partido no município, ressaltando que o surgimento de novas lideranças de direita na cidade é um reforço para o time de Bolsonaro e Jorginho Mello, enquanto a presença de lideranças conservadoras mostra uma alternativa crucial para os eleitores preocupados com o futuro de Chapecó e do estado.

Neuri Mantelli

A coletiva do PL ocorreu no Hotel Mogano Business e contou com a presença dos membros da Executiva Municipal do 22 e lideranças políticas e empresariais de Chapecó e região. Quem não compareceu no evento foi o vereador Neuri Mantelli. O recém filiado Fernando Cordeiro assumiu a liderança da bancada do PL no Legislativo municipal, posto que era exercido por Mantelli. Sinais de que não deve permanecer no partido.

Questionei Sorgatto sobre a ausência de Mantelli e a situação entre o vereador e o partido, ele limitou-se a dizer que “todos os filiados com interesse a concorrer deverão ser submetidos à convenção do PL, que é soberana”.

Ontem, após o evento, Mantelli compartilhou um áudio em que diz que o governador nomeou emedebistas para tocar o PL em Chapecó. Também criticou o MDB, que classificou como partido de esquerda, embora já esteve no MDB, como eu citei anteriormente. No áudio, ele não diz com todas as letras, mas deixa a entender que sairá do partido.

De uma outra fonte que participou do evento, ouvi que o custo político de ter Mantelli no partido não vale os votos que ele agrega. Ele foi o sexto mais votado com 1.779 votos em 2020, quando disputou pelo MDB e foi o mais votado do partido. “Precisaria fazer 20 mil votos para compensar os demais candidatos que ele afasta da chapa por causa das inimizades que semeou”, disse essa fonte.

Vereador Tigrão se filia ao PSD

O vereador Valdemir Stobe, o Tigrão, assinou ficha no PSD na manhã desta quarta-feira (3) e fortalece o quadro do partido em Chapecó. Naturalmente, o partido será o maior protagonista nas eleições deste ano, com a força do prefeito João Rodrigues (PSD) e uma forte nominata de pré-candidatos a vereador, que deve ser fechada hoje. Tigrão fez 1.224 votos nas últimas eleições.

Julgamento de Seiff

Hoje acontece o julgamento, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do recurso do processo que pede a cassação do mandato do senador Jorge Seif Junior (PL), a partir das 10h. O jornalista Marcelo Lula fará a cobertura completa, minuto a minuto, direto de Brasília.

Nova eleição

Falei ontem com João Rodrigues, que classificou uma possível cassação como uma injustiça. “Particularmente torço e desejo que não seja cassado, sou contra essa cassação”, disse. João não respondeu se colocaria o nome em uma eventual nova disputa.

João iria ao Senado?

O discurso do PSD está alinhado em não discutir publicamente quem poderia disputar, caso o TSE decida pela cassação e por uma nova eleição. Isso porque uma das ações contra Seif foi assinada pelos pessedistas, que pleiteiam que o segundo colocado em 2022, Raimundo Colombo, assuma a vaga caso Seif perca o mandato. “Não há como falar em nomes que possam disputar eventual nova eleição, sem antes aguardar a conclusão do julgamento no TSE. Estaríamos depondo contra aquilo que nossos advogados defenderam na tese da ação. Prefiro aguardar e discutir este assunto somente se houver necessidade”, disse Eron Giordani, presidente do PSD catarinense.

O prefeito de Chapecó está construindo o caminho para disputar a majoritária estadual, mas antes tem uma campanha à reeleição muito bem pavimentada pela frente. Também há a questão de sua sucessão em 2028, que começa a ser trabalhada, com maior prioridade do que no atual mandato, já a partir de agora com a formação da chapa para outubro próximo. Além disso, em 2026 estarão em disputa duas vagas ao Senado, quando aumentam as chances na corrida à Câmara Alta. João tem trabalhado para ganhar musculatura, com esforço político e de comunicação, para chegar em condições de pleitear um espaço nas majoritárias em 2026, quando Jorginho Mello naturalmente tentará uma reeleição com a máquina na mão.

Mauro de Nadal disputaria

Durante café com a imprensa na manhã de ontem, o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Mauro de Nadal (MDB), disse que é contra a cassação do senador, mas que estaria disposto a cumprir a missão partidária de concorrer em uma eventual nova eleição.

Alesc itinerante em Chapecó

Nadal anunciou também que o Parlamento catarinense realizará sessões itinerantes pelo estado e Chapecó será a sede do Legislativo estadual nos dias 12 e 13 de novembro.

Internação involuntária

Foto: Tiarajú Goldschmidt/Câmara de Vereadores de São Miguel do Oeste

Os vereadores de São Miguel do Oeste aprovaram em primeiro turno o projeto de lei da Prefeitura que institui a internação humanizada de pessoas em situação de rua com dependência química e/ou transtornos mentais. Na mensagem anexa ao projeto de lei, o prefeito Wilson Trevisan aponta para um aumento significativo de pessoas em situação de vulnerabilidade, particularmente aquelas afetadas pelo uso excessivo de drogas e que se encontram em situação de rua. “O intuito é promover a recuperação integral desses indivíduos e reintegrá-los ao convívio social e familiar”. A matéria ainda passará por segunda apreciação antes de ser enviado ao prefeito para sanção.

Segundo o projeto, a internação pode ocorrer com ou sem o consentimento da pessoa. No caso de ser sem o consentimento, é admitida a pedido de familiar ou do responsável legal, ou de servidor público da área da Saúde, da Assistência Social ou dos órgãos públicos integrantes do Sistema Nacional de Política sobre Drogas. Ainda, o texto prevê a possibilidade de pagamento de um benefício, por tempo determinado, para os restabelecidos após alta clínica ao convívio social.

Chapecó atrai investimentos

O prefeito João Rodrigues (PSD) recebeu em seu gabinete, esta semana, o empresário Anderson Becker, presidente da empresa Abecker, de Joinville. Ele pretende investir R$ 200 milhões em loteamentos na região, com previsão de investir R$ 150 milhões em Chapecó. A intenção é implantar dois mil lotes em Chapecó e Concórdia.