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O programa Universidade Gratuita do Governo do Estado, tem gerado um grande debate entre a Associação Catarinense das Fundações Educacionais de Santa Catarina (Acafe), e a Associação de Mantenedoras Particulares de Educação Superior de SC (Ampesc).

De um lado, a Ampesc pede que o governo analise antes de conceder o acesso à universidade, além da questão financeira do aluno, também o direito de escolha onde quer cursar a graduação. Por outro lado, a Acafe faz a defesa de que os recursos públicos sejam aplicados em instituições que, não distribuam lucro entre acionistas, apenas nas quais, segundo ela, revertam resultado para o Estado.

A reitora da Unesc e presidente da Acafe, Luciane Ceretta, chega a comparar a política hospitalar com o projeto das universidades. Segundo ela, na Saúde não se admite a aplicação de recursos em instituições privadas. “É o mesmo caso. E digo isso com imenso respeito a toda atividade privada na educação”, afirmou.

Sobre o número ideal de alunos a serem contemplados, Luciane diz que depende da disponibilidade dos recursos provenientes do Estado, além das regras para o acesso ao benefício. “A Acafe defende regras justas para acesso dos estudantes ao programa, que deve beneficiar quem não pode pagar. Hoje, a Acafe, sem a Udesc, que também é Acafe, tem 82 mil alunos presenciais”, afirmou.

Por fim, a reitora destaca que a defesa da Acafe, é quanto ao destino dos recursos públicos, pois, entende que não é dever do Estado prover a atividade econômica privada em qualquer área.  

Conversei com integrantes do governo que, se reuniram na semana passada para debater o assunto. Me foi dito que todos os atores no processo estão sendo ouvidos, para que se chegue ao desenho mais alinhado com o que deseja a sociedade. “Será um desenho diferente da ideia inicial, mas, viável para o Estado. O governador está sendo convencido em relação a expectativa e a realidade”, informou uma fonte.

Quanto a quem será contemplado, de acordo com o integrante do governo, a ideia é que, tanto a Acafe, quanto as universidades privadas sejam contempladas. Neste momento está em estudo o custo, a fonte dos recursos para pagar a conta e como será o projeto.

Zoofilia

Tive acesso a um vídeo de um suposto abuso sexual cometido por um segurança de uma escola infantil de Ponte Alta. Escrevo “suposto”, à espera da comprovação do crime, o qual parece muito claro no vídeo gravado pelas câmeras de segurança da escola. Nas imagens, o segurança que terá o nome exposto, aparece introduzindo uma cenoura no pobre animal. Não darei mais detalhes e nem postarei o vídeo por respeito a vocês, mas é de indignar qualquer pessoa que tenha o mínimo de decência. O animal foi encontrado ontem e passa por cuidados veterinários. O tal funcionário, foi afastado por 30 dias de suas funções. Em um vídeo postado em uma rede social ele se defende, diz que estava cuidando de um ferimento do animal, finge chorar, fala de Deus, acusa a oposição e diz que o prefeito e todos os setores do município o apoiam. É importante que o prefeito Edson Wolingner (Progressistas) confirme se realmente apoia o tal servidor.

Servidor denunciado

O tal servidor do município de Ponte Alta foi denunciado e, a polícia já deu início ao trabalho de investigação. O caso também está sendo acompanhado de perto pelo deputado estadual, delegado Egídio Ferrari (PTB), que é ligado à causa animal. Além do crime contra um pobre animal indefeso, também é de se destacar que, o suspeito, atua como segurança em uma escola infantil. Esse caso será acompanhado de perto e assim que for possível, vou expor o nome do suposto abusador. Se quiser, me processe. Veremos o que as pessoas dirão ao terem acesso a um vídeo que causa indignação em qualquer pessoa decente. O sujeito em questão chegou a apresentar um outro cão, como se fosse o do vídeo para tentar enganar a polícia. Também há uma suspeita, de que ele teria ferido o animal que sofreu o abuso, para tentar provar a sua defesa de que não cometeu o tal crime. Repito: prefeito, Edson Wolingner (Progressistas), confirme se realmente apoia o tal servidor.

Hildebrandt, nega!

O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), através de sua assessoria, entrou em contato para informar que também demonstrou surpresa com a nomeação de João Paulo Kleinübing, para o cargo de diretor do BRDE. Fez questão de frisar que não tem qualquer restrição ao nome, pelo contrário, pois entende que Kleinübing conhece todas as demandas e a importância dos projetos para a região de Blumenau. Quanto a sucessão, Hildebrandt deixou claro que segue defendendo o nome da vice-prefeita, Maria Regina Soar (PSDB), que, segundo ele, vem participando ativamente de todas as ações de gestão do governo, tentando se viabilizar. “Não estou preocupado em fazer política, esta é uma construção natural que será feita adiante. Neste momento, meu foco é seguir trabalhando por Blumenau”, ressaltou.

Mas há um acordo

O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), pode negar que tinha conhecimento do acordo entre o ex-prefeito, João Paulo Kleinübing (UB), e o governador, Jorginho Mello (PL). O fato é que a proximidade de Hildebrandt com o governo faz soar estranha essa negativa. Hildebrandt apoiou Jorginho na eleição e, mesmo tendo se tornando uma liderança respeitada em âmbito estadual, não conseguiu construir um nome viável para a sua sucessão. Mesmo que não vá para o PL, não lançará ninguém para disputar contra o candidato do governador que será, João Paulo Kleinübing, que se filiará ao Partido Liberal para disputar o pleito municipal, conforme divulguei em primeira mão na coluna de ontem.  

Fundação do MDB

Para celebrar os 57 anos de fundação do MDB catarinense, que serão comemorados em 23 de abril, está sendo lançado hoje um vídeo institucional que reforça o papel do partido na defesa de democracia e, na luta pelos interesses da sociedade. Para o presidente, deputado federal, Carlos Chiodini, trata-se de um momento importante para resgatar o orgulho emedebista, tanto pela história da sigla, quanto pelo seu papel de mediar soluções com base no diálogo, buscando sempre o equilíbrio.

Porto

Parlamentares e lideranças estiveram em Brasília com o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, para discutir a questão do Porto de Itajaí. Na conversa, foi proposto um modelo híbrido de gestão compartilhada entre município e União, mantendo a autoridade portuária com o município de Itajaí. “O Porto está em um verdadeiro limbo neste momento, com atividades praticamente paralisadas. A economia do Estado de Santa Catarina está sendo afetada, as consequências são desastrosas”, argumentou o deputado Jorge Goetten (PL) para o ministro. Nos próximos dias será formado um grupo de trabalho para dar celeridade à renovação da concessão do porto pelos próximos 35 anos.

O que acontece em Joinville?

A presidente do Sinsej, Jane Becker, que denunciou as condições de trabalho análogas à escravidão em obra pública de Joinville, foi ameaçada de morte, por um motoqueiro. Segundo ela, pelo que lhe foi dito pelo suposto autor da ameaça, tem ligação com as denúncias. Vale destacar que o colega Leandro Schmitz, jornalista respeitado no Norte do estado, foi demitido, após o veículo em que ele trabalhava sofrer pressões, após a divulgação da denúncia. Na segunda-feira trarei mais informações sobre esse assunto.

Inteligência artificial

O deputado estadual, Matheus Cadorin (Novo), protocolou o que deve ser o primeiro projeto de lei elaborado por inteligência artificial no Brasil. A matéria dispõe sobre a publicação de informações sobre o estoque de medicamentos disponíveis nas unidades de saúde do Estado. De acordo com o deputado, a iniciativa foi elaborada com o uso de algoritmos e inteligência artificial, com o objetivo de tornar o processo legislativo mais eficiente e acessível. A iniciativa é inédita no país, e pode abrir caminho para o desenvolvimento de outras soluções tecnológicas.

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Acesse a coluna de hoje do Thiago de Miranda Coutinho

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