Nas oito últimas colunas semanais aqui no SC em Pauta você tem acompanhado o desenvolvimento de Propostas e Metas para colaborar com o debate sobre o futuro de Santa Catarina. Já percorremos setores como Educação e Cultura, Saúde, Segurança Pública, Habitação Social, Água, Saneamento e Drenagem, Energia, Prevenção de Desastres Naturais, Infraestrutura Rodoviária e, na última coluna, abordamos o Complexo Ferroviário Catarinense, um sonho que precisa sair do papel e que voltaremos a abordar.

No entanto, na coluna desta semana crucial para o Brasil e para Santa Catarina, é preciso voltar ao princípio que nos fez encarar esse desafio de apresentar um Plano para SC: o princípio da responsabilidade. É com muita responsabilidade que todos nós devemos ir às urnas no próximo domingo, conhecendo quem são, o que pensam e o que querem fazer de verdade os candidatos que vamos escolher nas urnas.

Candidatos que apresentem ideias e planos possíveis de serem realizados – mas aos quais não falte a ousadia de “pensar grande”. Com relação a Santa Catarina, é fundamental respeitar uma história que levou um Estado que ocupa apenas 1,1% do território nacional e tem 3,4% da população do Brasil a estar no topo dos indicadores sociais e econômicos do país e ser uma referência internacional. Um Estado que conseguiu promover o equilíbrio entre suas regiões, um diferencial com relação às demais unidades da Federação.

Porém, como destacamos várias vezes aqui, esse equilíbrio não foi conquistado por acaso: é o resultado de um planejamento histórico, que vem desde o Plameg do Governo Celso Ramos (1961/66) – ou seja, há 60 anos – e assim seguiu ao longo dos governos que se sucederam, até recentemente, quando o Estado ficou sem um Plano de Metas que marcou as administrações por quase seis décadas.

Não é bom que isso tenha acontecido e que Santa Catarina – ao contrário de sua tradicional prática de gestão – tenha embarcado na canoa furada que é a falta de continuidade de políticas públicas, na qual naufragam a grande maioria dos outros estados brasileiros. Por isso, é lição de casa para quem vai votar domingo: qual é o projeto do seu candidato para o futuro de SC?

De minha parte, como ex-ministro do Turismo, ex-presidente da Embratur, ex-secretário de Turismo de Florianópolis e ex-secretário de Estado no Governo Luiz Henrique/Leonel Pavan, em que também estive diretamente envolvido com as políticas do Turismo, vou levar em conta que não consegui perceber da maior parte dos candidatos a preocupação de colocar o Turismo no centro da pauta, como grande gerador de empregos, renda e propulsor de desenvolvimento para Santa Catarina.

Como integrante e aliado do nosso trade turístico, vou continuar batendo nessa tecla: o Turismo, Arte, Cultura e Criatividade, junto com a Tecnologia e a Logística, aliados ao Agro, é o caminho para consolidar SC como um lugar único no planeta, onde construímos o que chamo de economia autóctone, ou seja, formulada e desenvolvida aqui mesmo sob os auspícios da inteligência, da força de trabalho e persistência dos catarinenses.

Uma história de responsabilidade. E que temos o dever e a responsabilidade de preservar, respeitar – em nome dos nossos antepassados que a construíram – e de desenvolver. É com esse espírito, o “espírito catarinense”, que iremos às urnas no próximo domingo, para fazer o bem à nossa Nação e ao nosso Estado.