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A pesquisa contratada pela NSC e realizada pela Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica (Ipec), antigo Ibope, revela um cenário que já é visto nos bastidores. O senador Jorginho Mello (PL) está se consolidando e, hoje, é um nome praticamente certo no cenário de segundo turno. Vale sempre lembrar que as pesquisas são o retrato do momento e, se tratando de uma eleição tão disputada, possíveis fatos novos podem mexer no cenário.

O que explica o atual patamar de Jorginho, é uma tendência de alta que se cumpriu no mês passado, mas que apresenta agora uma certa desaceleração. O senador do PL já lidera, mesmo estando no levantamento estimulado empatado com o governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), com 20% para cada. Enquanto Jorginho subiu 4%, Moisés despencou em 3% e, pelos levantamentos internos feitos pelas campanhas, o derretimento do governador deve se intensificar, até mesmo pela sua alta rejeição, aliás, que é a maior.

Agora, o sinal mais forte de que Moisés já perdeu espaço para Jorginho está na pesquisa espontânea, ou seja, naquela em que o eleitor fala o nome do candidato sem a apresentação de uma lista. Neste caso, o candidato do PL também lidera com 11% das intenções de voto, enquanto que o governador Moisés cai para segundo aparecendo com 10%, empatado com Gean Loureiro (UB), que tem o mesmo percentual. O problema para Moisés é que Loureiro vem acumulando um viés de alta, sendo o candidato que mais subiu na estimulada, tendo conquistado 6% em relação ao levantamento anterior, chegando aos 14% das intenções de voto. A tendência é que numa próxima pesquisa, o ex-prefeito de Florianópolis já passe o atual governador.

Quem também aparece no cenário com viabilidade é o senador, Esperidião Amin (Progressistas), terceiro colocado na estimulada com 15% das intenções de voto, mesmo percentual da pesquisa anterior. Ele está um ponto à frente de Gean Loureiro, sendo que a diferença entre os dois, é o viés de alta do candidato do União Brasil. Vale destacar que na espontânea, Amin é o quarto com 7% das intenções de voto, atrás do próprio Gean.

Quem também apresentou melhora na estimulada foi Décio Lima (PT). Como a pesquisa foi realizada entre sábado (17) e segunda-feira (19), é possível que já seja um reflexo da visita do ex-presidente Lula (PT) ao estado, quando ocorreu um evento com um grande número de participantes. A questão é que na espontânea parece não ter tido efeito, já que Lima aparece em quinto com 5%.

A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral do Santa Catarina sob o número SC‐07903/2022 e, no Tribunal Superior Eleitoral sob o número BR‐07730/2022.

Indecisos

Na estimulada votos brancos e nulos baixou de 6% para 10% em relação à pesquisa anterior, enquanto que os que não souberam reduziu de 17% para 10%. Na espontânea brancos e nulos somaram 6%, enquanto que 50% não sabem ou não responderam. Esse percentual aponta dificuldade ao governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), que está no poder e deveria ser mais lembrado, enquanto que sugere um favorecimento aos mais desconhecidos que tem um bom percentual do eleitor para conquistar.

Comemoração

A campanha do governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), comemorou o resultado da pesquisa. Uma fonte relatou que era esperada uma diferença a favor do senador, Jorginho Mello (PL). Mesmo assim, a preocupação é grande, tanto pelo derretimento apresentado por Moisés que segue com viés de baixa, além do crescimento considerável do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (UB), e a estabilidade do senador, Esperidião Amin (Progressistas). Um integrante da campanha me disse que a estratégia de Moisés será a de intensificar os ataques em Gean, para garantir um segundo turno contra Jorginho.

Acertou o passo

Ao mesmo tempo em que peca nas propostas, ora por não conseguir se fazer entender, outras vezes por propor o inviável, a exemplo do custeio de todos os acadêmicos que estudam em universidades comunitárias, como se o Estado tivesse condição para isso, o fato é que o senador, Jorginho Mello (PL), conseguiu até o momento ser o mais competente em fazer com que o eleitor bolsonarista se apegue a sua campanha. É por isso e nada mais, que praticamente lidera as pesquisas. Por sua vez, as campanhas do senador, Esperidião Amin (Progressistas), e do ex-prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (UB), parecem ainda procurar o passo para conquistar uma parcela maior do eleitorado bolsonarista.

Resposta de Amin

O senador Esperidião Amin (Progressistas) candidato ao Governo do Estado, me procurou para rebater a nota que divulguei ontem, sobre uma fonte ligada a campanha do governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), que desacreditou a possibilidade de Amin chegar no segundo turno e sugeriu uma conversa com o senador para pedir apoio a Moisés, caso este, chegue no segundo turno. Amin me disse que a sua candidatura é mais viável do que a de Moisés. “A fonte do Carlos Moisés deve saber que a minha candidatura é mais viável que a dele que está vivendo uma crise na sua coligação. O Esperidião Amin está muito satisfeito e vai para o segundo turno”, afirmou, destacando que a única diferença em relação aos demais candidatos, é que não é agressivo com o atual governador.

Mário Hildebrandt

O prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos), que é um dos coordenadores de campanha do governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), anunciou apoio a Jorge Seif Júnior (PL), candidato ao Senado por outra coligação e, depois viajou para a Alemanha onde divulga a Oktoberfest de Blumenau. Fontes ligadas à campanha de Moisés acusam Hildebrandt de ter arrumado um grande problema para a coligação, já que os emedebistas e lideranças do Podemos se mostraram totalmente incomodadas com a concordância do governador em relação ao apoio de Hildebrandt a Seif e, de ter ido viajar em plena campanha. Lideranças ligadas a Maldaner são as mais irritadas.

Disputa ao Senado

A pesquisa IPEC apresenta números realistas sobre a disputa ao Senado, apontando um cenário condizente com o que há até o momento. O ex-governador, Raimundo Colombo (PSD), segue liderando com folga, tendo 26% das intenções de voto. A questão é que mesmo tendo gordura para queimar, Colombo precisa observar o fato de que estacionou em relação à pesquisa anterior da NSC. Em segundo o senador, Dário Berger (PSB), que subiu dos 9% para 13%, e começa a reagir mostrando que tem conquistado o voto petista e de parte dos demais partidos de esquerda. Em terceiro Jorge Seif Júnior (PL), que passou de 4% para 9%, mas segue como um desconhecido para grande parte do eleitorado, tanto, que não consegue acompanhar o desempenho do senador, Jorginho Mello (PL), candidato ao Governo do Estado. Em quarto aparece o deputado federal, Celso Maldaner (MDB), que manteve os 7% da pesquisa anterior, enquanto que Kennedy Nunes (PTB), baixou de 6% para 5%. Na sequência aparecem Afrânio Boppré (PSOL), Caroline Sant’Anna (PCO) e Luiz Barboza (Novo), ambos com 3%. Hilda Deola (PDT) tem 2% e Gilmar Salgado (PSTU) 1%. O eleitor mostrou que está mais decidido, já que brancos e nulos baixou de 11% para 8%, enquanto que não souberam, reduziu de 29% para 20%.

Rodovias

O ex-ministro de Turismo, Vinícius Lummertz, se manifestou sobre o abre da minha coluna de ontem, quando defendo a concessão das rodovias estaduais. A repercussão também foi grande entre outras lideranças e demais leitores. Segue: “Porque 19 das 20 melhores estradas do Brasil estão em SP? – Porque são pedagiadas desde Mário Covas – e ainda hoje recebem bilhões em investimentos. A vigésima melhor é a 101 no Sul do Brasil, também pedagiada. Lá atrás, alguns políticos catarinenses de direita e de esquerda berravam em SC contra o pedágio na 101. Mesmo que houvesse pedágio na duplicada Free Way no trecho gaúcho, os populistas eram contra. No final, o pedágio veio antes da duplicação completa em SC. Por isso o novo modelo rodoviário catarinense deverá ser integrado e assim poderá fazer subsídio cruzado, porém, o Estado deve pensar em investir também para atenuar tarifas. Também por isso, os recursos do Estado não podem ir só para municípios – para isto existe o Estado” – Vinícius Lummertz

Voz Única

Hoje e amanhã a Facisc realizará mais um evento do Programa Voz Única na Associação Empresarial de Chapecó (Acic) e na Associação Empresarial de São Miguel do Oeste (Acismo). Os encontros serão marcados pela entrega da cartilha com as demandas empresariais regionais, apontadas no documento aos candidatos ao Governo do Estado e candidatos a deputados estaduais, federais e ao Senado. “Esta é mais uma importante etapa deste projeto que une a classe empresarial em prol do desenvolvimento do Estado. As eleições se aproximam e chegou a hora de mostrar a voz do associativismo para os futuros representantes de todas as regiões”, ressalta o presidente da Facisc, Sérgio Alves.

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