No Estado de São Paulo, Turismo se aprende na escola – e desde cedo. Apenas no segundo semestre do ano passado, mais de 130 mil estudantes dos anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e médio cursaram as chamadas “eletivas de turismo”, com temas consolidados sob medida para cada idade: Expresso Turístico (6° ano e 7° anos), Ecoturismo e Aventura (8° e 9° anos) e Redes Turísticas (Ensino Médio), em 980 turmas de 599 escolas da rede estadual. A iniciativa faz parte do programa SP Politurismo.Edu e nasceu da parceria entre as secretarias de Educação e aquela que comando em São Paulo, a de Turismo e Viagens.
O número de alunos e professores envolvidos é impressionante, mas só quando a gente vai às salas de aula e conversa com eles é que sente todo o entusiasmo que o Turismo causa em crianças e adolescentes. É o mesmo entusiasmo que sentem diariamente aqueles que, como eu, militam no Turismo e não se intimidam diante de tantas adversidades no país que tem o maior potencial turístico do planeta – como detalho no meu livro ‘Brasil: Potência Mundial do Turismo’ – mas cujos governos não o colocam no centro da pauta e das políticas públicas.
Em Santa Catarina poderíamos adotar as eletivas de turismo, inclusive pela enorme diversidade de potenciais turísticos ainda não desenvolvidos no Estado, potenciais esses que vão da Serra ao Mar, do Sul ao Norte, do Leste ao Oeste. No vizinho Rio Grande do Sul temos também o excelente exemplo de Gramado, que adotou as eletivas de turismo e ampliou a alta consciência turística que a cidade tem hoje.
Essa consciência só aumenta o nosso entusiasmo de fazer do Turismo uma locomotiva da economia – e seu maior gerador de empregos. Senti esse entusiasmo, bastante sensibilizado, na cidade de Mogi das Cruzes, região leste da Grande São Paulo, no Alto Tietê. À frente de outros 120 municípios turísticos paulistas, a cidade foi campeã de alunos matriculados nas eletivas de turismo em 2021, com quase 3 mil estudantes. Numa das escolas estaduais, chamada Professora Maria Rodrigues Gonçalves, são 640 frequentando as eletivas – eles é que decidem se querem ou não fazer o curso.