Historicamente, desde 1911, o mês de março é dedicado a luta das mulheres. Porém, na Câmara de Vereadores de Florianópolis, as Sessões Plenárias da última segunda e terça-feira  foram marcadas por episódio de desrespeito a uma parlamentar e de denúncias dela de que a prática é recorrente.

Na Sessão desta segunda-feira o vereador Maikon Costa (PL), reagiu de forma veemente a manifestação da vereadora Priscila Fernandes, conhecida por Pri Fernandes (Podemos), feita fora do microfone. Até aí, tudo bem. O problema foram as palavras usadas pelo vereador que disse várias vezes “a senhora se reserve a sua insignificância”.

Como sempre acontece, a Sessão estava sendo transmitida ao vivo pela TV Câmara. Em seguida um vídeo com o trecho da manifestação do vereador Maikon começou a ser veiculado pelas redes sociais.

Ontem a vereadora se pronunciou. Disse que as perseguições acontecem em reuniões de comissões, em pareceres e em Plenário e que tal atitude não poderá ficar impune. Eu conversei com ela que me confirmou a intenção de levar o caso adiante. Na próxima segunda-feira a Comissão da Mulher da Câmara vai discutir o ocorrido. Há também o registro de pronunciamentos de diversos vereadores e vereadoras no sentido de um pedido de providências a ser deliberado para encaminhamento a Mesa. Pri Fernandes também afirmou que o fato será comunicado ao Conselho Nacional do Ministério Público e a Comissão de Direitos Humanos do Senado que estão discutindo o assunto Violência Política, bem como a Comissão dos Direitos da Mulher da OAB.

Veja o vídeo abaixo com o trecho da manifestação do vereador feita no último dia 21.

Tecnologia para acesso à justiça

Como parte da programação do Mês da Mulher na Assembleia Legislativa, promovido pela Bancada Feminina, foi lançado nesta terça-feira, na Alesc, o livro “Da torre de marfim ao vale do silício: o papel decisivo da tecnologia e da inovação para universalizar o acesso à justiça e criar os novos líderes do direito brasileiro”, da editora Appris). O livro marca a estreia na literatura de Ana Blasi, advogada e ex-juíza do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Santa Catarina.

Em sua obra, Ana  Blasi se aprofunda no papel da justiça, do direito e do advogado na era da informação e da tecnologia.  E busca capturar a fricção entre o novo e o que está estabelecido hoje no mercado brasileiro de serviços jurídicos, a partir da própria experiência, como entusiasta da tecnologia, ao viver uma imersão transformadora no Vale do Silício californiano.

O prefácio do livro é de Daniel Marques, diretor executivo da Associação Brasileira das lawtechs e legaltechs.

Por seu papel na campanha “Mulheres na política, elas podem, o Brasil precisa”, Ana Blasi ganhou o Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de Queirós, concedido pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Câmara dos Deputados.