Agora estamos nas redes sociais. Segue lá! |
Instagram: @scempauta |
Twitter: @scempauta |
https://www.facebook.com/scempauta |
Para receber a coluna via WhatsApp, favor enviar mensagem com o seu nome e cidade e salvar o número: 49 98504.8148. Faça parte da lista de transmissão do site que todo mundo lê.
O clima não é bom para o governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), na Assembleia Legislativa, após as denúncias dos deputados estaduais, Kennedy Nunes (PTB) e Bruno Souza (Novo), do uso de um avião arcanjo contratado pela Secretaria de Estado da Saúde. A situação supostamente pode ter colaborado para um atraso considerável no socorro a pelo menos, duas crianças, sendo que uma acabou falecendo.
Ao contrário do que me foi repassado por uma fonte, não foi o coronel Márcio Ferreira quem esteve na Assembleia Legislativa buscando apoio de deputados, para fazerem a defesa do governo, mas, sim, um militar identificado apenas como coronel Ferreira, responsável por organizar a logística dos aviões usados pelo Estado.
O militar foi ao gabinete do líder do governo no parlamento, Zé Milton Scheffer (Progressistas), passar a versão do governo e pediu que a base fizesse uma defesa em plenário, mas saiu de mãos abanando. Ao final das explicações de Ferreira, Zé Milton encerrou a conversa e, em claro sinal de que a versão não convenceu, liberou a bancada para aprovar o requerimento do deputado Bruno Souza, que a exemplo de Kennedy Nunes, pede o Diário de Bordo e quais passageiros embarcaram em viagens pelo estado e interestaduais.
Uma das viagens foi para Bonito, localizado no Mato Grosso do Sul. Segundo Kennedy, foi para esse importante destino turístico, que a aeronave arcanjo voou no dia 22 de janeiro passado. Outro voo que é alvo de pedido de explicações, foi para o município de Caçador no Meio-Oeste catarinense. Eu tive acesso ao pedido de informação apresentado ontem por Souza, que aponta ainda outras viagens, no caso para São Paulo no dia 27 de janeiro, Curitiba 31de janeiro e Brasília 1º de fevereiro.
Além do uso, Kennedy quer saber se a empresa que firmou contrato com o Estado é a Helisul. Segundo o parlamentar, o cunhado de Moisés, Jonas Santana Pereira, delegado da policial civil aposentado, foi piloto dessa mesma empresa por alguns anos. Para quem não lembra, na coluna de 13 de setembro de 2019, escrevi sobre a influência de Jonas sobre Moisés, que chegou ao ponto de num encontro na Casa D’Agronômica com o então governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB), durante o processo de transição, de falar dos aviões pertencentes ao Estado: “Esses aviões velhos daqui a pouco cai, tem que vender. O Moisés não vai andar nesses aviões velhos”, disse.
Outro contrato que também será questionado por Nunes, é da Secretaria de Estado da Administração Prisional, para a transferência de presos perigosos. De acordo com o parlamentar, uma Lei Federal garante o transporte de criminosos de alta periculosidade através de pequenas aeronaves da Força Aérea Brasileira.
Transferência negada
Há 10 dias atrás, mais precisamente no dia 07, uma criança recém-nascida no município de Caçador, com apenas três dias de vida, precisou ser transferida com urgência para o Hospital Joana de Gusmão em Florianópolis. A criança havia nascido com uma síndrome rara, chamada de “Sequência de Robin”. Um check list de solicitação de transporte foi encaminhado:
O deputado estadual, Bruno Souza (Novo) teve acesso aos documentos. Segundo o parlamentar, um novo check list foi preenchido para acionar o Arcanjo de asa fixa, ou seja, um avião, não helicóptero. Em resposta, a médica reguladora de voo da Superintendência de Urgência, Elisa Raquel Cervi, negou a possibilidade de transferência da criança no dia 09, alegando que a aeronave estaria em missão possivelmente até a manhã de 10 de março.
De acordo com Souza, causou surpresa quando através do pedido de diárias do piloto, ficou claro que o pedido havia sido feito por uma autoridade e que, a viagem foi para Brasília. A solução encontrada para a criança, foi a contratação de uma outra aeronave.
Morte de bebê