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O clima não é bom para o governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), na Assembleia Legislativa, após as denúncias dos deputados estaduais, Kennedy Nunes (PTB) e Bruno Souza (Novo), do uso de um avião arcanjo contratado pela Secretaria de Estado da Saúde. A situação supostamente pode ter colaborado para um atraso considerável no socorro a pelo menos, duas crianças, sendo que uma acabou falecendo.  

Ao contrário do que me foi repassado por uma fonte, não foi o coronel Márcio Ferreira quem esteve na Assembleia Legislativa buscando apoio de deputados, para fazerem a defesa do governo, mas, sim, um militar identificado apenas como coronel Ferreira, responsável por organizar a logística dos aviões usados pelo Estado.

O militar foi ao gabinete do líder do governo no parlamento, Zé Milton Scheffer (Progressistas), passar a versão do governo e pediu que a base fizesse uma defesa em plenário, mas saiu de mãos abanando. Ao final das explicações de Ferreira, Zé Milton encerrou a conversa e, em claro sinal de que a versão não convenceu, liberou a bancada para aprovar o requerimento do deputado Bruno Souza, que a exemplo de Kennedy Nunes, pede o Diário de Bordo e quais passageiros embarcaram em viagens pelo estado e interestaduais.

Uma das viagens foi para Bonito, localizado no Mato Grosso do Sul. Segundo Kennedy, foi para esse importante destino turístico, que a aeronave arcanjo voou no dia 22 de janeiro passado. Outro voo que é alvo de pedido de explicações, foi para o município de Caçador no Meio-Oeste catarinense. Eu tive acesso ao pedido de informação apresentado ontem por Souza, que aponta ainda outras viagens, no caso para São Paulo no dia 27 de janeiro, Curitiba 31de janeiro e Brasília 1º de fevereiro.

Além do uso, Kennedy quer saber se a empresa que firmou contrato com o Estado é a Helisul. Segundo o parlamentar, o cunhado de Moisés, Jonas Santana Pereira, delegado da policial civil aposentado, foi piloto dessa mesma empresa por alguns anos. Para quem não lembra, na coluna de 13 de setembro de 2019, escrevi sobre a influência de Jonas sobre Moisés, que chegou ao ponto de num encontro na Casa D’Agronômica com o então governador, Eduardo Pinho Moreira (MDB), durante o processo de transição, de falar dos aviões pertencentes ao Estado: “Esses aviões velhos daqui a pouco cai, tem que vender. O Moisés não vai andar nesses aviões velhos”, disse.

Outro contrato que também será questionado por Nunes, é da Secretaria de Estado da Administração Prisional, para a transferência de presos perigosos. De acordo com o parlamentar, uma Lei Federal garante o transporte de criminosos de alta periculosidade através de pequenas aeronaves da Força Aérea Brasileira.

Transferência negada

Há 10 dias atrás, mais precisamente no dia 07, uma criança recém-nascida no município de Caçador, com apenas três dias de vida, precisou ser transferida com urgência para o Hospital Joana de Gusmão em Florianópolis. A criança havia nascido com uma síndrome rara, chamada de “Sequência de Robin”. Um check list de solicitação de transporte foi encaminhado:

O deputado estadual, Bruno Souza (Novo) teve acesso aos documentos. Segundo o parlamentar, um novo check list foi preenchido para acionar o Arcanjo de asa fixa, ou seja, um avião, não helicóptero. Em resposta, a médica reguladora de voo da Superintendência de Urgência, Elisa Raquel Cervi, negou a possibilidade de transferência da criança no dia 09, alegando que a aeronave estaria em missão possivelmente até a manhã de 10 de março.

De acordo com Souza, causou surpresa quando através do pedido de diárias do piloto, ficou claro que o pedido havia sido feito por uma autoridade e que, a viagem foi para Brasília. A solução encontrada para a criança, foi a contratação de uma outra aeronave.

Morte de bebê

Já em outro caso relatado pelo deputado estadual, Bruno Souza (Novo), um bebê de uma família de Lages, que ao nascer foi diagnosticado com cardiopatia, precisou também de um transporte aéreo para transferência em caráter de urgência. A resposta da Regulação Médica também foi que o avião Arcanjo 02 estava em manutenção, enquanto que o 06 em uma missão com o governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos). “06 em missao com o governador sem previsao de retorni durante o dia (sic) ”, respondeu, dando alternativas por terra e, destacou que até poderia se considerar o helicóptero. Não há informação do motivo de não ter sido usado.

Após a abertura de um segundo processo alguns dias após, o bebê foi transferido, mas acabou falecendo.

Empresários em voos

Um assunto que chegou para alguns deputados é sobre supostos voos em que teriam embarcado empresários, inclusive que patrocinaram a campanha do governador, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), em 2018. Através do Diário de Bordo pedido pelos deputados Kennedy Nunes (PTB) e Bruno Souza (Novo), será possível confirmar a veracidade das informações, ou não. O governo tem um prazo para entregar toda a documentação solicitada.

De novo em Brasília

O governador Carlos Moisés da Silva foi ontem para Brasília, onde participou do ato de filiação ao Republicanos, do vice-presidente da República, general Hamilton Mourão. Além disso, Moisés deve se encontrar com lideranças do Podemos em compromisso firmado com a deputada estadual, Ana Paula da Silva, a Paulinha (sem partido). O governador mais uma vez viajou com o avião Arcanjo 06, cujo o uso é alvo de denúncias de parlamentares.

O que diz o Governo

“O Governo do Estado esclarece que nenhum paciente deixou de ser atendido pelo serviço aeromédico em Santa Catarina. A ilação feita em redes sociais de que o transporte de uma criança deixou de ser realizado para dar prioridade a uma viagem do governador é falsa e apresenta claro interesse político-eleitoral.

O Batalhão de Operações Aéreas (BOA) do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) possui dois aviões para transporte aeromédico, chamados de Arcanjo 02 e Arcanjo 06, e dois helicópteros para atender a emergências. Há três equipes médicas por dia nessas quatro aeronaves.

O BOA recebeu no dia 8 de março (terça-feira) uma solicitação de transporte de uma criança de Caçador para Florianópolis. No momento do pedido, o Arcanjo 02 estava em manutenção devido a uma pane no gerador, e o Arcanjo 06 já havia decolado em missão oficial para Joinville. No Norte do Estado, em agenda oficial, o governador participou de eventos alusivos ao aniversário da cidade e vistoriou obras. Em seguida foi a Brasília, para uma agenda oficial às 11h15min do dia 10 de março, quinta-feira, na Procuradoria Especial em Brasília (SHS, quadra 06, bloco A, sala 208), entre outros compromissos.

O transporte aeromédico (por avião) é feito leito a leito, ou seja, quando o paciente já está em ambiente hospitalar, com cuidados médicos, e necessita ir para um centro de referência. A criança começou a ser regulada no dia em que nasceu, 5 de março (sábado), e no dia 8 (terça) foi solicitada a transferência por transporte aéreo, em função da distância entre Caçador e Florianópolis. No dia seguinte ao pedido, 9 de março (quarta-feira), o paciente foi transportado em aeronave contratada pelo Estado por meio da Secretaria Estadual da Saúde. Ou seja, o pedido foi atendido sem qualquer prejuízo à saúde da criança” – Secretaria de Estado da Comunicação

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