Desde que iniciei minha colaboração com o SC em Pauta, em setembro de 2020, venho repetindo de forma recorrente nesta coluna que Santa Catarina precisa ter um novo “Plano de Vida”, que contemple um planejamento regionalizado e que seja o resultado da consulta a cada uma das nossas regiões. Este Plano tem que priorizar políticas públicas permanentes e sólidas em todas as áreas de atuação do Governo – especialmente na Educação, Saúde, Segurança, Infraestrutura e Turismo – de forma que ultrapasse o mandato do próximo governador e tenha continuidade, com os devidos ajustes, nos próximos governos, independentemente dos partidos que assumam o poder.
Na semana passada, essa falta de políticas públicas permanentes para o nosso Estado foi notícia nos jornais de SC e do país. A imprensa registrou o caso do Agronegócio e a estiagem que castiga ano a ano o nosso Grande Oeste e outras regiões produtoras, assim como o da Educação, que aliás foi o tema das duas últimas colunas – em que apontei exatamente a ausência de políticas públicas e planejamento condizente com os tempos digitais no nosso setor educacional.
O caso do Grande Oeste foi tema de debate na Assembleia Legislativa, com deputados de diferentes partidos pedindo a criação de políticas públicas permanentes para o enfrentamento dos efeitos adversos ocasionados por estiagens. O tema foi levado à tribuna pelo deputado Padre Pedro Baldissera, que fez um relato dramático sobre a situação de pequenos produtores, como os do setor de leite, que estão vendendo seus rebanhos por falta de milho e soja para a alimentação dos animais.
Assim como venho reafirmando aqui, o deputado pede por um novo modelo de agricultura, com novas estruturas, com novas ações, com novas políticas, para que o recurso de fato chegue lá na ponta, no agricultor que está enfrentando a estiagem. O deputado Silvio Dreveck registrou situação semelhante no Planalto Norte. É sempre bom lembrar que o Agronegócio representa cerca de 70% das exportações de SC, ou seja, a falta de uma política pública para esse setor prejudica a economia e a vida de todos os catarinenses.