Começo o raciocínio desta primeira coluna de 2022 fazendo um registro: sou um otimista – sempre embasado no racional e no científico – e se há algo que não esmorece em mim é a convicção de que nosso povo decidirá sempre pelo melhor para Santa Catarina, pelo Brasil. Se em 2018 fizemos escolhas que hoje não resultaram naquilo que esperávamos, foi porque acreditávamos no que estávamos fazendo: escolhemos o que nos parecia certo depois do caos instaurado pela esquerda, por Lula, Dilma e toda sua corrupção e inversão de valores que nos são sagrados.


Erramos em 2018. Em 2022, não podemos errar mais. A palavra de ordem é “responsabilidade”. Em nível nacional, estamos diante de um quadro que já passou de preocupante há muito tempo: inflação em alta, a volta da fome, 14 milhões de desempregados, mais 15 milhões de subempregados – e todos os chamados “desalentados” que desistiram de procurar trabalho, furo do teto de gastos para mais uma versão eleitoreira do Bolsa Família, um orçamento “secreto” de bilhões para deputados e senadores gastarem como cheques em branco, o país com a pior imagem internacional da sua história, afugentando os investidores.


Em Santa Catarina, a irresponsabilidade também grassou nos últimos dias de 2021, com a aprovação a toque de caixa pela Assembleia de um “pacotaço” eleitoral de bilhões do Governo do Estado para obras e reajustes de servidores. Nem os deputados estaduais, nem os prefeitos que vão receber os recursos – será que vão mesmo? – e muito menos o governador Carlos Moisés sabem responder a essas duas simples perguntas: 1. De onde vai sair tanto dinheiro, que no caso dos reajustes salariais compromete o Tesouro e a Previdência estadual por décadas?; 2. Quem vai pagar essa conta? A segunda eu sei responder: será você, contribuinte e cidadão catarinense.


Nas últimas horas, foram divulgadas as previsões do mercado para a economia brasileira neste ano – e que vai se refletir diretamente nos Estados. De acordo com o relatório Focus, do próprio Banco Central, 2022 será mais um ano perdido na economia. No cenário mais positivo traçado pelos analistas, a atividade econômica vai ficar estagnada. Durante o ano houve previsões de que o Brasil cresceria até 2,5%, mas a alta agora enxergada pelo próprio BC é de apenas 0,42%.


O relatório Focus, mesmo sendo o mais “otimista”, prevê o IPCA (inflação) subindo 5%, a taxa de juros Selic para 11,50%, o dólar 5,6% e o desemprego ficar em 11,9%. Tirando as instituições mais “pessimistas” – que torcemos estejam equivocadas – temos na média a respeitada XP Investimentos, que prevê zero de crescimento do PIB, 5,2% de IPCA (inflação), 11,50% para os juros da Selic, 5,7% de alta do dólar e o desemprego em 12,2%.

Portanto, a melhor previsão para 2022 é a de que, mais uma vez, teremos a oportunidade de corrigir os rumos do país e do Estado nas Eleições de outubro. Até lá, temos que driblar a possibilidade de nossa escolha ficar entre os populistas Lula e Bolsonaro, sem dúvida os principais responsáveis por esse cenário terrível a que chegou o Brasil. Reproduzo aqui a definição do jornal O Estado de S. Paulo sobre o que ambos representam para o país: “Um dos aspectos mais perversos da similaridade entre Lula e Bolsonaro é o modo como tratam as classes mais pobres. Uma vez que medem tudo pelo interesse eleitoral, a vulnerabilidade social, em vez de ser enfrentada responsavelmente, é usada como oportunidade eleitoreira”.


Se quisermos ter um Feliz 2022 como desejamos na noite de 31 de dezembro às nossas famílias e amigos devemos refletir muito sobre o que vamos fazer nas urnas em outubro. Repito: a palavra de ordem é “responsabilidade”. Pense nisso.