
Antes de tudo quero desejar, nessa penúltima coluna do ano, Feliz Natal aos catarinenses. Um Natal de paz, amor e harmonia. E lhes dizer que escrevo esse artigo com meu pensamento voltado a Santa Catarina, Estado turístico por excelência, mas no qual, infelizmente, nos últimos anos o Turismo não ocupa o centro da pauta governamental. Pior ainda que isso se acentuou em plena pandemia, quando a dimensão econômica que o Turismo representa para o planeta foi a mais atingida pelo coronavírus. A indústria turística catarinense, que já chegou a representar 13% do nosso PIB, deveria ter uma Secretaria estadual de Turismo no Estado mais turístico do Brasil e, especialmente, um plano e uma política para essa dimensão que impacta diretamente 53 outros setores econômicos.
Não estou dizendo aqui que SC não tem exemplos e modelos para apresentar ao país. Pelo contrário: as ações, realizações e obras feitas desde o início do século, especialmente no Governo LHS/Pavan, ainda se refletem no excelente desempenho apresentado por nossas diversas e diversificadas regiões e cidades turísticas. Mas esse “plano de vida” para o Turismo precisa ser urgentemente renovado e projetado para os próximos 30 anos.
Fazer Turismo na pandemia foi exaustivo, muitas vezes frustrante, mas nunca perdemos a esperança e nem a vontade de lutar. Digo isso porque passei por todas essas sensações e vi, às vezes desolado, os empreendedores do Turismo, que são meus companheiros de luta há tantos anos, desde a secretaria nacional de Políticas do Turismo do Ministério, na presidência da Embratur, no Ministério e agora na Secretaria de Turismo e Viagens de Santa Paulo, eu vi esses companheiros arrasados, deprimidos e desesperados. Mas nunca derrotados.
Por isso, a vitória deste final de ano tem mais sabor ainda. Se vamos passar um Natal e um Ano Novo de paz, amor e harmonia, com nossas famílias e amigos, isso se deve à vacina e à ciência. Sei que muitos vão me considerar repetitivo, mas é preciso repetir: o Brasil estaria vivendo hoje uma catástrofe sem precedentes não fossem a coragem e a determinação do governador João Doria, que não por coincidência é um homem do Turismo, ex-presidente da Embratur como eu, que foi buscar a vacina na China e enfrentou e ainda enfrenta de peito aberto o negacionismo inexplicável de Jair Bolsonaro.