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O presidente da República Jair Bolsonaro agora sim, está filiado ao Partido Liberal. Alguns catarinenses acompanharam ontem o ato em Brasília, a exemplo da vice-governadora, Daniela Reinehr; do senador, Jorginho Mello; do deputado estadual, Ivan Naatz; e da presidente do partido em Criciúma, Júlia Zanatta.
Coube a Jorginho fazer o discurso em nome dos demais parlamentares. O prestigio se deu pela proximidade com o presidente, além da movimentação feita por ele, que ajudou na confirmação da ida de Bolsonaro para o PL. Em seu discurso, o senador catarinense lembrou a fundação do partido na década de 80 e a missão de defender a sociedade em prol da família, a qual limitou como cristãs e, em defesa da liberdade. “Presidente Bolsonaro, o PL nunca esteve tão atual e tão pronto para lhe receber”, afirmou.
O fato é que Jorginho comemora os possíveis efeitos que Bolsonaro causará ao seu projeto de disputar o Governo do Estado. A influência do número do partido conforme abordei há algumas semanas, é uma possibilidade real, ou seja, o eleitorado bolsonarista tende a dar uma maior atenção a quem levar o 22 no pleito. Já é possível prever um Jorginho na eleição se anunciando como “o candidato do presidente”, praticamente o mesmo discurso feito pelo hoje governador, Carlos Moisés da Silva, durante a eleição de 2018.
Representando a bancada na Alesc em Brasília, ao final do evento Naatz considerou que a filiação de Bolsonaro, terá reflexos positivos no crescimento e ocupação de espaços do partido. Sobre um eventual congestionamento de novas candidaturas, segundo ele, poderá ser administrado de acordo com as realidades regionais.
Já no aspecto político-ideológico o parlamentar avaliou que o governo Bolsonaro, tem sido o que definiu como uma experiência inédita de gestão presidencial de direita contemporânea e que, mesmo prejudicado pela pandemia, tem apresentado boa aprovação, avaliou.
“Não há registro de escândalos, marca do governo anterior. Todo novo processo exige rupturas e tempo. Nós precisamos dar este tempo ao presidente. É bem-vindo ao PL”, afirmou.
Íntimos

Após o evento o senador Jorginho Mello (PL), acompanhado do deputado estadual, Ivan Naatz, e da presidente de seu partido em Criciúma, Júlia Zanatta, se encontrou com o deputado federal, Eduardo Bolsonaro. Eles foram ao restaurante Madero de Brasília onde almoçaram e falaram do cenário político para o próximo ano.
O Jogo do Poder
Hoje eu entrevisto no programa O Jogo do Poder nas rádios Jovem Pan News de Florianópolis 103,3 FM, e Jovem Pan News de Criciúma 101,5 FM, o defensor público, Ralf Zimmer Júnior, e logo após, o deputado federal Daniel Freitas (PSL). O programa tem início às 16h. Além de ouvir pelo rádio, você pode assistir pela Panflix, ou através do perfil Jovem Pan Floripa no Youtube.
Kennedy na direção do PTB

Ontem Graciela Nienov assumiu a presidência do PTB nacional, com a bênção de Roberto Jefferson, que preso em Bangu 8, passa a ser o presidente de honra do partido. A movimentação foi necessária, pois uma decisão do STF impede o ex-deputado de permanecer no comando. O que chamou a atenção é que na carta escrita por Jefferson, ele defende o apoio dado a Fernando Collor de Mello, que deve voltar ao PTB, no processo de impeachment. Também lembrou da aliança com o ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas não cita o atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Kennedy ficou como vogal na executiva nacional.
PTB catarinense
É impossível não comparar o PTB de Santa Catarina com o partido na esfera nacional. Primeiro que, somente aqui no estado é possível encontrar os chamados bolsonaristas raiz, a começar pelo presidente estadual, Kennedy Nunes, deputado ligado a ala evangélica. Também tem os deputados estaduais que se filiarão quando abrir a janela para a mudança de partido, a exemplo de Ana Caroline Campagnolo, Felipe Estevão e Jessé Lopes. Além da questão ideológica, é preciso apontar para o fato de que essas lideranças não enfrentam qualquer processo por corrupção, ao contrário de nomes em posição de comando do PTB nacional.
E o PTB de lá?
O PTB nacional tem Roberto Jefferson que foi um dos principais atores do mensalão. A presidente nacional, Graciela Nienov, é apontada por supostamente pagar contas pessoais e luxos com o dinheiro do partido. O vice-presidente é o deputado estadual do Rio de Janeiro, Marcus Vinícius Neskau, que já foi genro de Jefferson, e que foi preso na Operação Furna da Onça em 2018. O vice-presidente na região Centro Oeste é Delcídio do Amaral, que teve o seu mandato de senador cassado em 2016, em meio as investigações da Operação Lava-Jato quando ainda era filiado ao PT. Norberto Martins que não compõe a nova direção, mas é atuante no partido, foi preso em 2018 pela Polícia Federal numa investigação que apurou fraudes na concessão de registros sindicais. Essa diferença comportamental e ideológica, faz do PTB catarinense um ponto fora da curva em um partido com muitas explicações a dar.