Em entrevista que me concedeu agora à tarde, no programa O Jogo do Poder na Jovem Pan News de Florianópolis, o deputado federal Celso Maldaner afirmou categoricamente que, realmente houve um acordo entre os três pré-candidatos do partido, pró-Antídio Lunelli. O senador Dário Berger negou há alguns dias atrás, que houve qualquer acordo em manifestação ao SCemPauta.

Maldaner relatou que numa primeira reunião entre ele, Berger e Antídio, o senador propôs que num segundo encontro, quem apresentasse mais partidos para apoiar o MDB, seria o candidato. “Na reunião em Brusque com a presença do Ari Vequi e do Chiodini (Carlos), o Lunelli disse quais os partidos agregariam. O Dário, apenas o PSB. A decisão foi essa e não podemos ficar à mercê do senador se quer ficar no partido, ou não”, disse Maldaner.

O presidente emedebista foi além, ao afirmar que no mesmo dia o prefeito de Blumenau, Mário Hildebrandt, declarou a sua simpatia a Antídio, dizendo que concorda com um apoio do Podemos ao prefeito de Jaraguá do Sul. Quanto ao acordo, Maldaner detalhou que ficou com a vaga de vice, Antídio como o candidato ao governo e Dário ao Senado. O deputado também destacou que o MDB não pode esperar até fevereiro e, que precisa lançar logo o seu candidato. “O senador não disse na reunião, que teria que consultar o assessor dele, que trabalha no gabinete dele, o Mauro Mariani. O Peninha (Eduardo) esteve em uma reunião conosco naquele dia em Gaspar e, deixou claro que apoiará qualquer um. Ele (Dário) não disse que tinha que ouvir o Paulo Afonso e o Pinho Moreira”, afirmou Celso Maldaner, destacando que Moreira não pode mais opinar sobre os assuntos do partido, por causa de uma proibição legal, já que está em processo para assumir uma vaga no BRDE. “Ele não pode se manifestar publicamente em nome do MDB, nem pode participar das decisões”, disse.

Lembrei a Maldaner que, ao assumir o comando do MDB, que ele me disse que Dário Berger seria o candidato a governador. Ao ser questionado sobre o que mudou daquele momento, até hoje, a resposta é que não houve mudança, mas que Antídio tem o direito a se colocar como pré-candidato.

Ao final, deu uma cobrada em Dário, ao lembrar que o senador foi presidente da Câmara de São José pelo antigo PFL, depois prefeito duas vezes pelo mesmo partido, após, teve quatro anos como prefeito de Florianópolis, pelo PSDB, e que se reelegeu após ter ido para o MDB, quando ganhou da família Amin. “Demos de presente para ele os 8 anos no Senado, pelos quatro anos que ele dedicou ao MDB. Eu sempre digo que o único pecado que Deus não perdoa, é a falta de gratidão”, disse Maldaner, destacando que Dário somente se elegeu ao Senado, graças aos votos que recebeu dos emedebistas nos pequenos municípios, onde nem era conhecido. “Se fosse pelas cidades grandes, o Paulinho Bornhausen seria o senador. Espero que ele mantenha a gratidão e siga firme no MDB”, concluiu.