
Enquanto a imagem do Brasil quase que literalmente pega fogo no exterior, o Estado de São Paulo lança o Refloresta SP, com o ambicioso objetivo de recuperar 1,5 milhão de hectares de vegetação nativa até 2050 – numa conta simples, estamos falando de uma área equivalente a 1,5 milhão de campos de futebol. No mesmo dia, o governador João Doria assinou o decreto do novo ICMS Ambiental – São Paulo é o primeiro a ter esta iniciativa. O Refloresta SP será empreendido pela parceria entre a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente e o Banco Desenvolve SP. Incentivará o aumento da cobertura de vegetação nativa no Estado com o plantio de florestas em sistemas que combinam a conservação e a produção agropecuária no mesmo espaço.
A iniciativa não ficou no discurso. Para incentivar a adesão e os resultados, o Governo de SP vai oferecer linhas de crédito para plantios, implantar projetos de Pagamentos por Serviços Ambientais (PSA), além da destinação do valor relacionado ao novo ICMS Ambiental. Micro, pequenas e médias empresas podem obter crédito pelas linhas ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa) do Desenvolve SP, com taxas a partir de 0,53% ao mês, acrescidas da Selic, e prazo de pagamento de até dez anos. Para municípios, o Banco Desenvolve SP oferece as linhas ESG, Água Limpa e Desenvolve Municípios, com taxas a partir de zero e prazos de até dez anos para pagar. Ou seja, não é discurso, é plano de ação.
No mesmo dia do anúncio do Refloresta SP e do novo ICMS Ambiental, o Governo de SP reforçou o convite para que os municípios participem do “Acordo Ambiental São Paulo” – iniciativa para redução voluntária de emissão de gases de efeito estufa e incentivo às ações de sustentabilidade. Quando lançado, em 2019, o Acordo tinha 55 aderentes. Hoje são 670 entidades, empresas e municípios e o objetivo é ampliar esse número gradativamente.