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Ontem foi considerado um dia histórico para Santa Catarina. A audiência pública na Comissão de Infraestrutura provocada pelos senadores Dário Berger (MDB) e Esperidião Amin (Progressistas), resolveu um impasse que angustiou a população catarinense, sobretudo do Vale do Itajaí.
Após praticamente ignorar a proposta feita pelo governador Carlos Moisés da Silva (sem partido), de aportar recursos do Estado em rodovias federais, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, participou do encontro e resolveu aceitar a parceria. Uma disputa também atrasou o processo, já que o governador defendia que os investimentos deveriam ser nos lotes 1 e 2 da BR-470, enquanto que o senador, Jorginho Mello (PL), que tem grande força junto ao DNIT, atuou para que os recursos fossem investidos nos lotes 3 e 4.
Em relação a BR-470, serão destinados pelo Estado R$ 200 milhões para os lotes 1 e 2, entre Navegantes e Gaspar, além de mais R$ 100 milhões que não estavam previstos, para os lotes 3 e 4 entre Blumenau e Indaial. Moisés surpreendeu aos presentes quando fez o anúncio que aportaria mais R$ 100 milhões. Ele conversou ainda em Brasília com o presidente da Assembleia Legislativa, Mauro De Nadal (MDB), que prometeu celeridade na tramitação do projeto que autorizará o valor extra.
A BR-280 receberá R$ 50 milhões, e a BR-163 terá R$ 100 milhões para a recuperação. O convênio entre Estado e União deve ser assinado ainda este mês. Também houve encaminhamento para tirar do papel a construção de terceiras faixas na BR-282, no trecho de Lages a Florianópolis, após questionamento de Berger. O Ministério da Infraestrutura vai viabilizar o projeto de engenharia.
Sobre a construção da segunda pista do aeroporto de Navegantes, o ministro Tarcísio pontuou que se comprovada a demanda, ela poderá ser construída pela concessionária. A situação demonstrou a falta de atenção de Tarcísio com a pauta de Santa Catarina, já que as entidades de Navegantes e região apresentaram o projeto onde fica comprovada a necessidade da nova pista.
Prévia do MDB

Ontem o deputado federal, Celso Maldaner, presidente estadual do MDB, recebeu para um café da manhã em seu gabinete em Brasília, o deputado Valdir Cobalchini, líder do partido na Assembleia Legislativa. A pauta principal foi as prévias do partido. De acordo com Maldaner, na reunião da próxima segunda-feira (23), o diretório marcará uma data ainda para este ano. A decisão desagrada aos deputados estaduais que desejam que a escolha do candidato do partido ao Governo do Estado, fique para o ano que vem, no dia 15 de março. Acontece que eles querem seguir na base de apoio do governador Carlos Moisés da Silva (sem partido), sem a pressão para se afastar quando for escolhido o nome para a disputa estadual. Para Maldaner, não há problema algum que os deputados sigam apoiando Moisés para dar governabilidade. “Se quiserem ficar até o fim de dezembro do ano que vem, não tem problema. O MDB não entra nisso, mas vamos definir as prévias na segunda”, afirmou.
Acordo
O presidente estadual do MDB, o deputado Celso Maldaner, ouviu os argumentos do deputado estadual, Valdir Cobalchini, que reafirmou o posicionamento da bancada estadual do partido de querer a realização das prévias somente no próximo ano. Maldaner então, liberou a bancada para seguir na base de apoio do governador, Carlos Moisés da Silva (sem partido), em uma decisão salomônica, a qual não é considerada a ideal por algumas lideranças do partido, mas, evitará um desentendimento com os deputados estaduais que tem grande força. “O MDB é democrático, fazer a democracia na prática é ouvir”, afirmou.
Manifestação da bancada

Ontem durante o SCemDebate, o ex-governador Eduardo Pinho Moreira (MDB) ao ouvir as análises as quais Maria Helena e eu fazíamos a respeito das prévias do MDB, escreveu: “A posição da bancada será decisiva desde que se manifeste na reunião do dia 23”.
PSB na majoritária?

Com a decisão do ex-deputado estadual, Valmir Comin (Progressistas), de disputar uma cadeira na Câmara Federal, o ex-deputado Jorge Boeira deve se filiar ao PSB para disputar uma vaga à majoritária. Ele ainda não estaria decidido sobre Senado ou Governo do Estado e, a razão seria o senador Dário Berger (MDB).
O motivo

Conversei com uma fonte sobre o projeto do PSB para as eleições do próximo ano. Ao ser questionada sobre o motivo da indecisão de Jorge Boeira, a liderança respondeu da seguinte forma: “Há quem diga que se o Dário (Berger) não vier para disputar, ele (Boeira) irá”, afirmou. Perguntei se Berger está a caminho do PSB e a fonte respondeu que não está, porém, já esteve mais longe do partido. O senador nega, mas o seu desgaste no MDB por causa das prévias é cada vez maior, ao mesmo tempo em que nos bastidores aumentam os rumores de sua filiação ao PSB.