Daniela usou dinheiro público para articular a permanência no governo; Vereadores de São José podem perder o mandato; O desespero de Laércio entre outros destaques
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A governadora interina Daniela Reinehr (sem partido) esteve em Brasília com dinheiro público, que bancou o seu próprio interesse em permanecer no poder. Ela tanto não liga para o custo que gera ao Estado, que levou uma caravana da alegria com vários assessores. Uma ajudante de ordens, chefia de gabinete e cinco da comunicação que só podem ter ido para passear.
Daniela jantou na residência oficial da presidência da Câmara dos Deputados, com Arthur Lira (Progressistas), e também esteve na casa do senador Ciro Nogueira (Progressistas). O objetivo, pedir a ambos que pressionassem o deputado estadual, Zé Milton Scheffer (Progressistas), integrante do Tribunal Misto do Impeachment para votar pelo impedimento do governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL).
O fato é que a interina saiu dos encontros com a promessa, tanto de Lira, quanto de Nogueira, que veriam o que seria possível fazer. A verdade, é que prometeram pensar em algo para dispensar uma insistente Daniela, que mesmo após ouvir que eles não têm influência junto aos parlamentares catarinenses, seguiu pedindo para que a ajudassem.
Daniela não tem o sétimo voto, não conseguiu convencer a mais ninguém a apoiá-la na busca pelo poder, por isso começa a tomar medidas impensadas baseada em um desespero que não se justifica, afinal, ela foi eleita para ser a vice, não a governadora.
Apuração
A Assembleia Legislativa precisa pedir explicações ao Governo do Estado, sobre o motivo da governadora interina Daniela Reinehr (sem partido), ter levado tantos assessores com ela a Brasília. O deslumbramento de Daniela não tem limite. Se ela quer fazer política, deveria pagar essas viagens do seu próprio bolso ressarcindo os cofres do Estado. Não é por que ela aumentou o ICMS do combustível, que o dinheiro dos trabalhadores catarinenses pode ir para o ralo.
Pela porta dos fundos
No jogo político é natural a busca por espaço e a governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido), não é diferente de ninguém, tem todo o direito de buscar o seu lugar. Acontece que o jogo deve ser mantido dentro das quatro linhas, obedecendo as regras e, mais, com a devida compostura, coisa que Daniela demonstrou não ter. Quando se está numa eleição, é preciso articular e se movimentar, agora, quando um Estado passa por um processo de impeachment de um governador, o papel da vice é o de manter o Estado funcionando até que a questão se resolva, não ficar articulando para gerar mais instabilidade política. Isso, de fato, não é pensar no bem do Estado. Isso tudo deixa mais claro que Daniela não tem preparo, não tem força, e por saber disso, busca entrar pela porta dos fundos sem o mínimo constrangimento. É o vale-tudo de quem não se elegeria para vereadora em Maravilha, sua terra natal.
Desespero
O movimento do deputado estadual, Laercio Schuster (PSB), no Supremo Tribunal Federal, contra o presidente do Tribunal de Justiça, Ricardo Roesler, era para ter sido protocolado pelos autores do impeachment, segundo uma fonte próxima a Gelson Merisio (PSDB). Como houve resistência, a alternativa encontrada foi utilizar o deputado do PSB que trocou o seu voto por cargos no governo. O movimento pegou mal nos bastidores do tribunal e foi considerado um sinal de desespero. A cada gesto, Schuster mancha ainda mais o seu currículo. Merisio prometeu a Daniela que irá hoje a Brasília e, que fará valer o pedido de Schuster que deseja adiar o julgamento do impeachment.
Dossiê vazou
Após a coluna vazar com exclusividade que funcionários do Governo do Estado, estavam sendo forçados a produzir dossiês contra os deputados Marcos Vieira (PSDB), Zé Milton Scheffer (Progressistas), Fabiano da Luz (PT) e Valdir Cobalchini (MDB), o movimento foi abortado. Na Assembleia Legislativa, o clima para o Governo Interino de Daniela Reinehr (sem partido) já não era bom, mas conseguiu piorar. Ela continua sem líder.
Cassação em São José?
Em São José os próximos dias serão de apreensão para os três vereadores do MDB. Alexandre Cidade, Sanderson de Jesus e Alini Da Silva Castro, aguardam com preocupação o julgamento do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina, do recurso interposto pelo PSL por uma suposta candidatura laranja. Os vereadores ganharam em primeira instância, porém, os autores da ação recorreram e, segundo um jurista consultado, a tendência é que siga o mesmo entendimento do caso da candidatura laranja do município de Joinville. Caso a condenação se concretize, o prefeito Orvino De Ávila (PSD) que hoje goza de ampla maioria, deverá passar a ter minoria na Câmara, o que causa preocupação também por parte do Executivo. Com a anulação dos votos do MDB, o partido deixa de ter vereador, assumindo as vagas suplentes da oposição. Quem teve acesso ao processo dá como irreversível a condenação, porém, é preciso aguardar o julgamento.
Rejeição
O deputado estadual, Jessé Lopes (PSL), consultou seus seguidores sobre a avaliação do governo interino de Daniela Reinehr (sem partido). Antes de eu fechar a coluna, 52% dos participantes disseram não aprovar a gestão de Daniela. O fato chama mais atenção pela enquete ter sido feita justamente dentro do núcleo bolsonarista, base que Daniela diz seguir.
Daniela em Joinville
Ontem o prefeito de Joinville, Adriano Silva (NOVO), e a vice Rejane Gambin (NOVO), acompanharam a agenda de compromissos da governadora interina Daniela Reinehr (sem partido) no município. A primeira visita foi na Central de Imunização, que está instalada no Centreventos Cau Hansen, com 20 salas de vacinação exclusiva para Covid-19. No bairro Fátima, a comitiva visitou a Rua Anêmonas, onde está sendo desenvolvido o projeto para receber uma ponte que vai possibilitar a criação de um binário na Zona Sul, uma antiga reivindicação da comunidade.
Investimento em infraestrutura
O último compromisso da interina Daniela Reinehr (sem partido) foi a participação na reunião ordinária da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ), em que foi anunciado o investimento de R$ 9 milhões para a construção da ponte de ligação entre as ruas Plácido Olímpio de Oliveira e Aubé.
Veto ao orçamento
Na condição de presidente da Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa, o deputado estadual João Amin (Progressistas) coordenou uma reunião ampliada para discutir os impactos do corte no Orçamento Federal de 2021 para Santa Catarina. O encontro contou com a participação de senadores, deputados federais e estaduais, representantes do governo estadual, da federação das indústrias entre outras autoridades e ficou definido que será encaminhado um documento ao Fórum Parlamentar Catarinense. A ideia é que os deputados e senadores trabalhem para recuperar os R$ 136,5 milhões para obras de infraestrutura que o Governo Federal tirou do Estado.
Vacinação em Floripa
Com a chegada de mais vacinas contra o novo Coronavírus a Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria de Saúde irá avançar na vacinação de pessoas com 60 anos ou mais. A vacinação será feita por meses de nascimento. A ação será feita em pontos de vacinação para pedestres, com distribuição de senhas. O prefeito Gean Loureiro (DEM) salienta que há vacinas suficientes para este público, não sendo necessário ir aos locais antes da abertura. Ontem ele foi ao aeroporto esperar a chegada de novas doses ao estado. A secretária de Estado da Saúde, Carmen Zanotto, também esteve no terminal.
Rodrigues em Brasília
O prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), está em Brasília, onde teve audiência na tarde de ontem, com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Onyx Lorenzoni. Uma das pautas foi o Elevado da Bandeira que servirá para desafogar o trânsito na rótula que fica entre o acesso da BR-480, com Avenida Fernando Machado, Avenida Leopoldo Sander e rua Humaitá. O prefeito segue em Brasília onde vai percorrer mais ministérios.
Conta rejeitada em Joinville
Em reunião extraordinária, ontem, os cinco vereadores da Comissão de Finanças da Câmara de Vereadores de Joinville decidiram rejeitar as contas do município de 2012, último ano do governo de Carlito Merss (PT). Eles acompanharam parecer de Wilian Tonezi (Patriota), que recomendou a rejeição. Agora, um projeto de decreto legislativo tramitará na Casa até chegar ao plenário onde será votado. O parecer de Tonezi seguiu a orientação do Tribunal de Contas do Estado que encontrou oito “restrições de ordem legal” nas contas. Uma delas foi a realização de R$ 154,4 milhões em despesas no último ano de governo, sem dinheiro para pagamento, nem previsão de caixa para o próximo prefeito pagar. Esse ato feriu o artigo 42 da Lei de Responsabilidade Fiscal.
A propósito
Ontem divulguei foto da manifestação pró-Bolsonaro em Santa Catarina. Só para deixar claro, que a foto era desse final de semana que passou e, da manifestação real, não de evento religioso. Verdade, você encontra aqui.
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