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O presidente do Tribunal de Justiça, Ricardo Roesler, que também preside o Tribunal Misto do Impeachment, está sendo cobrado por todos os setores da sociedade. Desde os presidentes das federações empresariais e da indústria, passando por lideranças e, ontem, alguns prefeitos também começaram a se manifestar pela celeridade no processo de impedimento contra o governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL).
Na sexta-feira passada Roesler decidiu incluir a decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Benedito Gonçalves aos autos. Se por um lado, a inclusão faz parte do processo de impeachment, pois serve como embasamento para a decisão dos julgadores, por outro, o prazo de 48 horas começa a ser questionado, uma vez que as partes somente foram intimadas ontem. Levando em conta que amanhã é feriado, somente na quinta-feira, quase uma semana após, vence o prazo para as manifestações, ou seja, mais um tempo que Santa Catarina perde frente a instabilidade política a qual enfrenta.
Reconhecido pelos seus préstimos à justiça catarinense, Roesler tem unicamente em suas mãos o poder de definir uma data com celeridade, para tirar o Estado de um grave problema institucional que começa a gerar problemas à sociedade.
Uma data para o julgamento entre o próximo dia 30 e os primeiros dias de maio, é mais do que o suficiente para atender com justiça, os apelos da sociedade.
Prefeitos se posicionam

O encontro de ontem em Criciúma entre o prefeito anfitrião, Clésio Salvaro (PSDB), o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), e Orvino de Ávila (PSD), prefeito de São José, já começa a surtir efeito. Outros prefeitos já começam a pensar na possibilidade de também se manifestar pela celeridade do julgamento do impeachment, além da volta do governador afastado, Carlos Moisés da Silva (PSL).
Constrangimento no PSDB
O encontro de ontem dos prefeitos de Criciúma, São José e Chapecó, gerou um grande constrangimento dentro do PSDB. Acontece que mesmo negando, Gelson Merisio (PSDB) é apontado por fontes ligadas ao Centro Administrativo, que afirmam ser ele o mentor de boa parte do governo interino de Daniela Reinehr (sem partido). Com a manifestação de Clésio Salvaro (PSDB), em conjunto com Orvino de Ávila (PSD) e João Rodrigues (PSD), o ninho tucano se divide de vez, sendo que a deputada federal, Geovania de Sá, se aproximou de Merisio e de Daniela.
E o projeto?
Ainda não é possível mensurar o tamanho do abalo interno no grupo de Gelson Merisio dentro do PSDB, com o posicionamento de ontem do prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, que se une a outras lideranças do partido contrárias ao impedimento do governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Essa situação pode representar um grande prejuízo a Merisio, que perderá espaço, tanto na gestão estadual com a saída de Daniela, quanto na indicação de nomes que pretende fazer ao Tribunal de Justiça. Gelson Merisio é hoje o pré-candidato a governador pelos tucanos, mas já é visto que não tem o partido em suas mãos. O que chama a atenção, é que publicamente o discurso tucano é único: Merisio não está no governo de Daniela. Agora, internamente, algumas lideranças não acreditam na negativa.
Paulinha sobre nomeação
A deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), entrou em contato para explicar a nomeação do ex-servidor de seu gabinete, Luiz Henrique Fontão, no cargo de diretor de Patrimônio Cultural do Estado. Segue a explicação: “Essa pessoa tinha sido nomeada pelo governador Moisés, e exonerada pela Daniela. Como tem um currículo excepcional na área, fiz questão de reiterar ao chefe da Casa Civil a sua competência para a função, já que as políticas públicas de cultura em âmbito estadual estão vivendo um período de estagnação. Sigo dizendo que nosso trabalho é em colaboração pelo estado. Defendi o governador Moisés quando muitos dos que estão ao lado dele agora – inclusive você – o acusavam. E continuo atestando a sua inocência. No entanto eu não estou afastada. Sigo no exercício da minha função, e isso requer a manutenção do diálogo permanente em benefício do estado”, escreveu Paulinha.
Tem erro aí…
A deputada estadual Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), colocou em seu texto algo como se eu estivesse ao lado do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). O fato é que a deputada talvez não entenda, que não tenho compromisso algum com o erro. Quando defendi o processo de impedimento, haviam elementos nas investigações que levantaram suspeitas contra Moisés, mas que depois ficou comprovado, segundo os órgãos de investigação, que ele é inocente. Se por um lado, critico ao governo Moisés, por outro, não poderia eu me considerar acima da justiça para imputar um crime ao governador afastado, que tanto o STJ, quanto a Procuradoria Geral da República, o Ministério Público, a Polícia Federal e o Tribunal de Contas do Estado, afirmam que ele não cometeu. Também é importante dizer que reiterar ao atual chefe da Casa Civil a qualificação de um ex-servidor de seu gabinete, é o mesmo que indicá-lo, o que é um direito da parlamentar. Não há nada de ilegal nisso.
Viaturas
Conversei com o coronel, Charles Vieira, do Corpo de Bombeiros, sobre a aquisição de viaturas para edificações de grande altitude. De acordo com ele, ainda está sendo feita uma pesquisa de preços, pois se tratam de equipamentos caros que são cotados em Euro. O comandante explica que mesmo que não haja um histórico de emergências em edifícios altos, é necessário estar preparado. Uma das maiores preocupações é com os prédios de Balneário Camboriú. “Na Alemanha todas as cidades com mais de 50 mil habitantes têm equipamentos dessa magnitude. Vieira destacou ainda que as aquisições fazem parte do programa Santa Catarina Mais Segura. “Outras aquisições também serão feitas. Precisamos estar preparados, as vidas não têm preço. Não podemos esperar acontecer algo para depois pensarmos em comprar”, afirmou.