Os autores da denúncia do processo de impeachment contra o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), já protocolaram a resposta ao pedido de justificativa apresentada pelo presidente do Tribunal de Justiça e do Tribunal Misto, Ricardo Roesler, para que fossem apresentados os argumentos para o pedido de diligência e de que fossem arroladas duas testemunhas. Cada parte ganhou três dias úteis, sendo que após a apresentação das explicações da acusação, a defesa deve abrir mão de seu prazo.

Em relação as testemunhas, a acusação defende a permanência de uma e dispensa a outra. Já em relação as diligências, foi mantida a justificativa da necessidade do cumprimento das mesmas e, foi juntado aos autos um pedido de informações já realizado a cada órgão do Governo do Estado, como uma forma de antecipar o envio das respostas.

Ocorre que ao fazer um pedido com base na Lei de Acesso às Informações, como foi feita pela acusação, cada secretaria terá até 45 dias para responder, o que atrasará o julgamento do processo de impeachment. Cabe agora a Roesler decidir se aceita, ou não a inclusão das diligências e, havendo o aceite, estará praticamente estabelecido o arrasto de um processo que tumultua o Estado.

Conversando com algumas fontes, inclusive ligadas ao judiciário, deu para entender o motivo da pressa na troca da titularidade nas secretarias de Estado da Fazenda e Administração, já que caberá aos novos secretários o envio das respostas. Tendo sido nomeados pela governadora interina, Daniela Reinehr (sem partido), é provável que segurem o envio das explicações até o prazo máximo de 45 dias, situação que não ocorreria se não tivesse sido feita a troca.

As federações empresariais e a sociedade têm cobrado pressa no processo de impedimento. Resta saber se Ricardo Roesler decidirá pela celeridade, ou se deixará margem para que haja uma protelação do processo. Algo que ficou evidente com o movimento no governo interino: Daniela Reinehr mesmo operando nos bastidores através de quem a tutela, não tem o sétimo voto.