A deputada federal Carmen Zanotto (Cidadania) é uma das parlamentares mais respeitadas em Brasília, devido ao seu conhecimento na área da Saúde. Lembro que defendi o nome de Carmen neste espaço, para ocupar a Secretaria de Estado da Saúde, pois, seguindo o que vinha pregando até o momento baseada na ciência, se mostrava uma das figuras conscientes em meio a tanta crendice em relação ao combate ao Coronavírus.

Carmen também deseja isso, liderar a Saúde do Estado e somente não aceitou o cargo quando o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) a convidou, pelo fato de que ele não deixaria em suas mãos o orçamento da Saúde, algo realmente fundamental para que ela pudesse realizar as ações necessárias. Portanto, é legitimo, Carmen tem condições técnicas e vontade, porém, se confirmada neste momento como a secretária de Estado da Saúde do governo interino de Daniela Reinehr (sem partido), a parlamentar que teve no ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, um guia, corre o sério risco de queimar o seu currículo em um governo que já nasce moribundo.

Além de assumir em um governo que tem grandes chances de fracasso, inclusive, pelo tempo reduzido em que se manterá, Carmen deve abrir mão de suas convicções, ao aceitar a adoção do chamado tratamento precoce, o qual médicos e entidades médicas sérias tem rechaçado. Isso foi dito pelo deputado estadual Jessé Lopes (PSL) através das redes sociais.

O fato é que Carmen não merece queimar a sua história ao aceitar entrar em um governo que será liderado por Daniela Reinehr (sem partido), que enquanto Santa Catarina registrava recorde de mortes por causa do Coronavírus, articulava pensando apenas no poder.

Padrinho

A informação não é confirmada, mas é dito nos bastidores que o senador Jorginho Mello (PL) deve ser o fiador da ida de Carmen Zanotto (Cidadania) para o governo interino de Daniela Reinehr (sem partido). Pelo visto, o pai do Pronampe que ajudou a reduzir os impactos econômicos no país, também corre o sério risco de se queimar, ao apadrinhar uma governadora interina sem as mínimas condições de fazer a gestão do Estado.