Agradeço todos os dias o fato de poder, com integrante do Governo João Doria, estar na linha de frente do combate à pandemia e assim poder ajudar os irmãos brasileiros e catarinenses na luta para vencer esta pandemia que tantas e profundas dores tem nos causado. Por isso também sou muito grato pelo fato de ter sido um dos protagonistas do anúncio de uma série de medidas feito na semana passada, em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, em que foram liberados R$ 100 milhões em crédito a microempresários de setores vulneráveis, a juros baixos e carência estendida, o que inclui bares, restaurantes e eventos, com recursos do Desenvolve SP (R$ 50 milhões) e do Banco do Povo (R$ 50 milhões).

Este recurso vem se juntar a R$ 223,3 milhões que liberamos via Dadetur, o Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos, durante 2020, constituindo-se no maior valor dos últimos seis anos. Neste ano, também pelo Dadetur, foram mais R$ 27,4 milhões. São Paulo criou também o Programa de Crédito Turístico, lançado em setembro de 2019 pelo Banco Desenvolve SP e a Secretaria de Turismo que dirijo, que repassou 49,3% dos recursos do Ministério do Turismo via Fungetur. Foram R$ 320,6 milhões para 1449 empresas – em todo o Brasil o valor foi de R$ 649,7 milhões.

Sobre a liberação dos R$ 100 milhões na última semana, afirmo que este é um exemplo a ser seguido pelos demais estados brasileiros. O Turismo foi o mais atingido pela pandemia em todo o planeta, e no Brasil não é diferente. Com certeza, o sucesso desse anúncio deve-se ao diálogo permanente com as entidades representativas nacionais e estaduais – inclusive destaco as negociações feitas com elas no dia do anúncio, no Palácio dos Bandeirantes. Estiveram presentes entidades como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), a Associação Nacional dos Restaurantes (ANR) e a Federação de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares do Estado de São Paulo (Fhoresp).

Mas não foi só crédito que o Governo João Dória liberou: também estendeu a suspensão do corte de gás e água até o fim de abril em todo o estado, zerou o ICMS do leite e reduziu o da carne de 13,3% para 7%, em apoio a todos que estão se esforçando a manter os seus negócios em um momento de tanta restrição. Reforço que São Paulo é o estado que mais vacinou até agora – e na semana passada entregou quase 6 milhões de doses produzidas pelo Instituto Butantan ao Governo Federal.

Outro passo importante que demos nas últimas horas na luta pela vida, pelas vacinas e pela economia catarinense foi a articulação com o movimento nacional Unidos pela Vacina, liderado pela empresária Luiza Trajano (Magalu), para que todas as 295 cidades catarinenses estejam integradas nesta ação que tem como meta vacinar toda a população brasileira até setembro. Conseguimos reunir numa live integrantes do movimento Mulheres do Brasil, que executa o Unidos Pela Vacina no país, empresários paulistas e catarinenses, Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e Associação Paulista de Municípios (APM). Destaque para a presença de uma das líderes nacionais do movimento, a empresária catarinense Sônia Regina Hess de Souza.

Destaquei na reunião a importância do movimento Unidos pela Vacina – que segue todas as normas estabelecidas pelo Ministério da Saúde – para obtenção de novas vacinas além daquela que está sendo produzida pelo Instituto Butantan para que possamos realmente fazer uma cobertura vacinal ágil e eficaz em todo o país. Afirmei que o movimento mostra que o Brasil busca se levantar à sua própria altura e lembrei o verso do poeta catarinense Lindolf Bell: “Menor que meu sonho não posso ser”.

Na live descobrimos que existem vários problemas na vacinação em Santa Catarina, entre eles que 143 municípios ainda não responderam o questionário do Unidos pela Vacina. O presidente da Fecam, Clenilton Pereira, garantiu que esta terça-feira, no máximo, todas as prefeituras terão respondido o questionário, que traz questões fundamentais como as condições das salas de vacinação, caixas térmicas com termômetro, câmaras frias e geladeiras, internet e drive thru, que são essenciais para fazer a vacinação adequadamente.

A empresária Maria Fernanda Rocha, uma das líderes do país do movimento Unidos pela Vacina, revelou grande preocupação com as respostas que já foram dadas por 152 cidades catarinenses com relação à existência desses equipamentos. “Por exemplo, só 65% responderam que têm câmaras frias ou geladeiras adequadas para armazenar vacinas”, informou ela. Maria Fernanda se disse também preocupada com o ritmo da vacinação no Estado: “Até sexta-feira passada (12/03), Santa Catarina tinha recebido 583 mil doses e 85% tinham sido distribuídas às cidades. Porém, desses 85% somente 59,2% haviam sido aplicadas. Não sabemos a razão”.

Já a advogada catarinense Ana Cristina Blasi, que juntamente com o advogado João Martinelli faz parte da liderança do movimento em Santa Catarina, informou que nos próximos dias estará com o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, para pedir a adesão da entidade. O consultor da Fecam e médico Jailson Lima lembrou que a entidade foi a primeira do país a assinar um protocolo com o Instituto Butantan, ainda em dezembro, para a obtenção da Coronavac. De acordo com Jailson, esse movimento, do qual fui articulador criando a ponte SP-SC, foi o que acabou levando o Governo Federal a incluir a Vacina do Butantan no Plano Nacional de Imunização (PNI).

Agora Fecam assinou protocolo para trazer 3,5 milhões de doses da Sputnik V, ação à qual também dei meu apoio.
Também presente à reunião, o presidente da Associação Paulista de Municípios, Fred Guidoni afirmou que “a integração de ações pela vacina entre Santa Catarina e São Paulo vem sendo articulada pelo secretário Vinícius Lummertz desde novembro e acabou por unir definitivamente o movimento municipalista dos dois estados, que agora trabalham sempre com ações conjuntas e com troca de projetos e experiências”.

Faço assim, aqui, uma breve prestação de contas a você, catarinense, do trabalho que estamos fazendo pela vida, pela vacina, pela economia. E não posso deixar de encerrar sem repetir o marcante verso do blumenauense Lindolf Bell: “Menor que meu sonho não posso ser”.