Hoje, me permitam, não vou falar de política, cotidiano e muito menos de covid. Vou falar da minha ligação com Florianópolis que completa 348 anos.

Nasci na cidade de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, localizada numa península na Lagoa dos Patos, onde está uma grande parte da Praia do Cassino, considerada a maior praia do mundo em extensão. Em 1752 teve início a imigração açoriana para o Rio Grande do Sul, a partir de sua chegada ao porto do Rio Grande de São Pedro. Também no século XVIII os imigrantes açorianos colonizaram o litoral de Santa Catarina.

Em 1986 a vida me trouxe para Santa Catarina. Primeiro para a Serra. Vivi em Lages alguns anos. Aliás, excelentes anos. Pela profissão, com frequência viajava a Florianópolis. Na época em duras e saltitantes quatro horas pela esburacada e sem asfalto BR-282.

Não sei explicar, mas creio que estava na minha origem, o sentimento e a alegria que sentia ao me aproximar da Ilha de Santa Catarina. Também pode ter sido o mesmo encantamento dos imigrantes da primeira colônia de portugueses açorianos que em 1748 estabeleceram-se às margens da Lagoa da Conceição, no interior da Ilha.

O fato é que aqui me sinto em casa, falo a mesma língua do “di e ti” e, como Meca para os muçulmanos, o mar me é sagrado e na Ilha me abençoa por todos os lados.

Obrigada Florianópolis por me acolher! Obrigada irmãos manés pelo reconhecimento!