Desculpe, mas não consigo escrever sobre outra coisa, a não ser sobre o colapso que estamos enfrentando nas redes pública e privada de saúde e sobre o medo que todos nós estamos sentindo. Nenhuma outra notícia me parece relevante. Só no Congresso conseguem debater uma proposta de emenda constitucional para não permitir prisões em flagrante de deputados e senadores.

Nenhum decreto vai ter resultado no combate ao coronavírus, por mais restritivo que seja. Aliás, isto não aconteceu com o decreto editado pelo Governo do Estado e que passa a valer a partir de hoje. Ao contrário, frustrou as expectativas. A população tem que tomar para si a responsabilidade para ganhar esta guerra que já fez tantas vítimas.

Já estamos vivendo o caos e o alerta para os próximos 15 dias deixam claro que a situação poderá se agravar ainda mais se não agirmos. E todos nós podemos sim fazer alguma coisa. Façamos um exame de consciência. Cansados do isolamento social nestes quase 12 meses, afrouxamos com nossos cuidados e mais ainda quando finalmente teve início a vacinação no país.

Novas doses de vacinas chegaram ao estado nesta quarta-feira – 107,7 mil doses no total, sendo 59,5 mil doses da vacina Oxford/AstraZeneca e 48,2 mil doses da Coronavac. Que bom! Mas sabemos que ainda falta muito para que toda a população seja imunizada aqui e no restante do país.

Acompanhamos fortes apelos e desabafos de prefeitos, gestores municipais e profissionais da saúde, por meio da imprensa e das redes sociais, e estamos muito impactados e profundamente consternados com as mortes pela covid. Em nosso estado chegamos a triste marca de 7114 mortes até o fechamento da coluna.

O que fazer? O máximo que for possível. Evite sair de casa se não for realmente necessário, utilize sempre que possível os aplicativos para compras, deixe as visitas, os abraços e as festas para quando a situação se normalizar. Se positivar, mesmo sem sintomas graves, fique em casa com sua família. É melhor sentir saudades do que a dor de perder quem amamos.