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O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) retomará a chamada geografia das urnas, ou podemos dizer, da Alesc. Quanto mais forte for a bancada, mais espaço terá em seu governo. Ontem à noite na Casa D’Agronômica durante um jantar com a bancada estadual do PL, foi colocado de forma clara como será a relação do governo com o parlamento. Resolvida a questão da mesa diretora da Assembleia Legislativa, conforme divulguei ontem com exclusividade, agora é hora de ajeitar o governo e a relação com os partidos. A intenção é a de não deixar margem para problema no parlamento, tendo uma relação tranquila com pelo menos a maioria das bancadas. “A ideia é criar um governo de coalização”, pontuou um dos participantes do jantar de ontem.
O encontro durou cerca de três horas e teve um tom ameno e de aproximação, tanto, que os parlamentares se colocaram à disposição para ajudar o governo. O primeiro momento foi mais descontraído, seguido do jantar e encerrado com uma conversa mais fechada entre Moisés, o chefe da Casa Civil, Eron Giordani, e os deputados liberais. O chefe de gabinete, coronel Márcio Ferreira, participou da primeira parte.
Primeiramente Moisés ouviu alguns pleitos dos deputados em relação a rodovias estaduais e falou sobre as emendas. Reclamou que o governo tem pago emendas, mas que não tem colhido os frutos. Em resposta os deputados disseram que nunca foram avisados dos pagamentos, pois um técnico depositava na conta dos municípios e os prefeitos só descobriam ao que se referia após verificarem a origem. Os deputados querem uma melhor comunicação da parte do governo.
Já quanto a relação da bancada com Moisés, a princípio os deputados do PL disseram que ninguém ocupará cargo, mesmo assim, o presidente estadual do partido, senador Jorginho Mello, será ouvido nesta semana e indicará se os liberais podem avançar na conversa sobre espaço, ou se manterão a independência. Durante a conversa o governador explicou que tem falado com o MDB e que o diálogo estaria evoluindo, muito embora, conforme divulguei ontem, já há uma decisão dos emedebistas de não comporem cargos no governo.
Líder

Ze Milton deve assumir a liderança do governo.
Cada vez mais crescem os rumores entre os deputados estaduais que o novo líder do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), será o deputado, Zé Milton Scheffer (Progressistas). Ele chegou a consultar os deputados Altair Silva e João Amin, seus colegas de partido. Scheffer é um dos parlamentares mais ligados a Moisés.
Agenda em Criciúma
Hoje e amanhã o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) cumpre agenda em Criciúma, Araranguá e Forquilhinha. Ainda hoje Moisés deve ir na Cidade das Avenidas onde será feita a entrega da ordem de serviço para a ponte do Rio Araranguá que ligará o Morro dos Conventos ao Distrito de Hercílio Luz e Balneário Ilhas. Ele também terá reuniões políticas e amanhã assina na ACIC o convênio para o Centro de Inovação Tecnológica de Criciúma. Os deputados Zé Milton Scheffer (Progressistas), Luiz Fernando Vampiro (MDB), Rodrigo Minotto (PDT) e Volnei Weber (MDB) devem acompanhar a agenda.
Ajustes na Alesc
A Assembleia Legislativa já há alguns anos começou uma tradição de ter os seus espaços definidos através de acordo e, mais uma vez foi assim. Conforme divulguei ontem, Mauro De Nadal (MDB) presidirá a Alesc no próximo ano, passando o comando para Moacir Sopelsa (MDB) em 2022. Prevaleceu o bom senso e os apelos dos demais membros da bancada emedebista para que não houvesse um racha. Já o PL terá a vice-presidência, primeiro com Nilso Berlanda, depois com Maurício Eskudlark. Marcius Machado se manifestou querendo um ano na vice-presidência alegando que teve mais votos que os seus colegas de partido, mas ouviu como resposta que o que vale é o número de mandatos. Enquanto isso, De Nadal constrói para que haja a maior representatividade partidária possível. Quem deve deixar a mesa é o PSB que hoje tem como primeiro secretário, Laércio Schuster.
Demais acordos
Os demais espaços estão sendo definidos. A Escola do Legislativo ficará a cargo de Júlio Garcia (PSD), em decisão que mantém a tradição de que no segundo biênio da legislatura, o cargo seja ocupado pelo ex-presidente da Alesc. Voltando à mesa, Ricardo Alba (PSL) deverá ser o primeiro-secretário, Felipe Estevão (PSL) pode ficar com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça, e a Marcos Vieira (PSDB) deve ser oferecida a sua manutenção no comando da Comissão de Finanças, apesar do pedido de outros parlamentares que também desejam presidi-la.
Manifestações
Conversei com os deputados estaduais, Moacir Sopelsa e Mauro De Nadal, ambos do MDB. Sopelsa gostou da decisão salomônica de dividir o comando da Assembleia Legislativa com o seu companheiro de partido e, agradeceu ao atual presidente, Júlio Garcia (PSD), pelo apoio na busca de uma solução para o impasse que imperava na bancada. Sopelsa também destacou a importância do novo chefe da Casa Civil, Eron Giordani, a quem chamou de homem de confiança e que será uma porta para o diálogo com o governo. Por sua vez, De Nadal destacou a importância de se fazer um gesto para não gerar divisões e acenou para uma presidência participativa a todos os partidos com deputado no parlamento.
PL com Hildebrandt
O deputado estadual Ivan Naatz, se reuniu nesta manhã com o prefeito reeleito de Blumenau, Mário Hildebrandt (Podemos). Uma fonte ligada ao parlamentar relatou que durante o encontro foram entregues R$ 7 milhões ao município, dinheiro oriundo de emendas de Naatz e do senador, Jorginho Mello (PL). Também de acordo com a mesma fonte, Naatz falou para Hildebrandt que o PL quer fazer parte do governo municipal, mas que precisa de espaços de destaque. Um nome que deve ser indicado é o do ex-diretor do Instituto Federal, Rodrigo Althoff, que ficou em segundo lugar na eleição à Prefeitura de Gaspar, onde foi vereador e secretário. A ideia de Naatz é que Althoff assuma a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e, lidere o processo de criação da Região Metropolitana de Blumenau, que também teria como integrantes os municípios de Gaspar, Pomerode, Timbó e Indaial.