Bancada do PSL na Alesc atuará unida; A decisão do PSD sobre o governo Moisés; Gean Loureiro trabalhará para 2022; João Rodrigues perto da prescrição entre outros destaques
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O gabinete do deputado estadual Milton Hobus, que preside o PSD em Santa Catarina, foi o palco das primeiras definições do partido pensando em 2022. Muito embora as falas de que ainda é cedo e, que o partido discutiu apenas o seu posicionamento em relação ao governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), o fato é que lideranças do partido já querem dar o tom para o projeto estadual.
Do encontro participaram além de Hobus, o ex-governador, Raimundo Colombo; o presidente da Assembleia Legislativa, Júlio Garcia; o deputado federal, Darci de Matos; deputados estaduais, o prefeito reeleito de Videira, Dorival Borga; prefeito de Campos Novos, Silvio Zancanaro, entre outros integrantes da executiva. O deputado federal Ricardo Guidi não pôde participar.
Na avaliação os pessedistas decidiram que não participarão do governo de Moisés e, quem aceitar assumir cargos no Executivo terá que se licenciar do partido. De outro modo o PSD não fará uma oposição sistêmica, pelo contrário, segundo as lideranças todas as pautas do governo beneficiarem o Estado, serão aprovadas. Os líderes também viram com bons olhos a carta do governador em que acena para um novo tempo, de uma melhor relação com o parlamento. “Estamos dispostos a ajudar, já que o governador sinalizou um novo tempo de respeito para com o parlamento e com os prefeitos. Ele precisa ouvir mais e isso será positivo”, afirmou Hobus após o encontro, destacando que se o governo não quiser ter voto contra na Alesc, que terá que dialogar.
O PSD também decidiu cobrar do governo o envio ao Parlamento de uma Reforma da Previdência que se adeque à Federal. Para isso, entende que a construção deve ser feita junto aos líderes de bancada na Assembleia.
PSL se une
A nova líder do PSL na Assembleia Legislativa, Ana Caroline Campagnolo, reuniu ontem em seu gabinete os seis deputados de sua bancada. Pela primeira vez é possível visualizar uma união dos pesselistas na Alesc, já que se dividiram desde os primeiros meses de mandato. Na pauta, a eleição para a mesa diretora e a postura do PSL em relação ao governo de Carlos Moisés da Silva, que mesmo sendo do partido, não manteve uma boa relação com a maioria dos parlamentares. Somente os deputados coronel Onir Mocellin e Ricardo Alba permaneceram ao lado de Moisés, sendo que Alba durante o processo de impeachment acabou se afastando. O entendimento de ontem é de que todos caminharão unidos, inclusive votando em bloco, ou seja, não haverá espaço para dissidências.
Reaproximação?
A reunião de ontem da bancada do PSL na Assembleia Legislativa, segundo uma fonte, não pode ser entendida como uma sinalização para uma reaproximação com o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). De acordo com a fonte, o que se desenha é uma relação a qual definiu como mais civilizada entre ambos, muito embora, acredite ser difícil ver a bancada se sentar a mesa com Moisés. Também foi dito que se o governador se reposicionar em relação as pautas ideológicas defendidas pelos deputados pesselistas, que não haverá motivo para confronto, o que, segundo a fonte, somente ocorreu anteriormente pelo fato de que partiu de Moisés críticas aos posicionamentos dos parlamentares e às pautas do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
De olho na mesa
Como a segunda maior bancada na Assembleia Legislativa os pesselistas estão decididos a não aceitar a ficar de fora da mesa diretora. Esse será o primeiro grande teste de união para a bancada, que será a escolha de um nome e o voto em bloco no candidato que o partido escolher para presidir o parlamento. O deputado Ricardo Alba se colocou à disposição para ser o membro do PSL que ocupará um espaço na mesa, nome que teria sido visto pelos demais como o que tem o perfil para assumir o desafio.
Candidatos
Três nomes experientes pretendem presidir a Assembleia Legislativa nos próximos dois anos. Os emedebistas Moacir Sopelsa e Mauro De Nadal, que é o atual vice-presidente do parlamento, além do tucano Marcos Vieira (PSDB). Ambos já conversam com às lideranças de bancada e até mesmo com deputados de forma isolada. Uma informação que corre é de que poderia surgir uma tentativa de costura, para a divisão do mandato.
Hospital de Campanha
Conforme antecipei há algumas semanas, nos próximos dias trarei mais alguns detalhes a respeito da contratação do Hospital Mahatma Gandhi para a instalação de um hospital de campanha em Itajaí. Nome de parlamentar, citação a secretário de Estado e até mesmo de outros nomes começarão a aparecer. A escandalosa contratação somente não foi em frente por determinação da justiça.
Gean 2022
O prefeito de Florianópolis Gean Loureiro assumirá a presidência estadual do Democratas em janeiro, já para preparar o partido pensando na eleição estadual de 2022. Como me disse o ex-deputado federal, João Paulo Kleinübing, Gean é o único nome do DEM para disputar o Governo do Estado. Nos bastidores todos no entorno de Loureiro sabem que ele é o nome e, que vai se preparar nos próximos dois anos para isso. Quanto ao que escrevi de que o prefeito da capital hoje é maior do que o DEM no estado, Loureiro tem dito nos bastidores que não pretende mudar de sigla, pois, por maior que seja um partido, nenhum ganha sozinho uma eleição. Ele tem pregado o diálogo.
Vai acelerar
Ao mesmo tempo em que nos bastidores o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), tem pregado que o foco principal é a sua gestão na capital, é inegável que ao mesmo tempo buscará pavimentar a sua candidatura para 2022, o que é natural. Fazendo uma boa gestão e apresentando bons resultados, não haverá algo mais contundente para apresentá-lo no cenário como um dos candidatos de ponta. Ele mesmo admite isso nos bastidores, tanto que buscará a formação de uma equipe eminentemente técnica. Esses dias o próprio Gean me disse que cobrará mais energia que no primeiro mandato e, que todos precisarão apresentar ideias inovadoras para Florianópolis. “Floripa precisa de administração moderna. Secretário que quiser trabalhar comigo, não terá folga aos finais de semana”, afirmou.
Facilidade
O que facilita a vida do prefeito reeleito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), é a sua vitória no primeiro turno, o que o deixa sem compromisso de ceder cargos a outros partidos. Desse modo poderá e deverá escolher um secretariado técnico e inovador. A ideia é de que os anúncios do novo colegiado sejam feitos no dia 15 de janeiro. “Humildade e muito trabalho é o importante. Sempre terá mais chance quem puder mostrar sua capacidade de trabalho e suas entregas. É isso que a sociedade espera para Santa Catarina”, afirmou.
Luciane cobra
A deputada estadual Luciane Carminatti (PT) disse ontem na sessão plenária na Alesc, que o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) tem apenas 24 meses para pôr a mão nos grandes desafios do Estado. “Desafios que passamos os dois primeiros anos pautando na Tribuna, em tentativas muitas vezes frustradas de audiência com a Casa da Agronômica, nas inúmeras reuniões com secretários de Estado dentro e fora do parlamento, na imprensa, nas redes sociais, enfim, não foi por falta de aviso”, afirmou. A deputada destacou que, mais do que denunciar, o Partido dos Trabalhadores propôs. “A nossa bancada nunca ficou na crítica pela crítica, sempre que bateu na porta do governo foi para apresentar caminhos e soluções para superar de forma coletiva os principais problemas dos catarinenses”.
Prescrição
O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luiz Roberto Barroso, acolheu o argumento apresentado pelo advogado, Marlon Bertol, revogando a liminar assinada por ele, que impedia o reconhecimento da prescrição ao prefeito eleito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), no caso da retroescavadeira de Pinhalzinho. Agora está liberado para qualquer tribunal apreciar o tema da prescrição da pretensão punitiva. Bertol já enviou um requerimento ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e outro ao ministro do Superior Tribunal de Justiça, Rogério Schietti Cruz, para que analisem o quanto antes o caso. Vale lembrar que tanto Gilmar, quanto Schietti, já deram decisões favoráveis ao reconhecimento da prescrição, inclusive, o ministro do STF chegou a criticar o fato da prescrição não ter sido apreciada pelo colegiado que determinou a Rodrigues o cumprimento da pena.
Receberá Moisés
O prefeito eleito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), receberá amanhã o governador Carlos Moisés da Silva (PSL). No Centro de Eventos da cidade, o governador assinará o convênio para a liberação de recursos para a construção da Macroadutora do Rio Chapecozinho. Ainda falta confirmar, mas até o momento o horário agendado é para às 17h.
Vacina
O presidente da Comissão de Saúde na Assembleia Legislativa, deputado Neodi Saretta (PT), disse que Santa Catarina deve colocar a saúde pública acima de questões ideológicas, apostar em todos os projetos de vacina com perspectivas, além de ajudar na fase de pesquisa. Saretta pede para que, assim que for possível, que toda a população catarinense seja imunizada. “Não podemos depender apenas do imunizante defendido pelo Ministério da Saúde, porque é público e notório que está perdido, tem apostado numa vacina em detrimento de outra que demanda mais estudos, devido à questão da meia dose que surgiu e que os próprios diretores não souberam explicar bem”, afirmou.
Terror em Criciúma
Interessante destacar alguns aspectos políticos do que ocorreu em Criciúma. O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) mostrou que está realmente mudando a sua postura. Assim que foi possível, se deslocou para Criciúma para acompanhar in loco a situação, se fosse de acordo com o seu comportamento de outrora, teria ficado na Casa D’Agronômica. O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) agiu como estadista, desde a madrugada até o dia seguinte, praticamente não dormiu, buscando acompanhar de perto toda a situação, além das mensagens que enviou para tentar acalmar e orientar a população. O apoio dos deputados Geovânia de Sá (PSDB) e Daniel Freitas (PSL) que se colocaram à disposição, tanto, que estiveram na prefeitura.
Análise
Para quem não assistiu ontem ao vivo, é possível assistir à gravação do SCemDebate Especial sobre a ação de bandidos em Criciúma. Ontem Maria Helena, Adelor Lessa e eu, entrevistamos o coronel Araújo Gomes, uma das maiores autoridades em Segurança Pública do país.
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