O secretário de Estado da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior, enviou nota após ter sido citado na CPI dos respiradores. Durante o depoimento de Samuel de Brito Rodovalho, os deputados apresentaram uma parte das investigações que mostra uma conversa online entre o depoente, o agora secretário e mais um servidor.

Segue a nota:

“A foto que faz referência a mim na CPI se trata de uma reunião via web para apresentação de um projeto de Drive Thru para testes do Covid 19 na cidade de Florianópolis, que também foi apresentada para a ACIF e outras entidades empresariais em outras oportunidades, sem a minha presença. A foto é da data de 22/4/2020. Um negócio privado, transparente e que acabou não acontecendo. Destaco que neste período eu não exercia qualquer cargo público e atuava, como minha vida inteira, na iniciativa privada. Desde 22/4/2020 nunca mais mantive contato com Samuel Rodovalho. Infelizmente a CPI busca, mais um a vez, desvirtuar os fatos” – Amândio da Silva Júnior

Além da nota, Amândio respondeu ao meu questionamento sobre a sua relação com o servidor, Sandro Yuri Pinheiro, que esteve na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Sustentável, e que foi nomeado pelo secretário na Casa Civil. Amândio respondeu que são amigos há 20 anos. “O Yuri era conselheiro da ACIF e tinha saído do governo em fevereiro ou março. Ele não estava no governo, voltou comigo no dia 11 de maio”, afirmou.

Vale informar que o ato de exoneração de Yuri foi publicado no dia 8 de maio, um dia antes da saída de Douglas Borba da Casa Civil, mas com data retroativa a 20 de abril, ou seja, dois dias antes da conversa printada pelo Ministério Público. Já a nomeação na Casa Civil não aconteceu no dia 11 conforme disse Amândio, mas, sim, no dia 15 de maio.