Seguem os trabalhos da CPI dos Respiradores com o depoimento de Samuel de Brito Rodovalho. Os deputados tiveram acesso a um print de uma conversa online feita pelo Ministério Público, em que participam o depoente, o atual secretário de Estado da Casa Civil, Amândio da Silva Júnior e Sandro Yuri Pinheiro. De acordo com o relator Ivan Naatz, a conversa foi extraída no dia 17 de junho passado, mas ainda não é possível saber se essa foi a data da conversa.

De acordo com Rodovalho, a conversa aconteceu quando Amândio estava fora do governo, antes de assumir a Casa Civil no lugar de Douglas Borba. Vale lembrar que Amândio até dezembro do ano passado era o adjunto de Lucas Esmeraldino na Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico e Sustentável, mesmo setor em que Pinheiro já foi diretor de Tecnologia e Informação.

Acontece que após Borba ter deixado o governo no dia 9 de maio, Amândio foi nomeado à Casa Civil no dia 11. Quatro dias após, no dia 15, Yuri deixa a SDS e é nomeado por Amândio na Casa Civil como assessor especial. Outro ponto que chamou a atenção dos parlamentares, foi quando Rodovalho falou que Amândio e ele discutiram à época o que chamou de negócio privado, envolvendo a área médica com a compra de insumos relacionados ao Coronavírus.

De acordo com o Ministério Público, Samuel apagou mensagens do WhatsApp e quebrou o próprio celular quando soube das investigações. Ele é filho do ex-deputado federal, Robson Rodovalho, fundador da Igreja Sara Nossa Terra. O deputado Kennedy Nunes (Progressistas) chegou a afirmar que seria importante o afastamento de Amândio do cargo.