A vice-governadora Daniela Reinehr (sem partido) tem conversado com parlamentares e presidentes de partidos, buscando articular alguns apoios a um eventual governo liderado por ela.

Segundo uma fonte, os encontros têm acontecido em Florianópolis e Brasília, onde as conversas ocorrem num tom de construção, ou seja, Daniela acredita que no provável processo de impeachment na Assembleia Legislativa, que poderá escapar e assumir o governo numa pós-cassação de Carlos Moisés da Silva (PSL).

Além do diálogo, Daniela foi orientada a começar a pensar na formação de uma equipe. A fonte me disse que ela não pode deixar acontecer o impedimento para depois escolher os nomes, é preciso estar preparada para o governo.

Os pedidos de apoio estariam sendo feitos com a promessa de reciprocidade. A vice-governadora entende que ao se tornar inquilina da Casa D’Agronômica, que ganhará musculatura suficiente para apoiar uma candidatura ao Governo do Estado em 2022, além dela mesma se lançar para outros voos.

O fato é que as articulações é um assunto proibido junto a equipe de Daniela, pelo menos, externamente. O medo é deixar transparecer uma tentativa de conspiração contra Moisés, quando na verdade, de acordo com a fonte, é apenas uma movimentação para o caso de haver uma necessidade.

Entrei em contato com a vice-governadora que não quis falar sobre o assunto. Se limitou a dizer que diante da atual conjuntura, mais do que nunca a união de esforços é necessária para recuperar o Estado. “De minha parte, creio que o governante deve buscar todo o apoio possível, não somente dos parlamentares”, afirmou.

Chabu

Por decisão do TRF 4 somente José Augusto Alves não terá julgado o aceite, ou não da denúncia contra ele no âmbito da Operação Chabu. Os advogados alegaram prejuízo para a defesa o fato de que o julgamento seria online. Ao invés de estender a decisão aos demais denunciados, o desembargador Leandro Paulsen, dará seguimento ao julgamento que poderá levar o prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (DEM), os ex-delegados André Luiz Mendes e Fernando Caieron, além do ex-secretário de Estado, Luciano Veloso Lima, e Luciano Teixeira e Marcelo Paiva Winter a se tornarem réus, caso as denúncias sejam aceitas. Se isso ocorrer, Loureiro pode ser afastado do cargo.