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A acareação de ontem na CPI dos Respiradores na Assembleia Legislativa foi demorada, cansativa e pouco objetiva. Apenas trocas de acusações entre os ex-secretários Helton Zeferino e Douglas Borba, e a servidora afastada Márcia Regina Pauli.
Zeferino se dedicou a colocar em Márcia a responsabilidade pelos pagamentos adiantados feitos pelo Governo do Estado à Veigamed, enquanto Borba tentava fazer uma defesa mais ampla das acusações que enfrenta.
O fato é que segue sendo no mínimo curioso que um pagamento de R$ 33 milhões tenha sido feito sem o conhecimento e nem autorização do então ordenador primário da Secretaria de Estado da Saúde, Helton Zeferino. Será que o governo tinha um secretário pouco competente, ao ponto de deixar para os servidores de segundo e terceiro escalão toda a decisão de efetuar pagamentos milionários sem autorização?
Já Douglas Borba segue lutando contra as evidências. Leandro de Barros, amigo do ex-secretário de Estado da Casa Civil, tinha livre circulação no setor da Saúde, tanto que através de diálogos encontrados pelo Gaeco, foi tornado público o fato de que mesmo sendo representante do Hospital Mahatma Gandhi, coube a ele trabalhar no projeto de hospital de campanha.
Por sua vez, Márcia Pauli não consegue explicar a sua assinatura que certificou uma Nota para a Veigamed, situação que basta para que haja a liquidação e o pagamento da fatura. Mesmo assim, ainda gera dúvida se um pagamento de R$ 33 milhões teria sido feito por servidores que não são do primeiro escalão, sem a mínima concordância ou autorização do responsável pelo setor.
O fato é que a situação segue obscura, como se faltassem peças para fechar o quebra cabeça criado por um emaranhado de problemas, que expõe a má gestão de um governo, casada com a aproximação de criminosos que se aproveitaram de um momento tão delicado para tentar lucrar.
Moisés é convidado
O governador Carlos Moisés da Silva (PSL) deve receber ainda hoje, o convite feito pela CPI dos respiradores para que ele deponha. A data sugerida pelo relator Ivan Naatz (PL), é de 29 de junho à 03 de julho. Moisés que não pode ser convocado, pode escolher se atenderá ao convite, ou se a manifestação será por escrito.
Moisés alheio?
O presidente da CPI dos Respiradores na Assembleia Legislativa, Sargento Lima (PSL), questionou o fato que do dia 16 a 22 de março, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), mesmo após saber que teria dado problema na aquisição dos respiradores, não teria demonstrado preocupação com a situação, período em que não teria feito qualquer cobrança a respeito.
Deputados citados
Ontem durante a acareação na CPI dos Respiradores o ex-secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, ao ser questionado pelo deputado estadual João Amin (Progressistas), sobre o nome dos deputados que ele disse em seu primeiro depoimento, que o procuraram durante os trabalhos de enfrentamento da Pandemia, que nenhum ligou para pedir qualquer vantagem. Borba citou os nomes de Fernando Krelling (MDB), Luiz Fernando Vampiro (MDB) e Vicente Caropreso (PSDB), situação que causou um grande constrangimento aos parlamentares.