Uma fonte relatou à coluna que presos na Operação Alcatraz em Santa Catarina, que investiga supostas fraudes em contratos de empresas com a Epagri e com a Secretaria de Estado da Administração, estariam tentando negociar com a justiça, uma delação premiada.

Até o momento, o ex-presidente da Epagri, Luiz Hesmann, teve o pedido de liberdade negado, tendo o mesmo acontecido com o ex-secretário adjunto de Estado da Administração, Nelson Nappi Júnior, o qual teve três pedidos indeferidos. Nas negativas de soltura, foi alegada a “continuidade delitiva”, ou seja, a justiça entende que a liberdade poderá facilitar aos investigados que voltem a delinquir, além do risco de tentarem atrapalhar as investigações.

Por sua vez, os advogados do gerente de Informação da Epagri, Danilo Pereira, apresentaram um laudo psiquiátrico, pedindo a substituição para a prisão domiciliar, com tornozeleira. A alegação é de que a situação está colocando a integridade de Pereira em risco”, relatou um informante.

Uma outra fonte me disse que é grande a possibilidade de que boa parte dos presos, não obtenham a soltura até o julgamento do processo, o que reforça a possibilidade de um bom número de tentativas de delação.

Imagens

A Polícia Federal tem imagens que originaram a Operação Alcatraz, mostrando encontros para suposta distribuição de propina. Entre os que aparecem, estão o ex-secretário, Nelson Nappi Júnior, além do empresário, Maurício Rosa Barbosa, ligado às empresas Intuitiva e Integra, as quais, segundo as investigações, eram favorecidas nos processos licitatórios, tanto que constantemente ganhavam os contratos.

Inquérito é prorrogado

A 1º Vara Federal de Florianópolis, atendendo a um pedido apresentado pela Polícia Federal, deferiu o pedido de prorrogação por mais 15 dias, do prazo para a entrega do relatório final das investigações. A autorização foi dada logo após as 19h de hoje.