O fato de ontem, que foram as declarações do deputado estadual eleito, Júlio Garcia (PSD), ao colega Adelor Lessa da Rádio Som Maior de Criciúma, foram bombásticas, mas não uma novidade, pois, retratam uma realidade de anos. O fato, é que Garcia não gosta do candidato ao Governo do Estado, Gelson Merisio (PSD), e a reciproca é verdadeira.
Garcia disse que a candidatura do seu colega de partido, é imposta, arrogante e prepotente, enquanto que por outro lado, elogiou o Comandante Moisés (PSL), mesmo admitindo nunca ter conversado com o pesselista. Esse é o clima entre os dois pessedistas que já até trocaram ofensas.
A inimizade começou quando Garcia no Tribunal de Contas, quis voltar à vida política e tentou ser o secretário de Estado da Casa Civil do então governo de Raimundo Colombo (PSD). Só que a situação não prosperou e ele culpa Merisio até hoje, pois, segundo lideranças próximas ao ex-conselheiro, teria partido do hoje candidato a governador o veto ao seu nome. Merisio nega qualquer interferência. Assim, desde aquela época a relação azedou de vez.
Passado um tempo e vendo o crescimento de Merisio dentro do PSD baseado num discurso anti-MDB, Colombo correu para chamar Júlio Garcia de volta para a política, prometendo o comando do partido e que seria mantida a aliança com os emedebistas, principalmente, porque Colombo queria ser carregado ao Senado.
Só que o então governador não conseguiu entregar o que prometeu e Garcia teve que disputar a eleição na chapa sonhada por Merisio. Durante boa parte do período, se manteve calado e distante fazendo uma campanha independente. Ontem, fez a declaração sob o argumento de que seria oportunismo falar após o pleito.
Vale adiantar que esse é só o início de uma disputa pelo comando do PSD, que promete esquentar no próximo ano. Tudo depende do resultado da eleição.
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Disputa
Há uma disputa nascendo dentro do MDB, pela presidência estadual do partido. Com o anúncio de que Mauro Mariani irá se afastar da política, pelo menos por um tempo. Algumas lideranças começam a reivindicar o direito de presidir o MDB. A disputa que promete ser acirrada quando chegar a hora, será entre o deputado federal eleito, Carlos Chiodini, e o deputado estadual reeleito, Valdir Cobalchini. O processo de renovação deverá se intensificar no próximo ano, quando Eduardo Pinho Moreira estará em Londres passando uma temporada com a sua família.
Briga pelo Bolsonaro
Os advogados da coligação “Aqui é Trabalho”, do candidato a governador, Gelson Merisio (PSD), reverteram no TRE/SC a decisão que proibia a utilização de imagem ou menção ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), nas redes sociais, programas de rádio e tevê de Merisio. Com isso, a utilização da imagem do candidato a presidente está liberada. O TRE/SC também rechaçou o pedido para que Merisio se abstenha de pedir votos para Bolsonaro.
Conversas
O candidato ao Governo do Estado, Comandante Moisés (PSL), se reuniu com o governador Eduardo Pinho Moreira (MDB). Os encontros já estariam sendo considerados pelo pesselista e pelo emedebista, como um início de transição. Pinho Moreira já estaria passando dados do governo. Novas reuniões devem ser marcadas nos próximos dias.