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A informação divulgada ontem pelo SCemPauta sobre a substituição do líder do PSL na Assembleia Legislativa, gerou uma grande repercussão no meio político. Primeiro pelo fato do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), sofrer mais um revés no parlamento, pois não terá mais Ricardo Alba, aliado de primeira hora, no comando dos deputados pesselistas, além disso, começa a perceber a redução de sua base.

A questão é que mais uma derrota para Moisés está próxima de se confirmar, podendo já ser anunciada nas próximas horas. Lideranças pesselistas aproveitaram a ida a Brasília para a reunião com Eduardo Bolsonaro e se encontraram com o senador, Jorginho Mello, que preside o Partido Liberal em Santa Catarina. Da conversa, ficou praticamente firmado um acordo de que o deputado Maurício Eskudlark (PL), líder do governo na Alesc, será retirado da Comissão de Constituição e Justiça. Neste caso, para manter o seu líder na CCJ, Moisés terá que tirar o seu indicado, o coronel Onir Mocellin (PSL), para manter Eskudlark.

O governo perde a maioria na comissão e segue também com a minoria na de Finanças. Os deputados também receberam a garantia de Jorginho, que o seu partido encaminhará um alinhamento com os pesselistas distantes do governador. Vale dizer que o senador é aliado da família Bolsonaro, portanto, os liberais na Alesc terão com o tempo que se distanciar de Moisés, mas, por hora, Eskudlark deve ser autorizado a continuar na liderança.

A preocupação dos deputados também é com as pautas de interesse do Estado, a exemplo da taxação dos defensivos agrícolas e do setor produtivo através do aumento de impostos, entre outras pautas as quais os parlamentares entendem que Moisés se afasta da realidade do Estado. Além disso, os deputados devem trabalhar de forma mais ativa nas pautas conservadoras.

 

De Toni na presidência

Uma liderança me disse que o sentimento da maioria dos deputados, tanto estaduais, quanto federais do PSL, é de que o deputado Fábio Schiochet deve renunciar à presidência estadual do partido. As lideranças querem que Caroline de Toni assuma o comando dos pesselistas em Santa Catarina, porém, após a conversa com Eduardo Bolsonaro, ficou claro que o PSL pertence a Luciano Bivar, Antonio Rueda e ao seu grupo, ou seja, não há como tirá-los do comando. “O Eduardo disse que o seu pai (Bolsonaro) segue numa batalha jurídica estudando um meio de sair do PSL, mas garantindo o mandato da base, pois sem eles será complicado governar. Quando ele (Bolsonaro) tiver uma segurança deve sair do partido”, relatou um dos parlamentares que esteve no encontro. Portanto, o desejo de ter Caroline na presidência, não deve se concretizar. A deputada ontem se reuniu com o ministro da Educação, Abraham Weintraub, a quem pediu uma atenção a Chapecó e outros municípios catarinenses, que ainda não foram contemplados com escolas cívico-militares.

 

Reflexo em Criciúma

A situação no PSL terá reflexo nas eleições do ano que vem em Criciúma, onde o Comandante Barreto tem uma forte ligação com o deputado estadual, Ricardo Alba, enquanto Júlio Kaminski é da turma do Daniel Freitas. Rachou em Brasília, Florianópolis e Criciúma.

 

Em outras regiões

Em Chapecó é muito provável de que haverá uma disputa entre o governador, Carlos Moisés da Silva e a deputada federal, Caroline de Toni, pela indicação do nome do partido para disputar a Prefeitura. Por fora, a vice-governadora Daniela Reinehr deixada de lado por Moisés ficará só observando. Em Joinville, o acordo entre o governador e o prefeito Udo Döhler (MDB), poderá ter questionamentos. Os deputados Sargento Lima e Coronel Armando não devem aceitar e vão trabalhar junto as bases para que os pesselistas tenham candidato. Em Florianópolis, o grupo ideológico, deve ter no coronel Edupércio Pratts e no ex-policial federal, Edgar Lopes, o seu nome para a disputa.

 

CPI convida Colombo

A CPI da ponte Hercílio Luz que é presidida pelo deputado estadual, Marcos Vieira (PSDB), e que tem a relatoria de Bruno Souza (sem partido), convidou o ex-governador Raimundo Colombo (PSD) a depor no próximo dia 29, às 11h. O requerimento para ouvi-lo foi apresentado por Souza e aprovado por unanimidade durante a reunião na manhã de ontem. “Espero que o ex-governador possa nos ajudar com esclarecimentos e, principalmente, nos explique as decisões de governo da época que afetaram diretamente as obras da ponte”, afirma o deputado.

 

Lima de volta

Com a eleição do ex-deputado federal, Décio Lima para presidir o PT estadual mais uma vez, o nome da suplente de deputada federal, Ana Paula Lima, caso ela não consiga o mandato que está judicializado, será o nome petista para a disputa da Prefeitura de Blumenau.

Com dinheiro público?

Os secretários de Estado, Lucas Esmeraldino e Diego Goulart, foram questionados pelas redes sociais sobre o fato de terem ido ao Rio de Janeiro em plena quarta-feira, para assistir a semifinal da Libertadores entre Flamengo e Grêmio. Entre os questionamentos é se não haviam trabalhado ontem, ou se não trabalharão hoje, enquanto que alguns comentários é de que a “nova política” está se esbaldando nas mordomias do poder público. Uma pessoa chegou a questionar se a viagem foi com dinheiro público, frente a resposta de Esmeraldino que tem compromisso com o Estado, houve a réplica em forma de questionamento: “Quanto pagou no voo e no ingresso da semi? Posta aí pra gente”, escreveu o cidadão.

 

Bom senso

O bom senso prevaleceu e a Secretaria de Estado da Fazenda decidiu reduzir de 12% para 7% a alíquota de ICMS para as carnes de frango e de suíno produzidas e comercializadas em Santa Catarina. Vale destacar o forte trabalho do setor produtivo, a exemplo da Fecomercio, Acats e do Comitê formado por empresários do Vale do Itajaí, quando discutiram e cobraram do Governo do Estado a redução da alíquota. Uma proposta será enviada pelo secretário Paulo Eli em novembro estabelecendo a redução do imposto com data retroativa ao início deste mês.

 

Municípios perderão recursos

O Projeto de Lei em tramitação na Assembleia Legislativa, pode desfalcar os cofres públicos dos municípios da região da Amunesc em mais de R$ 23 milhões ao ano. A expectativa considera a alteração na parcela da distribuição proporcional ao Valor Adicionado do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aos municípios, que atualmente é de 85%. No Projeto proposto pelo deputado Jerry Comper (MDB), a parcela passaria para 82%, e os outros 3% seriam distribuídos em partes iguais para os municípios com até dez mil habitantes. Para o secretário-executivo da Associação, a medida desfavorece a região: “caso seja aprovado, o PL prevê uma mudança na distribuição do ICMS que afetará direta e negativamente todos os municípios da Amunesc, já que todos os nossos municípios possuem mais de dez mil habitantes. Esta é uma tentativa de ajudar os municípios menores, mas esta ajuda não pode sacrificar os municípios maiores”, defende Tufi Michreff Neto.

 

Alternativa

Em nota, a Federação Catarinense dos Municípios (Fecam) declarou que entende que recursos destinados aos municípios com menos de 10 mil habitantes devem ser assegurados pelo orçamento do Governo do Estado e, propôs uma alteração no Projeto de Lei. A proposta da entidade é de que “as receitas financeiras para suprir eventual aporte de recursos para municípios com baixa densidade demográfica, devem ser supridas com recursos originados da cota-parte do ICMS administrado pelo Governo do Estado”, afirma a nota. A Amunesc debaterá o tema na próxima Assembleia de Prefeitos.