A vice-governadora Daniela Reinehr (PSL) segue tentando se articular para assumir o Governo do Estado, caso Carlos Moisés da Silva sofra o impeachment. Ela já visitou o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Contas e, nesta semana voltou a Assembleia Legislativa.

Com a proposta de formar um grande pacto pela recuperação de Santa Catarina, Daniela conversou com os deputados estaduais, Sargento Lima (PSL), Jerry Comper (MDB), João Amin (Progressistas), Marlene Fengler (PSD), Ivan Naatz (PL) e com o presidente da Alesc, Júlio Garcia (PSD).

Além disso, ela tenta se aproximar para costurar a sua sobrevivência. Relatou o temor de ser incluída na CPI dos Respiradores, o que surpreendeu os parlamentares, pois até o momento, não tem nenhum indício contra ela. A vice-governadora ouviu como resposta, que os integrantes do governo que tiverem culpa, que vão pagar, já quem não tiver, pode ficar tranquilo.

Daniela também falou do processo de impeachment, tentando costurar uma forma de não ser incluída. Ela chegou a relatar que já pensa até mesmo na formação de uma equipe de governo para o caso de assumir, além disso, tem dito às lideranças com quem conversa, que abrirá para a participação de todos em um eventual governo liderado por ela.

A aproximação de Daniela foi recebida com cortesia, porém, foi ela virar as costas para os deputados conversarem em off no plenário sobre a visita. Alguns se sentiram incomodados, pois fazem a leitura de que a vice-governadora quer espaço para aparecer ao lado dos poderes, como se estivesse sendo apoiada, situação que foi negada por alguns com quem conversei.

O fato é que o parlamento não quer Daniela a frente do governo. Não chega a ser uma opinião unânime, já que em tese, ela teria o apoio da ala ideológica do PSL, pró-Jair Bolsonaro, nada mais do que isso. De resto, os deputados entendem que se cassar o mandato de Moisés, que Daniela também perca o cargo por não ter, na opinião dos parlamentares, condição de fazer a gestão do Estado.