Para integrantes da Prefeitura de Florianópolis a chamada “sala segura” que supostamente teria sido montada no gabinete do prefeito, Gean Loureiro (DEM), não passa de uma invenção da acusação, que não pode ser provada. Por outro lado, para o Ministério Público Federal é uma convicção, tanto, que na denúncia apresentada no âmbito da Operação Chabu são detalhados novos diálogos os quais, de acordo com o MPF, comprovam a existência.

O relatório da denúncia entregue pelo MPF ao judiciário, aponta que em 24 de abril de 2018, José Augusto Alves, Luciano Teixeira e o então delegado da Polícia Federal, Fernando Caieron, criaram um grupo de mensagens no WhatsApp, intitulado como “Sala Segura”. De acordo com o Ministério Público Federal, a pedido de Loureiro, o trio articulou a compra de equipamentos eletrônicos de contraespionagem para que fossem instalados no interior da Prefeitura.

Também segundo o MPF, o objetivo seria de eliminar qualquer risco de gravações clandestinas, além do bloqueio de aparelhos celulares. A denúncia diz que coube a Luciano Teixeira viajar ao Paraguai para adquirir os equipamentos, de onde retornou no dia 02 de maio de 2018.

A transcrição de um áudio mostra José Augusto Alves dizendo: “Metragem da sala também, porque a sala da reunião do Gean lá é grande, você já tivesse lá. Entendeu? Então tem que ter com ventoinha e controle remoto”, disse Alves.

Também consta na denúncia um diálogo via WhatsApp datado de 09 de maio de 2018, onde Alves conversa com uma pessoa identificada como “Dra. Katherine”, que seria Katherine Schreiner, secretária de Administração de Florianópolis. Segundo o MPF, eles combinam a demonstração dos equipamentos.

José Augusto (18h48) – Dra Katherine gostaria de fazer um teste amanhã com o equipamento que chegou hoje.

 

Katherine (18h48:40) – OK, podemos fazer

 

Katherine (18h48:59) – O sr que decide o horário

 

José Augusto (18h49:45) – OK as 14h.

 

Katherine (18h53:55) – ok, combinado.

 

Loureiro rechaça

O prefeito de Florianópolis Gean Loureiro (DEM) tem afirmado que está tranquilo em relação a denúncia no âmbito da Operação Chabu. De acordo com ele, os seus advogados já apresentaram a defesa após a denúncia do Ministério Público Federal.

 

Reação de Eskudlark

Leia o documento: Relato Gui Pereira

Uma informação divulgada pelo SCemPauta no sábado (08), baseada na denúncia do Ministério Público Federal no âmbito da Operação Chabu, irritou o deputado estadual, Maurício Eskudlark (PL). O MPF relata o depoimento do vereador de Florianópolis, Gui Pereira (MDB), no qual ele disse ter sido informado por José Augusto Alves e por Eskudlark, de que estaria sendo investigado por associação ao tráfico de drogas. Procurado, o deputado se limitou a dizer: “Vai ter que provar. Em juízo”, afirmou Eskudlark.

 

Próximo a sair

Depois das exonerações do coronel Carlos Hassler do cargo de secretário de Estado da Infraestrutura, e de Clélia Iraci da Cunha da Procuradoria Geral do Estado, o próximo a sair do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), será o coronel Araújo Gomes, comandante da Polícia Militar. Ao contrário de Hassler e Clélia que tiveram as suas exonerações motivadas por problemas, a de Araújo será por conta da lei eleitoral. Ele deve deixar o cargo no máximo no mês de abril.

 

Reforma do Udo

Algumas trocas no governo do prefeito de Joinville, Udo Döhler (MDB), já estão praticamente definidas. O secretário de Saúde, Gean Rodrigues deixará o cargo no máximo em abril, já que é pré-candidato a vereador pelo MDB. Dentro do governo é dito que Gean é o novo queridinho de Udo, quase um novo Fernando Krelling para o prefeito. Ele deve ser substituído pela diretora executiva, Marlene Oliveira. Outro nome que deve sair do cargo é a secretária de Educação, Sônica Fachini, também para concorrer.

 

Sônia X Mattei

Nos bastidores há o relato de que uma possível candidatura da secretária de Educação, Sônica Fachini, para a Câmara de Vereadores de Joinville pelo MDB, poderá gerar um grande atrito no partido. Acontece que Sônia e o vereador Roque Mattei tem batido de frente, tanto, que ele acusa as lideranças partidárias e até mesmo o prefeito Udo Döhler (MDB) de traição, por abrir espaço para uma liderança do mesmo setor de onde ele saiu, já que ela foi diretora na época em que Roque ocupou o cargo de secretário de Educação. Uma fonte emedebista confidenciou que Udo pensa em apoiar Sônia, mesmo que isso signifique deixar o vereador no caminho. “Ela tem mais adesão que o Roque. Ela conquistou as diretoras, professores e pais, já o Roque era mais linha dura”, relatou a fonte.

 

João Rodrigues

Esse é o nome de boa parte dos partidos em Chapecó, para a eleição municipal. João Rodrigues (PSD) é pré-candidato à Prefeitura, tanto, que tem conquistado apoios e, algumas lideranças partidárias já começam a procurá-lo para desenhar uma aproximação. Quem anda no comando das conversas é Eron Giordani, mente privilegiada quando se trata de construção política. Tem quem diga que as constantes vindas de Eron ao Oeste, prometem mexer com a construção do projeto pró-Rodrigues. O que Eron estará pensando visando o pleito municipal?

 

Oposição a Moisés

O senador Jorginho Mello (PL) é uma das principais vozes do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), em Santa Catarina. Vale destacar que Jorginho deve ser o mentor do bloco de oposição ao governador Carlos Moisés da Silva (PSL) que inclui deputados do PL e do PSL. No final de semana o senador deixou clara a sua posição de abrigar dissidentes do PSL que não estão mais alinhados com Moisés. Conforme já divulgado pelo SCemPauta, essa guarida que também pode ser estendida a lideranças do Democratas será até a criação da Aliança pelo Brasil.

 

Revelação

O senador Jorginho Mello (PL) confidenciou a lideranças durante a filiação do deputado estadual Ivan Naatz, no sábado (08) em Blumenau, que Alexandre Garcia ex-jornalista da Globo, deve aceitar o convite para ser o próximo secretário de Comunicação do governo de Jair Bolsonaro (sem partido).

 

Mudança na capital

Publicado no Diário Oficial do município de Florianópolis a nomeação de Eduardo Sardá, como novo Superintendente do Instituto de Geração de Oportunidades de Florianópolis (IGEOF). Sardá atuou como assessor do deputado estadual João Amin (Progressistas) na Assembleia Legislativa e aderiu ao projeto politico de Carlos Eduardo, o Mamute, que assumiu a coordenação do partido Republicanos que está na base do prefeito Gean Loureiro (DEM). Tanto Mamute quanto Sardá participaram da administração de Cesar Souza Jr (PSD) na capital. No meio político circula imagens de Sardá criticando a administração de Loureiro nas redes sociais, inclusive, chamando de usurpador de obras. Vereadores da base não gostaram nada da nomeação. Sardá tem seu reduto eleitoral em Canasvieiras.