Em artigo escrito em jornais da capital, o secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, Lucas Esmeraldino, afirma que o Brasil deverá atrair quase R$ 1 trilhão de investimentos externos somente neste ano, demonstrando um excesso de otimismo. Não é conhecida a fonte que passou para Esmeraldino um valor tão alto e, que infelizmente para nós, ainda está longe da realidade.

O primeiro a se levantar em relação ao número apresentado pelo secretário, foi o deputado estadual reeleito, Kennedy Nunes (PSD). O pessedista destacou que para chegar a tal valor, o país teria que atrair quase 20% do PIB, num crescimento o qual seria o dobro da China, ou seja, praticamente impossível. Vale lembrar que no ano passado atraímos US$ 59 bilhões dos investidores.

Os números reais de investimentos no país, são muito menores dos apresentados no artigo de Lucas Esmeraldino. É preciso ter cuidado com o que é passado à população, já que é preciso entender que o presidente Jair Bolsonaro (PSL), precisará de tempo para ajustar um país que, desde o governo de Dilma Rousseff (PT), entrou na maior crise de sua história devido a irresponsabilidade fiscal.

O tempo que falo para atrairmos bons investimentos, se deve à necessidade de recuperarmos a confiança, o que inclui, melhorar as nossas notas de risco de crédito, junto as agências de risco, tanto que, no retorno do Fórum Econômico Mundial, em Davos na Suíça, o ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou com a missão de cumprir as promessas feitas aos investidores estrangeiros que ficaram surpresos com as ideias apresentadas pelo “Chicago Boy”.

A tarefa não será fácil, pois, Guedes e Bolsonaro terão que convencer o Congresso Nacional a aprovar a Reforma da Previdência, além de outras medidas de ajuste das contas públicas. Nisso também deve entrar a Reforma Tributária, ou seja, o governo deve levar no mínimo, um ano para aprovar todas essas propostas. Além disso, o capital estrangeiro avaliará se a reforma deverá incluir os militares, qual será a idade mínima, o período de transição entre outros pontos.

Por fim, somente quando forem feitos os ajustes, é que teremos a possibilidade de atrair cerca de US$ 100 bilhões, segundo estimativas do próprio governo. Agora, se quisermos falar de trilhões, teremos que esperar uma década. Acontece que Paulo Guedes estima, caso seja aprovada a reforma da Previdência, uma economia de R$ 1,3 trilhão, em dez anos.

Primeira derrota

O governador Carlos Moisés da Silva (PSL), deverá sofrer a sua primeira derrota na Assembleia Legislativa na próxima semana. Não pegou bem perante a sociedade catarinense e, nem junto aos deputados estaduais que tomam posse nesta semana, o fato de ter sido vetado o projeto de lei, que proibia o acúmulo de salários de servidores inativos, incluindo militares da reserva, que ocuparem cargos públicos. Há uma previsão que somente Moisés, deverá receber mensalmente cerca de R$ 60 mil mensais. Deputados eleitos, como Altair Silva (Progressistas), Ivan Naatz (PV), e os reeleitos, Rodrigo Minotto (PDT) e Kennedy Nunes (PSD) que é o autor do projeto, criticaram a atitude do governador. A maioria chamou Moisés de “governador da nova política”, de forma pejorativa. “Aos pouco se vê que a “nova política” gosta mesmo de um bom rendimento público”, escreveu Naatz em uma rede social. Moisés se coloca numa situação difícil e, com certeza sofrerá a sua primeira derrota na Alesc com a derrubada do veto.

Auxílio Mudança

A Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), enviou uma carta aos 16 deputados federais e aos três senadores eleitos. O documento assinado pelo presidente, Cidnei Barozzi, pede aos parlamentares que não recebam, ou, no caso de receberem, que devolvam os valores do auxílio-mudança que são pagos pela Câmara dos Deputados e pelo Senado. “Sem meias palavras, em nossa avaliação, trata-se de um desrespeito, um acinte, um deboche, uma vergonha”, diz a carta, sobre o valor de R$ 33,7 mil.

ACIJ também

Outra entidade a defender a extinção do “auxílio mudança”, foi a Associação Empresarial de Joinville (ACIJ). A maior entidade empresarial do Norte do estado também enviará formalmente um pedido aos deputados federais e senadores eleitos, que recusem a benesse. “No momento no qual o país luta para retomar a economia e os empreendedores para gerar empregos, ver nossos representantes se prestarem a receber a regalia vai contra os princípios da boa política. A ACIJ acredita que os deputados da região Norte do Estado irão se recusar a receber o valor e, caso a regalia tenha sido paga, conclamamos a consciência do ressarcimento aos cofres”, reitera o presidente da entidade, João Martinelli.

Loureiro será notificado

O prefeito de Florianópolis, Gean Loureiro (MDB), será notificado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE). Ele terá que prestar esclarecimento sobre o sistema de transporte coletivo da capital. Seguindo o parecer do Ministério Público de Contas, o conselheiro do TCE, Wilson Wan-Dall, demonstrou preocupação com o contrato do município que é considerado milionário com o consórcio de empresas. “Um ponto preocupante é a falta de fiscais para avalizar e monitorar o contrato, o prefeito alega que não pode contratar novos fiscais, pois, já atingiu o limite prudencial para despesa com pessoal, estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Wan-Dall.

Tarifa abusiva

O Tribunal de Contas do Estado ainda em 2014, considerou que os preços praticados das passagens do transporte coletivo em Florianópolis, são abusivas. Na decisão, o TCE considerou que o valor está acima dos índices de mercado, o que onera o custo da tarifa. O prefeito Gean Loureiro (MDB), terá 90 dias para apresentar as explicações e apresentar um plano de trabalho para revisar os valores do contrato. Uma das recomendações, é que para linhas de longa e curta distância, o valor seja diferenciado.

Senado

Renan Calheiros (MDB), o coronel do Senado poderá sofrer uma grande derrota em seu partido. Acontece que a sua colega, Simone Tebet (MDB), tem conquistado o apoio da maioria dos senadores emedebistas. Além disso, a REDE, PSD entre outros partidos começam a se aproximar de Simone. Ninguém quer Calheiros. Enquanto isso, Dário Berger ganha força para liderar a bancada. Já de outro lado, Esperidião Amin (Progressistas) trabalha em busca de votos para presidir a Câmara Alta.

Despedida do mandato

No sábado (26) mais de 300 pessoas estiveram com o deputado federal Marco Tebaldi (PSDB), no tradicional encontro de seu aniversário. Este ano foi no Pesque-Pague Barracão, em Penha. “Quem veio e está aqui, tenho certeza de que são meus amigos e me querem bem”, agradeceu Tebaldi que após ter sido vereador, vice-prefeito e prefeito reeleito de Joinville, Secretário de Estado da Educação e deputado federal por dois mandatos, encerra o ciclo de disputa por eleições. Tebaldi afirmou que pretende se dedicar mais ao seu partido, o que pode significar que ele estará na próxima executiva estadual. No PSDB de Joinville, ele também promete ser mais atuante.

Homenagem

Ontem na Catedral da Fé da Igreja Universal em Chapecó, foi realizada uma homenagem às Forças de Segurança Pública. Estiverem presente representantes da Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e Agente de Segurança Prisional. A cerimônia foi organizada pelo grupo Universal nas Forças Policiais (UFP), que tem o objetivo de prestar apoio espiritual e social a homens e mulheres que, diariamente, colocam a vida em risco em favor da população.

Jean Wyllys

O deputado federal, Jean Wyllys (PSOL), ao anunciar que renunciará ao mandato que tem direito, por temer ameaças de morte, pode na verdade, querer lucrar com isso. Ele realmente recebeu mensagens ameaçadoras na internet, mas, o autor foi processado e preso. Marcelo Valle Siqueira Mello, um dos autores, foi condenado em 2012 e novamente no ano passado. Por isso, a fala de Wyllys que a Polícia Federal e o Ministério da Justiça teriam se calado, não é verdadeira. Além disso, o argumento não poderia ter sido melhor para Wyllys. Sai do país se dizendo perseguido, quando, de fato, não é. Na Espanha, onde se encontra, ele poderá se apresentar como um perseguido político no Brasil, o que poderá lhe dar notoriedade. A partir disso, livros, palestras, aulas e, enfim, um deputado decadente se torna uma oposição barulhenta com os bolsos cheios de Euros. Ah, sobre o argumento do então deputado de ser homossexual. Sim, essas pessoas infelizmente ainda são agredidas, mas, vivemos em um estado democrático e de direito, portanto, ainda mais um parlamentar, nunca ficaria à mercê desses agressores. Se fosse assim, o primeiro suplente de Wyllys não poderia assumir, pois, também é homossexual.

Brumadinho

Confesso que me emocionei com a situação de Brumadinho, em Minas Gerais. É difícil de acreditar, que ainda vivemos em um país tão falho na segurança de seus cidadãos. Como é possível, simplesmente uma cidade ser arrasada por uma barragem, sem a chance dessas pessoas reagirem?! Que a justiça dê o exemplo, não com multa, ou confisco de bens e de dinheiro. Que os responsáveis paguem com todo o rigor da lei, na cadeia mesmo, pois, não foi acidente. O que aconteceu em Brumadinho foi homicídio.

Oportunismo

A oposição ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), se mostrou oportunista. Muitas lideranças tentaram de alguma forma, atribuir alguma culpa ao governo. É lamentável que se use uma tragédia para benefício político.

Crítica a Flávio

Conheci a hoje deputada federal, Janaína Paschoal (PSL), durante o processo de impeachment da ex-presidente, Dilma Rousseff (PT), na cobertura que fiz em Brasília. A sempre gentil advogada, que deu o pontapé inicial ao processo que encerrou um governo que se tornou um verdadeiro desastre, se elegeu com uma votação histórica de dois milhões de votos, como deputada estadual de São Paulo. Hoje eu vejo que Janaína segue a mesma, não se deixa levar pelo corporativismo e, em entrevista ao Estadão, ela fez duras críticas ao senador eleito, Flávio Bolsonaro (PSL). “Tem todo o direito à defesa, a entrar com todas as medidas, mas me parece complicado ver uma reação parecida com a que foi a do Aécio (Neves) e com a que é a do Lula até hoje”, disse a deputada.

Erro

Janaína Paschoal (PSL) disse, ainda, que “foi um erro” o senador ter concordado com o pedido ao Supremo Tribunal Federal para que suspendesse a investigação, pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, concedido em liminar do ministro Luiz Fux. “Foi um erro, porque, ainda que não tenha nada errado, isso gerou uma situação, um sentimento, poxa, por que ele não explica logo? E é um sentimento legítimo”, disse. O fato é que Janaína tem razão. Flávio Bolsonaro tem muito a explicar e, repito, o melhor que poderia fazer pelo governo é se afastar para não atrapalhar.

 

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