Os eleitores brasileiros, com exceções é claro, têm demonstrado maior maturidade e preparado. Também o perfil dos eleitores está mudando. Com o aumento da longevidade os jovens estão deixando de ser os que decidem uma eleição. A população na faixa dos 60 anos está se tornando maioria e, como as mulheres vivem mais, o eleitorado feminino tende a crescer.

Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, por volta do ano de 2050, nosso país terá 73 idosos para cada 100 crianças. O estudo divulgou ainda que no ano de 2050 a população brasileira será de aproximadamente 215 milhões de habitantes.

Além da quantidade de jovens de 16 e 17 anos estar diminuindo, há um visível desinteresse desta faixa etária pela política. Para esta eleição somente 15% destes jovens se credenciaram para votar.

Com base nestes dados estatísticos podemos afirmar que quem decide atualmente as eleições são os eleitores acima dos 30 anos de idade, sendo a maioria mulheres. Muito embora a representatividade feminina tenha crescido com a eleição de mais prefeitas e vereadoras, os partidos políticos e as próprias mulheres ainda não atentaram para este potencial.

Mesmo com percentual elevado de abstenções, em grande parte devido a pandemia que afastou principalmente os mais idosos dos locais de votação, os resultados das eleições municipais 2020 demonstram que o eleitorado foi atento as fake news e levou em conta a capacidade dos gestores em realizar, cumprir promessas, fazer uma campanha limpa, prospectar mais desenvolvimento, emprego e renda e, principalmente, atentos as ações nas áreas da saúde e educação. As questões locais políticas e administrativas predominaram e nenhuma onda teve efeito avassalador.