Destaque do dia

Em Brasília um inquérito conduzido pelo Supremo Tribunal Federal e pela Polícia Federal, de forma sigilosa, está fechando o cerco no entorno do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro. De acordo com informações vazadas, Carluxo, o filho 02 do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), é suspeito de ser um dos articuladores de um esquema criminoso de fake news, o chamado “gabinete do ódio”.

Eu tive acesso a prints de conversas e informações, que mostram que a prática também pode estar sendo realizada aqui em Santa Catarina e, o pior, dentro do Governo do Estado. Ao que tive acesso até o momento, mostra que a prática não é tão violenta como a supostamente realizada por Carluxo, mas a verdade, é que fake news é usada com o mesmo objetivo: acabar com a reputação alheia.

Há algumas semanas o deputado estadual, João Amin (Progressistas), denunciou que um gabinete da fake news foi instalado para atacar quem se opõe ao Governo do Estado, incluindo ele. Segundo pessoas próximas a Amin, o deputado Ivan Naatz (PL) seria outro alvo, enquanto que fontes revelam que jornalistas também poderiam sofrer ataques. A princípio, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) não teria conhecimento dos fatos.

Prints enviados ao SCemPauta mostram algumas conversas no grupo de WhatsApp dos assessores da Secretaria de Comunicação do Estado, onde também está o secretário Ricardo Dias. Em uma das trocas de mensagens, o servidor André Machado posta uma arte que parece ter sido criada por ele, comparando os supostos gastos com publicidade nos governos de Raimundo Colombo (PSD), Eduardo Pinho Moreira (MDB) e de Moisés, com as suas respectivas fotos. Um outro integrante do grupo de nome Renan, escreve: “A ideia é boa, mas se desenhar com a escala certa fica perfeito”, e completou: “A barrinha do Moisés fica quase invisível”, seguido de um emoji dando risada.

A fonte relatou que a arte apresentada no grupo seria compartilhada nas redes sociais, sem que fosse identificado que partiu do Governo do Estado, o que demonstra a clara intenção de atacar os governos passados. A questão é que a arte estava em discussão as 10h, ou seja, em horário de trabalho e num grupo oficial da Comunicação do Governo, o que demonstra o mau uso da estrutura pública.

A intenção de acordo com a fonte, também seria a de desviar o foco das contestações feitas a respeito de uma dispensa de licitação do Governo Moisés, no caso da contratação de uma agência de publicidade, questionamento esse, que inclusive, partiu de outras agências e do deputado Amin.

Um dado apresentado na arte chama atenção. Aparece que o Governo Moisés gastou de janeiro do ano passado, até março deste ano, o valor de R$ 180 mil. O número segundo o autor, seria de acordo com o Portal da Transparência e, de fato, se for feita uma pesquisa no portal, é possível constatar que no ano passado aparece um gasto de R$ 181,336,80, porém, neste ano, consta um empenho de R$ 2,50 milhões, sendo que foi gasto até o momento, R$ 6.438, portanto, o dado que consta na arte não pode mencionar os três meses de 2020, sendo que uma vez publicado os gastos deste ano, o valor subirá substancialmente.

O secretário de Comunicação tem que explicar essa situação, que não pode ter sido feita sem o seu conhecimento, já que é um dos participantes do grupo na rede social. É preciso saber qual o objetivo do setor, que ao invés de trabalhar, fica durante o expediente criando ataques a quem considera adversário, com a clara ideia de divulgar sem identificação. A fonte ficou de me passar outros prints, porém, até o momento não os recebi.

Constrangimento no Governo

Aconteceu uma situação na semana passada que gerou um grande constrangimento no Governo do Estado e, pode externar que o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, teria perdido a condição de dialogar com o parlamento. O secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, criou um grupo de WhatsApp para falar diretamente com os deputados estaduais. Em primeira mensagem, Eli relatou que será um ano difícil e que o grupo seria para a troca de informações mútuas. O que causou estranheza no Governo, é que, a princípio, nem o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), nem a líder do governo na Assembleia Legislativa, Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT), e muito menos Borba, ficaram sabendo, tendo sido informados após.

Possível explicação

A situação do grupo de WhatsApp criado pelo secretário de Estado da Fazenda, Paulo Eli, deixou dúvidas. Não é possível saber se foi uma estratégia para manter o diálogo com a Alesc, já que o secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, teria perdido as condições de diálogo com os parlamentares, ou se foi uma atitude isolada, que não passou pelos demais membros do Governo. Ao que parece a movimentação de Eli pegou a todos de surpresa, tanto o núcleo duro do Governo, quanto a líder Ana Paula da Silva, a Paulinha (PDT).

Sabino nomeado

Indicado para presidir a Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina, Marcos de Sousa Sabino, foi nomeado na quinta-feira (23) passada, como assessor executivo para Assuntos Institucionais da SCPar. O ato foi assinado pelo presidente da estatal, Gustavo Salvador Pereira. O interessante é que Sabino aguarda a definição da Assembleia Legislativa, se aprova, ou não, o seu nome para presidir a Aresc. Ele também já foi nomeado no Sapiens Parque, ou seja, sem trabalho não fica.

Apadrinhado

Marcos de Souza Sabino foi assessor do então vereador de Tubarão, Lucas Esmeraldino, que era filiado ao PSDB. Ele também passou pela empresa Novare Empreendimentos, que pertence a Cris Esmeraldino, irmão de Lucas, que atualmente é secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, que abrange a SCPar e o Sapiens Parque. O relatório do deputado Fabiano da Luz (PT) é aguardado, porém, boa parte dos deputados questionam a competência de Sabino para assumir o comando de um órgão tão importante como a Aresc. Será que Fabiano faz a mesma leitura?

Prefeito com Coronavírus

O prefeito de Lindóia do Sul, que fica na região de Concórdia no Oeste, Genir Loli, o Genica (PL), teve o seu exame confirmado como positivo para Coronavírus. A esposa de Loli também está com a doença. Ele me relatou que teve muita febre entre outros sintomas, sendo que a primeira-dama chegou a relatar que tinha a sensação que suas pernas estavam atrofiando. Felizmente o prefeito disse que já estão melhorando, mesmo assim, ele passou o cargo ao seu vice, Flávio Benini.

Confiante

O senador Jorginho Mello (PL) está otimista para a sanção do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de seu projeto de lei que institui o Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), ainda nesta semana. Aprovado pela Câmara e Senado, com amplo apoio das duas casas, o projeto foi costurado também com o ministro da Economia, Paulo Guedes e sua equipe, com um aporte de crédito da União para R$ 15,9 bilhões.

Catarinenses querem impeachment

Dois empresários e um corretor de imóveis das cidades de Canoinhas, Blumenau e Itajaí, protocolaram um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na Câmara dos Deputados.  Paulo Augusto Machado, Jeferson Forest e Lucas de Lima, são os autores do pedido, baseado na fala do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.

Governo ouviu?

Na sexta-feira o abre da coluna foi a respeito da indignação da Federação Catarinense de Municípios (Fecam), com o tratamento dado pelo Governo do Estado aos prefeitos e municípios em relação ao combate ao Coronavírus. Parece que o Governo ouviu o apelo da entidade, tanto que já avisou que serão marcados sete encontros macrorregionais por videoconferência. Os encontros foram propostos pela secretaria da Casa Civil. Segundo o presidente da Fecam, Saulo Sperotto (PSDB), é preciso agir urgente na infraestrutura em saúde, com plano de ação que envolva todos os municípios e regiões.

Deputado questiona

O suplente de deputado estadual, delegado Ulisses Gabriel (PSD), questionou o critério de chefia da Polícia Civil no estado. “Sobre a escolha das sedes das Delegacias de Combate à Corrupção. Uma será em Tubarão. Disseram que não será em Criciúma por já ter o Gaeco. Mas em Blumenau e Chapecó não têm Gaeco? Não entendi a lógica “técnica”. Ah, já entendi…”, escreveu Gabriel. Ele também aproveitou para defender nas redes sociais a independência das polícias Civil e Federal.

Hang manda o recado

O empresário Luciano Hang, bolsonarista de primeira hora, postou nas redes sociais uma foto com o ex-ministro Sérgio Moro, o apoiando e agradecendo pelo trabalho realizado pelo país. A publicação gerou questionamentos, se Hang estaria se afastando de Bolsonaro. O empresário me enviou uma nota dizendo: “Moro fez um trabalho inquestionável pelo Brasil. Trouxe fé e esperança ao nosso povo através da maior operação anticorrupção do país, a Lava Jato. Por esses feitos, temos muito a agradece-lo. Mas o trabalho deve continuar e vamos seguir em frente lutando pelas mudanças que o Brasil precisa”, escreveu. Em outro trecho ele diz: “Estarei ao lado do governo e do presidente Jair Bolsonaro nessas e outras pautas importantes para o Brasil, como também sempre direi ‘não’ ao que estiver errado. Não tenho partido político, nem político de estimação. Sigo com meu lema: “O Brasil que queremos só depende de nós”.

Coronavírus

Ontem o governador Carlos Moisés da Silva (PSL), informou que o estado tem 102 novos casos de Coronavírus. Agora são 1.337 pessoas com a doença, mas esse número deve aumentar ainda mais, já que outros casos e cidades devem entrar nos números do Governo que serão apresentados hoje, a exemplo de Lindóia do Sul. Com mais uma morte em Joinville, de um senhor de 77 anos, que possuía comorbidades, já são 43. Chapecó teve um aumento substancial no número de casos confirmados. É importante destacar que mesmo assim, os números de Santa Catarina ainda não menores do que em outros estados, o que demonstra que as medidas de isolamento social do governo de Carlos Moisés da Silva (PSL), conseguiram um bom resultado.