Destaque do dia

É grande a expectativa nos entornos da Casa D’Agronômica, para saber o que acontecerá em relação ao secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba. Conforme divulgado na semana passada pelo SCemPauta, a situação de Borba se tornou delicada no Governo, após se tornar pública a sua amizade com advogados de um escritório de Biguaçu, que representam o Hospital Mahatma Gandhi que venceu o contrato para o Hospital de Campanha de Itajaí, o que depois foi cancelado.

Fontes ligadas ao Governo não escondem a insatisfação do governador, Carlos Moisés da Silva (PSL), com a situação. “Há um constrangimento, isso é inegável”, relatou. A questão é que os bombeiros entraram no cenário para tentar minimizar e construir um entendimento pela permanência de Borba e, a explicação seria a desaprovação a Lucas Esmeraldino.

O secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico, apresentou o nome do presidente da SCPar, Gustavo Pereira Salvador, o Batoré, que é sócio de seu irmão, Cris Esmeraldino, para ocupar a Casa Civil, situação que é vista com preocupação por uma ala do Governo, que não quer ver o poder da família Esmeraldino aumentar.

Outra questão apurada, foi um conflito de interesses quanto a comunicação do Governo do Estado, que também está sob o comando da Casa Civil. De acordo com uma fonte, Borba contratou os primos, Eduardo Borba de Amorim e Gustavo Borba de Amorim, para transmitirem as coletivas do Governo do Estado, durante a pandemia do Coronavírus.

Em sua rede social, há algum tempo o secretário chegou a anunciar que o site da empresa estava no ar. Além disso, na consulta sobre a propriedade, a empresa aparece em nome da esposa de seu primo, o mesmo que faz as transmissões do governador. Outra questão que chamou a atenção, é que consultado os dados das empresas, em nenhuma aparece os nomes do irmão e do primo de Borba, mas sim, o do pai, Carlos Borba, dono da Dudu Eventos, que também já usou o nome “Dudu na Festa”.

Em outra pesquisa, Eduardo consta como funcionário da UFSC, em Blumenau, enquanto que Gustavo é funcionário da Câmara de Vereadores de Biguaçu, onde inclusive, já foi suspeito de ser funcionário fantasma. No ano passado, ele chegou a tomar posse na Secretaria de Desenvolvimento Sustentável, mas foi exonerado. Apesar disso, seu primo, Fabiano Borba, continua no Governo lotado na Santur.

Os conflitos de interesse não param por aí, os sócios do escritório de advocacia que Douglas Borba possui em Biguaçu, estão empregados no Governo. Matheus Hoffman Machado, adjunto da Secretaria de Estado da Casa Civil e, Thiago Riks, funcionário do Imetro. Douglas e Matheus estão com a OAB inativa por estarem ocupando cargo público, mas o seu escritório continua atendendo.

Curioso

Quase passou despercebido, mas a nota do escritório Barros Advogados Associados de Biguaçu, de onde os sócios são amigos do secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba, e que representam o Hospital Mahatma Gandhi em Santa Catarina, tem um ponto, no mínimo curioso. Diz um trecho: É no mínimo lamentável, para não dizer irresponsável e passível de um acionamento em busca da Justiça e da Verdade,    a tentativa de correlacionar a nossa atuação profissional no ramo do Direito, baseada apenas em uma amizade pessoal com um membro do Governo que sequer tem participação no processo de contratação deflagrado pela Defesa Civil”. A questão é: Como que o escritório sabe, se o secretário participou, ou não do processo de contratação? Não estou dizendo que Borba participou, mas me parece estranho que uma empresa concorrente saiba quais integrantes do Governo, participaram, ou não do processo. Com a palavra o Governo do Estado.

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Eskudlark pedirá CPI

O deputado estadual, Maurício Eskudlark (PL), que foi líder do Governo do Estado na Assembleia Legislativa, apresentará nesta semana um pedido para abertura de uma CPI, para apurar o processo de contratação do Hospital Mahatma Gandhi, para a instalação de um Hospital de Campanha em Itajaí. Mesmo com o contrato cancelado, Eskudlark deseja apurar os fatos que envolveram a contratação. “Duas entidades apresentaram o orçamento e dá R$ 0,02 de diferença, você pode jogar na megasena que eles vão acertar sempre. Isso é um absurdo. Pegar duas instituições e, duas ficarem com uma diferença de centavos, isso não existe, pois é um fato combinado, ou o mais sobrenatural do mundo”, disse Eskudlark, que também relacionará a questão do escritório de Biguaçu nas investigações.

Informação privilegiada

Outra suspeita do deputado estadual, Maurício Eskudlark (PL), é de que aparentemente somente “eles (empresas)”, tiveram conhecimento da intenção do Estado de contratar uma empresa para instalar o Hospital de Campanha em Itajaí. Segundo lembrou o parlamentar, o governador chegou a dizer antes de lançar a consulta de preços, que o Estado tinha estrutura e, que ampliaria o atendimento nos hospitais. “Pareceu até querer levar a atenção para um lado e, de repetente praticou um ato totalmente diferente”, disse Eskudlark, que passou a noite de ontem estudando o regimento interno e a Constituição estadual, para garantir que não haverá prejuízo ao combate ao Coronavírus. “Se não for eu o primeiro a apresentar, um outro deputado fará. Não é uma questão de vaidade”, disse ele.

Carta dos Governadores

A Carta assinada por 20, dos 27 governadores ontem à noite em Defesa da Democracia, contou com a assinatura do governador Carlos Moisés da Silva (PSL). Achei justa a iniciativa, frente ao absurdo que foi a presença do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), apoiando um ato protagonizado por acéfalos, sem o mínimo conhecimento da Constituição, que pediram o AI-5, ou a volta da Ditadura Militar. Bolsonaro errou, a sua presença legitimou o ato, porém, voltando à carta, defender a democracia e os interesses dos Estados é legitimo, agora, o erro está na defesa a Rodrigo Maia (DEM) e Davi Alcolumbre (DEM). Não cabe aos governadores entrar numa guerra que não os levará a nada. Deveriam ter limitado a manifestação aos seus interesses.

Daniela X Moisés

A vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), escreveu mais um capítulo da crise entre ela e o governador, Carlos Moisés da Silva (PSL). Ela postou em seu perfil numa rede social: “As surpresas não param de chegar, nem nos momentos em que os esforços deveriam ser uníssonos em torno das propostas que nos trouxeram ao governo do estado de Santa Catarina, bem como em torno de encontrar soluções para sairmos das crises que assolam o nosso país. MANIFESTO meu apoio ao Presidente Jair Bolsonaro neste momento em que muitos chefes de executivo estadual mostram que interesses políticos personalistas estão acima dos interesses da Nação”. Daniela dá mais uma cutucada em Moisés, que assinou a carta.

Procurando casa

Outro assunto que está dando o que falar, é que a vice-governadora, Daniela Reinehr (sem partido), está de mudança. Segundo uma fonte, o governador Carlos Moisés da Silva (PSL) pediu para que Daniela desocupasse a residência oficial dos vices. A informação não é confirmada oficialmente, mas o fato é que Daniela viajou com a família para Chapecó. Somente voltará a morar em Florianópolis quando encontrar uma residência. Bem que Moisés poderia fazer o mesmo e sair da Casa D’Agronômica, como forma de economizar.

Amin e seus vices

Questionado sobre a sua relação com os seus vices quando foi governador, o senador Esperidião Amin (Progressistas), disse ontem à Rádio Super Condá que tanto com Victor Fontana, que faleceu em 2017, quanto com Paulo Bauer (PSDB), a sua relação foi das melhores. Amin admitiu que as vezes até podia ter uma divergência sobre determinado assunto, mas que a relação seguia normal. Lembrou ainda quando enfrentou a enchente, que criou o Conselho Extraordinário da Reconstrução, e uma Secretaria Extraordinária, a qual foi conduzida por Antônio Carlos Konder Reis.

Ministro ataca os governadores

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, segue mostrando que não é preparado para o cargo que ocupa. Ao anunciar que terá Enem, o bizarro ministro escreveu: “Governadores fizeram uma quarentena generalizada e precipitada. A população está no limite. Alunos sem aula ficam preocupados com o Enem. O ANO NÃO ESTÁ PERDIDO! Governadores devem planejar o retorno das aulas, tirar as nádegas da cadeira e REBOLAR atrás do prejuízo!”, escreveu Weintraub, que postou um vídeo de uma pessoa rebolando.

Insurgência dos Pratos

Hoje comerciantes de Chapecó do ramo de bares e restaurantes, além de representantes de entidades, realizarão um ato a partir das 16h, partindo do monumento do prolongamento da Avenida Getúlio Vargas, devendo seguir por toda a extensão. Eles querem que Moisés libere a exemplo do Rio Grande do Sul, que os prefeitos possam definir de acordo com a realidade local, se os estabelecimentos poderão abrir, ou não. A ideia é que empresários do setor em outras regiões abracem a causa.

Acafe não concorda

Nota assinada pelo presidente do Sistema Acafe, o reitor Claudio Jacoski, da Unochapecó, mostra o posicionamento da entidade contrário ao projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa, que impõe descontos e redução nos valores das mensalidades durante o período do Coronavírus. Jacoski define as propostas como inconstitucionais, destacando que as instituições estão cumprindo de forma plena os contratos educacionais firmados com os estudantes.

Clique para ler a manifestação: NOTA ACAFE

IFSC sem reitor

Mais uma crise se abate sobre o Instituto Federal de Santa Catarina, além da paralisação das aulas. Ontem o IFSC amanheceu, pela primeira vez em sua história centenária, sem um reitor. O mandato da então gestora máxima da instituição, Maria Clara Kaschny Schneider, terminou no sábado (18) e, o Governo Federal ainda não publicou a nomeação do novo reitor eleito, Maurício Gariba Júnior. Eleito no dia 5 de dezembro do ano passado, após vencer tanto o primeiro, quanto o segundo turno das eleições, Gariba deverá ter um mandato de quatro anos, porém, até agora não foi publicada a nomeação pelo Ministério da Educação.

Educação sem parar

Para reforçar a ação inédita de mais de 50 diretoras do município de Florianópolis, que manifestaram sua vontade de continuar educando as crianças da cidade, mesmo que isso precise ser feito à distância, o presidente da Câmara Municipal, vereador Fábio Braga (PTB), está construindo junto ao prefeito Gean Loureiro (DEM), um projeto de lei para disciplinar o ensino não presencial nesse período de crise gerado pelo novo Coronavírus. A atitude das diretoras contrariou posicionamento do Sintrasem e do Conselho Municipal de Educação, que eram contra o ensino de forma remota. Braga concorda com as diretoras da importância de manter o ensino, diante da obrigação do isolamento social, e sua busca de salvar o ano letivo com o uso de tecnologia e a aproximação virtual entre professores e alunos.